Nem Aldo, nem Mcgregor& e (ainda) nem UFC!
** Por Thalles Valle Na madrugada do último dia 12 pro dia 13, aconteceu a disputa de cinturão pela categoria de peso pena (até 68,5kg) entre o brasileiro José Aldo e o irlandês Conor Mcgregorno UFC. O irlandês levou a melhor sobre o brasileiro em um knockout aos 13 segundos de luta. Mesmo que a Rede Globo tenha transmitido o evento (aproximadamente 30 minutos de atraso) e com o crescente […] Leia mais
Publicado em 14 de dezembro de 2015 às, 11h03.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h49.
** Por Thalles Valle
Na madrugada do último dia 12 pro dia 13, aconteceu a disputa de cinturão pela categoria de peso pena (até 68,5kg) entre o brasileiro José Aldo e o irlandês Conor Mcgregorno UFC. O irlandês levou a melhor sobre o brasileiro em um knockout aos 13 segundos de luta. Mesmo que a Rede Globo tenha transmitido o evento (aproximadamente 30 minutos de atraso) e com o crescente interesse do público que comparece massivamente nas arenas em que os eventos ocorrem, o UFC ainda não paga valores tão expressivos quanto os do boxe.
Como o UFC divulga suas bolsas, Conor Mcgregor recebeu (sem adição de valores de aposta, apenas como bolsa para participar do evento) em torno de U$500.000,00 (quinhentos mil dólares), já Aldo levou U$400.000,00 (quatrocentos mil dólares) – teria o brasileiro levado mais se tivesse faturado a luta.
Ao contrário do que alguns cravam ao redor do mundo, o UFC ainda não tirou o boxe do cenário. Primeiro porque o UFC é um evento e o boxe uma modalidade. Além disso, os valores envolvidos em lutas de alto nível são bem diferentes. Para efeito de comparação, na principal luta deste ano, ocorrida em maio pela categoria meio-médio (66,7kg) o medalhista olímpico (bronze 1996) Floyd Mayweather venceu o filipino Manny Pacquiao por decisão unânime e colocou no bolso a cifra aproximada de U$180.000.000,00 (cento e oitenta milhões de dólares) ao passo que seu adversário recebeu em torno de U$120.000.000,00 (cento e vinte milhões de dólares). Um dos fatos que ajuda as grandes bolsas pagas pelo boxe são as divisões de arrecadação do PayPerView (que naquele evento custou em torno U$100,00).
Embora existam preferências que motivem os telespectadores a preferirem alguns esportes em detrimento de outros, é fato que o UFC ainda paga valores consideravelmente menos expressivos do que os do boxe. Não são, evidentemente, valores ruins ou baixos, afinal quinhentos mil dólares no contexto brasileiro salvariam muitas pessoas (inclusive o escritor). Talvez seja o momento para o UFC ser mais competitivo em termos salariais e aproveitar o retorno midiático que isto pode gerar. E você, acha que o UFC tomou o lugar do boxe?