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Investimentos com risco Zero, inclusive na bolsa de valores.

Em tempos de crise financeira, fortemente temperada por quedas acentuadas nas bolsas de valores e rendimentos pífios na renda fixa, meu telefone costuma tocar incessantemente e minha caixa postal amanhece cheia. Todos os interlocutores de ambos canais buscam sempre as mesmas respostas indagando as mesmas perguntas: Vai cair mais? Quando começa a recuperação? Devo vender tudo para sair? Devo vender para recomprar mais tarde? Devo comprar mais? Sempre darei uma […] Leia mais

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Etiqueta Financeira

Publicado em 27 de maio de 2013 às, 19h45.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h00.

Em tempos de crise financeira, fortemente temperada por quedas acentuadas nas bolsas de valores e rendimentos pífios na renda fixa, meu telefone costuma tocar incessantemente e minha caixa postal amanhece cheia. Todos os interlocutores de ambos canais buscam sempre as mesmas respostas indagando as mesmas perguntas: Vai cair mais? Quando começa a recuperação? Devo vender tudo para sair? Devo vender para recomprar mais tarde? Devo comprar mais?

Sempre darei uma única resposta que será: Depende. Depende da prioridade dada e da premissa escolhida para seus investimentos em bolsa.

Via de regra os investidores despejam na bolsa seus investimentos “normais”, ou seja, aquele montante de dinheiro que ao final de um mês, ano ou outro período estava acumulado em Renda Fixa e era chamado de poupança da família, economias, colchão financeiro, etc. , e que passam a ser realocados para a bolsa justamente após um significativo período de alta nas cotações. Assim, a premissa é olhar o passado para prever o futuro. Algo como dirigir um carro olhando pelo retrovisor.

Veja que este comportamento traduz a falta de prioridade e comprometimento com as próprias economias. Para ser mais ácido, demonstra a total incapacidade de planejamento e controle dos investimentos pessoais. Mas isto pode ser mudado facilmente.

Em primeiro lugar a mudança deve ocorrer na escala de prioridade dada ao quanto e o porquê de poupar. Em ato contínuo, estabelece-se a premissa de primeiro poupar para investir ao invés de investir as sobras. Vou explicar.

Cedo ou tarde a maior parte das pessoas se dá conta de que é importante economizar para futuro seja ele amanhã ou daqui a 20 anos, assim que você se der conta disto perceberá que é melhor poupar para pagar à vista do que pagar juros, neste momento sua prioridade de salvar dinheiro passou a ser mais importante que gastar. Ou seja, as aplicações financeiras não serão o destino das sobras orçamentárias, mas sim seu primeiro destino e a bolsa de valores será levada em consideração para os objetivos de maior prazo como sua aposentadoria, por exemplo.

Se você irá investir antes de consumir, é fácil conseguir dinheiro para aplicar na bolsa de valores SEM RISCO ALGUM. Veja que antes você tomaria todas as caipirinhas, iria a todos os restaurantes, compraria todos os CDs, iria na padaria da esquina de carro, somente se importaria com os pontos das multas de trânsito e não com seu valor, assinaria o pacote mais caro da TV a cabo, deixaria as luzes de toda a casa acesa, tomaria banhos demorados, diria sempre ‘sim’ a todas as vontades de seus filhos no shopping, etc.

Veja que todo este comportamento consumista resulta em perdas significativas e permanentes para suas finanças. Luzes acesas gastam dinheiro e significam 100% de perda daquela quantia para seu bolso. Pagar por canais que você nunca assiste significa 100% de perda para seu bolso. Comprar inúmeros brinquedos que ficarão encostados ou serão destruídos significa 100% de perda para seu bolso. Pagar multas significa 100% de perda para seu bolso.

Enfim tudo que você puder economizar do 100% que já está perdido e passar a colocar na sua carteira de ações, significa RISCO ZERO para seu investimento em bolsa. Se sua conta de luz costuma ser de 200,00 e passa para 175,00, destine os 25,00 para investimentos em bolsa. Repare que o final são os mesmos 200,00, no entanto ao invés de entregar (perder) a totalidade para a concessionária, você será sócio dela e passará a receber dividendos da empresa.

E se a empresa quebrar? Neste caso você perde os 25,00 da mesma forma que já teria perdido na sua situação original, ou seja, caso você gastasse e não investisse. Viu como o risco é ZERO?

Faça isso com tudo que for possível. Estabeleça metas de poupança para reinvestimento 1% , 2% até chegar a 10% de sua renda. Mesmo que você não vá para a bolsa, ainda assim, seu risco será Zero e suas finanças progredirão rapidamente.