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Pesquisa aponta que Brasileirão 2016 não encantou

Os resultados demonstraram que os torcedores deram pra o Brasileirão 2016 uma nota 6 numa escala de 0 a 10.

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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às, 07h47.

Última atualização em 19 de janeiro de 2017 às, 07h47.

Finalizado o Campeonato Brasileiro de Futebol da Série A 2016, o Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão do Esporte (INPGE) consolidou o Nível de Satisfação da competição. A primeira pesquisa foi efetuada após 33% das rodadas concluídas e a segunda foi efetuada após 66% das rodadas concluídas. A ideia é identificar as percepções do torcedor perante o desempenho do seu time e do campeonato, além de traçar um perfil demográfico dos torcedores que responderam à pesquisa.

Com uma avaliação geral consolidando as três pesquisas, os resultados demonstraram que os torcedores deram uma nota 6 numa escala de 0 a 10, considerando o Campeonato Brasileiro agradável, mas não encantador. O índice de satisfação foi levemente inferior à segunda pesquisa, mas em geral foi aumentando no decorrer do campeonato.

Foi possível identificar que os torcedores mais satisfeitos são aqueles da faixa etária entre 18 a 24 anos, com renda de até um salário mínimo e que possuem escolaridade até colegial incompleto. Além disso, torcedores dos times mais bem classificados são mais satisfeitos com a competição. São ainda, em sua maioria, homens e solteiros.

Promover um campeonato com competitividade, equilíbrio, com disputas acirradas até as rodadas finais é um fator percebido positivamente pelos torcedores. Melhorar o nível de arbitragem também se mostrou fundamental, sendo disparado o tema que mais afetou na satisfação do torcedor. Detalhes da pesquisa podem ser encontrados direto no site do INPGE.

Os resultados apontam para caminhos desafiadores para os gestores do torneio. Aqueles mais satisfeitos tem claramente um poder de compra reduzido e, aqueles que tem tal poder, não se mostram satisfeitos com o produto. O Brasileirão 2017 nascerá com a responsabilidade de reconquistar as classes com maior poder de compra. Não porque são mais importantes. Longe disso. Mas porque talvez esteja aí o caminho para fazer frente ao duelo com as competições de futebol europeias, queridinhas do brasileiro atualmente.