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O começo de um longo e necessário caminho

O Sistema B Brasil celebra oito anos mudando as regras do jogo para que todas as empresas possam equilibrar lucro e propósito.

Jorge Cardoso e Marcelo Vidigal: executivos discutem principais desafios e oportunidades para estabelecer um papel estratégico de governança (PM Images/Getty Images)
Jorge Cardoso e Marcelo Vidigal: executivos discutem principais desafios e oportunidades para estabelecer um papel estratégico de governança (PM Images/Getty Images)
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Francine Lemos

Publicado em 22 de outubro de 2021 às, 15h10.

Por Francine Lemos

Este mês celebramos os oito anos do Sistema B Brasil. Hoje, somos 216 Empresas B. Muito mais que um grupo de empresas comprometidas com um modelo econômico que vai além do lucro e traz benefício para pessoas, comunidades e o Planeta, o Movimento B representa um exemplo e uma inspiração para todos os que desejam fazer negócios de uma maneira diferente - para não dizer a única maneira possível nos tempos atuais.

As Empresas B certificadas são, sem dúvida, o centro desse movimento, afinal, compartilham um perfil de negócio que equilibra propósito e lucro, além de serem peças importantes de uma rede global de trocas e construções coletivas, sistêmicas e mensuráveis. Ser B é mais do que um destino final, é um norte para as ações que tomamos em nosso dia a dia.

Os últimos oito anos têm sido marcados por uma sólida jornada para criarmos juntos padrões, políticas, ferramentas e programas que contribuam para mudar o comportamento, a cultura e a estrutura do capitalismo como conhecemos. No último ano e meio, a pandemia escancarou essa urgência de mudança.

Acreditamos que o modelo que propomos é a chave para que a comunidade empresarial possa protagonizar essa revolução e buscar soluções para problemas globais urgentes, como a desigualdade social e as mudanças climáticas. Isso só se dará por meio de um pacto coletivo, com comprometimento para a criação de soluções com impacto socioambiental positivo para todos.

Ao escolher seguir o caminho do B, a empresa escolhe gerar muito mais do que lucro para seus acionistas. Ela passa a investir em sua longevidade e a do Planeta, guiada por um alto nível de governança que visa preservar e otimizar os valores econômicos e de sustentabilidade de longo prazo da organização, além de facilitar seu acesso a recursos, construir relações transparentes, éticas, justas e de contribuir para um futuro muito mais igualitário que o nosso presente.

Ser B vai além do certificado. Ser B é contribuir para uma economia carbono zero, lutar contra o racismo, buscar ambientes corporativos com diversidade de gênero e raça, ampliar oportunidades para mulheres, criar processos produtivos e serviços que não poluem, exigir uma postura ética e transparente de empresas e trabalhar em rede, buscando sempre fazer o melhor não só para si, mas para o mundo.
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Nesse oito anos em que o Movimento B está aqui no Brasil, a exemplo do que acontece no mundo inteiro, nos aproximamos de marcas consagradas, pioneiras e revolucionárias, além de atores e parceiros significativos que constroem conosco essa nova ordem econômica mundial, que pretende não deixar ninguém de fora, criando uma narrativa diferente para o mundo corporativo, apresentando novos conceitos de sucesso.

Esse é só o começo dessa caminhada. E não vamos parar. Fazer mudanças estruturais e sistêmicas leva tempo, exige coragem, colaboração e pitadas de sonhos. Nesse começo, plantamos a semente e já estamos colhendo os primeiros frutos para que possamos construir juntos um mundo melhor - e que dure mais alguns bilhões de anos. Nossa missão estará cumprida quando todas as empresas forem capazes de entender que o lucro só será aceitável e duradouro quando elas, antes de serem as melhores do mundo, forem melhores PARA o mundo.