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O novo MCMV e a expectativa de aquecimento do imobiliário

O novo MCMV vai contemplar famílias que moram em áreas urbanas que recebem até R$ 8 mil de renda bruta por mês

MCMV: relançado no dia 14 de fevereiro pelo governo federal, vai contemplar famílias que moram em áreas urbanas que recebem até R$ 8 mil de renda bruta por mês (Tomaz Silva/Agência Brasil)
MCMV: relançado no dia 14 de fevereiro pelo governo federal, vai contemplar famílias que moram em áreas urbanas que recebem até R$ 8 mil de renda bruta por mês (Tomaz Silva/Agência Brasil)
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Genoma Imobiliário

Publicado em 1 de março de 2023 às, 10h08.

*Elisa Rosenthal

Nosso país é conhecido por começar o ano após o carnaval. Durante o mês de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o relançamento do Minha Casa, Minha Vida (MCMV)e afirmou que a medida vai fazer a “roda-gigante do País” começar a girar.

O novo MCMV, relançado no dia 14 de fevereiro pelo governo federal, vai contemplar famílias que moram em áreas urbanas que recebem até R$ 8 mil de renda bruta por mês. Já o atendimento para áreas rurais será direcionado a famílias que têm renda bruta anual de até R$ 96 mil.

O desenho do programa irá contemplar também locação social de imóveis em áreas urbanas, uma novidade para o setor, que recebeu a notícia com ânimo.

Em pesquisa realizada com a minha ampla rede de contatos em uma plataforma eletrônica, 76% das pessoas acreditam que o novo programa irá aquecer o mercado imobiliário, 20% acreditam que não haverá impacto ou que o programa não deveria ter voltado. Apenas 4% apostam na retração do setor. (link para fonte da pesquisa)

Para Cecília Cavazani, Co-CEO Cavazani Construtora e Conselheira no Instituto Mulheres do Imobiliário, o anúncio do novo Minha Casa Minha Vida ainda foi tímido e destaca o aumento da renda familiar para oito mil reais, o que, na sua opinião "já é um avanço".

"Acredito que novos ajustes serão feitos principalmente no teto do valor do imóvel incluído no programa. Com o passar do tempo os imóveis foram ficando cada vez menores para ajustar custos e preservar ou perder menos margem ao longo dos anos, o conforto da unidade habitacional parece ser um dos critérios do novo governo e para que isso aconteça o preço precisará ser elevado", indicou a empresária.

Para Cavazani, o programa não precisa de milagres, mas de pequenos ajustes para impulsionar o mercado de empreendimentos econômicos, como a ampliação de porcentagem financiada do imóvel e subsídio maior nas taxas de juros.  "Estimular a concorrência no mercado de insumos, refletindo na diminuição do preço do metro quadrado construído e garantindo para as empresas margens e o preço mais acessível do imóvel para as famílias", afirma.

A visão da co-CEO, que constrói na região e Guarulhos em São Paulo, é complementar à opinião da maioria que se pronunciou por meio da pesquisa: "mesmo que tímido, o lançamento do MCMV já nos primeiros 45 dias de governo é energia na locomotiva da construção civil, lembrando que o setor é o terceiro no país na geração de emprego e renda e movimenta com ele mais de sessenta outras indústrias".

Agora que, no dito popular, o ano começou, vamos acompanhar os reais impactos da retomada do programa no setor e em toda a cadeia produtiva envolvida.

*Elisa Rosenthal é Diretora presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário. LinkedIn Top Voices, TEDx Speaker. Colunista na Revista HSM Management, no Conecta Imobi Mundo Zumm e na Exame Invest. Autora de “Proprietárias: A ascensão da liderança feminina no setor imobiliário”.