O AFC quer ser o maior evento de MMA do Brasil. Como?

O AFC (Americas Fighting Championship) é um evento de artes marciais mistas (MMA) com um ano de fundação. Em pouco tempo de atividade, a empresa – que tem o empresário Andrews Henrique como o criador- já realizou cinco eventos e estabelece como missão chegar ao posto número um no mercado de lutas no Brasil nos próximos dois anos. Para isso, trabalham promovendo a imagem do atleta como objetivo principal além de uma estratégia de marketing e novos negócios B2B.

Uma característica do AFC chama a atenção: o evento não acaba quando a luta termina. A edição que será realizada no dia 25 de julho, o AFC #04, e que terá a cidade de Osasco como sede, vai promover uma balada em uma casa noturna da cidade ao término das lutas. Durante a compra do ingresso – que custa no máximo, 50 reais – é possível selecionar a opção com ou sem balada, além de poder comprar um espaço no setor VIP.

Mas de acordo com a empresa, investir no atleta é a grande chave para o sucesso. A criatividade e tino para explorar novos negócios com os parceiros e patrocinadores também precisa ser um ponto forte. Desde o primeiro evento realizado no dia 24 de maio de 2014, o atleta da AFC conta com translado, hospedagem antes e depois do evento – incluindo seu staff –, além de ter sua imagem divulgada durante todo o período anterior e posterior a luta. Uma alternativa encontrada para garimpar novos talentos foi a de investir em um “olheiro”. Felipe Machado é o chamado Matchmaker, que analisa os candidatos que se inscrevem no site do AFC e, posteriormente, define os cards dos eventos.

Inspiração no “primo rico”, o UFC

O Ultimate Fighting Championship (UFC) é o que mais se destaca no segmento de lutas, já que a marca do presidente Dana White figura no Ranking Forbes das 40 marcas esportivas mais valiosas. Pensando nisso, Henrique estudou a gestão dos eventos brasileiros e o UFC para construir sua própria marca. Elegeu o Esporte, Entretenimento e Produtos e Serviços Oficiais como os principais pilares e também apostou no mecanismo de reality show para promover atletas que estão em início de carreira. “A escolha dos atletas vai além de sua habilidade técnica. É um conjunto de valores que, unidos estrategicamente, faz valer a pena a contratação do atleta pela AFC, mesmo que seja apenas sua primeira luta”, lembrou o presidente.

Investimentos e Business

Somando o staff, seguranças, bolsas dos atletas, octógono, som e iluminação, equipe estratégica de marketing, seguro para os atletas, hospedagem, translado, etc., os serviços prestados podem variar entre 50 e 150 mil reais. O investimento inicial ficou em cerca de 100 mil reais apenas para a estruturação da empresa e contratação de pessoal interno, planejado antes de começar qualquer combate. “Os custos de uma mega produção no MMA são altos e em termos de patrocinadores, o esporte ainda está no começo. Temos 2 caminhos: ou dependemos de eventos promovidos por prefeituras ou caminhamos sem depender dos órgãos públicos. Por mais que a segunda opção seja a mais difícil, esse foi a nossa escolha e assim somos 100% independentes”, analisa Andrews.

Todo evento de MMA do AFC é realizado em Ginásio Fechado com capacidade maior que mil e quinhentas pessoas e com um ticket médio em torno de R$40,00. Um dos maiores desafios da organização foi montar uma equipe profissional. Com baixo custo, a criatividade para bancar a contratação de pessoas gabaritadas em suas áreas de atuação também foi um ponto forte no projeto. E deu certo, absorvendo nomes interessantes para a diretoria executiva da entidade.

Próximos Passos

O AFC, que em 2014 realizou o primeiro evento de MMA num campus universitário no Brasil (em Mogi das Cruzes), tem como objetivo realizar ainda em 2015 cinco eventos de grande porte de MMA. E busca realizar o maior evento amador já feito no Brasil com nove categorias de artes marciais, incluindo artes tradicionais no cenário nacional como: Hapikido, Tae-kwon-do, karatê, Jiu-Jitsu, Muay-Thai, Boxe, Judô e é claro, o MMA. “Teremos o maior campeonato amador de artes marciais do Brasil e em breve seremos um dos maiores no MMA profissional” – informou Andrews, o executivo do AFC.