Comunicação em Tribo
Para gerar a sensação de pertencimento, é preciso avaliar a forma como nos comunicamos e vivemos em comunidade, especialmente neste mundo em rede.
corallconsultoria
Publicado em 9 de outubro de 2017 às 15h49.
Última atualização em 9 de outubro de 2017 às 15h51.
Segundo pesquisas recentes em diversas companhias, um dos maiores motivadores do engajamento de pessoas é o orgulho de pertencer – a sensação de que o ambiente considera e valoriza a contribuição individual. Esse é um ponto sensível que influencia o engajamento e a felicidade no trabalho (assim como a produtividade).
Para gerar a sensação de pertencimento, é preciso avaliar a forma como nos comunicamos e vivemos em comunidade, especialmente num momento em que o mundo está em rede.
A experiência da tribo
Certa vez, uma amiga que há anos desenvolve trabalhos com tribos indígenas me disse que os Índios Xavantes conversam em rodas, escutando-se sem interrupção. A orientação é que cada pessoa expresse sua opinião, falando em primeira pessoa e ao terminar, silencia. A próxima pessoa toma a palavra e inicia sua fala mencionando o que foi trazido anteriormente. Em seguida, inclui a sua perspectiva pessoal a respeito do tema.
Para os Xavantes, é importante reconhecer que o outro vê e narra as coisas à sua maneira, ao mesmo tempo que pode incluir a sua perspectiva, independente do grau de afinidade entre uma e outra.
Desde que soube disso, tenho refletido sobre a forma como temos conversado. Sobre a falta de paciência para se manter em silêncio e escutar até o fim. Na forma agressiva de se contrapor e se sobrepor à uma opinião que difere ou desafia. Na armadilha das verdades absolutas e das censuras. Na visão dual do mundo e do outro – certo ou errado, bem ou mal, serve ou não serve, aceitável ou inaceitável.
Existe um fenômeno que nos ajuda a entender melhor o que há por trás disso, o viés inconsciente. De maneira automática, julgamos e fazemos suposições sobre pessoas e situações ao nosso redor. Diferente do preconceito em si, o viés inconsciente parte de crenças cristalizadas em nós, influenciadas pelos discursos culturais históricos.
Para que as pessoas sintam que pertencem e que são valiosas, é preciso antes de mais nada incluí-las, escutando e dividindo a responsabilidade pelos desafios da companhia. Por vezes, será preciso sustentar conflitos e desconfortos, além de inovar nos processos de contratação, diversificando raças, gêneros, gerações, orientações sexuais, sotaques etc. Sobretudo, será preciso legitimar todas as visões de mundo; incluir é a palavra de ordem.
No fim do dia, ser aceito, incluso e valorizado pela individualidade, gera felicidade a qualquer ser humano. E em qualquer tribo.
Segundo pesquisas recentes em diversas companhias, um dos maiores motivadores do engajamento de pessoas é o orgulho de pertencer – a sensação de que o ambiente considera e valoriza a contribuição individual. Esse é um ponto sensível que influencia o engajamento e a felicidade no trabalho (assim como a produtividade).
Para gerar a sensação de pertencimento, é preciso avaliar a forma como nos comunicamos e vivemos em comunidade, especialmente num momento em que o mundo está em rede.
A experiência da tribo
Certa vez, uma amiga que há anos desenvolve trabalhos com tribos indígenas me disse que os Índios Xavantes conversam em rodas, escutando-se sem interrupção. A orientação é que cada pessoa expresse sua opinião, falando em primeira pessoa e ao terminar, silencia. A próxima pessoa toma a palavra e inicia sua fala mencionando o que foi trazido anteriormente. Em seguida, inclui a sua perspectiva pessoal a respeito do tema.
Para os Xavantes, é importante reconhecer que o outro vê e narra as coisas à sua maneira, ao mesmo tempo que pode incluir a sua perspectiva, independente do grau de afinidade entre uma e outra.
Desde que soube disso, tenho refletido sobre a forma como temos conversado. Sobre a falta de paciência para se manter em silêncio e escutar até o fim. Na forma agressiva de se contrapor e se sobrepor à uma opinião que difere ou desafia. Na armadilha das verdades absolutas e das censuras. Na visão dual do mundo e do outro – certo ou errado, bem ou mal, serve ou não serve, aceitável ou inaceitável.
Existe um fenômeno que nos ajuda a entender melhor o que há por trás disso, o viés inconsciente. De maneira automática, julgamos e fazemos suposições sobre pessoas e situações ao nosso redor. Diferente do preconceito em si, o viés inconsciente parte de crenças cristalizadas em nós, influenciadas pelos discursos culturais históricos.
Para que as pessoas sintam que pertencem e que são valiosas, é preciso antes de mais nada incluí-las, escutando e dividindo a responsabilidade pelos desafios da companhia. Por vezes, será preciso sustentar conflitos e desconfortos, além de inovar nos processos de contratação, diversificando raças, gêneros, gerações, orientações sexuais, sotaques etc. Sobretudo, será preciso legitimar todas as visões de mundo; incluir é a palavra de ordem.
No fim do dia, ser aceito, incluso e valorizado pela individualidade, gera felicidade a qualquer ser humano. E em qualquer tribo.