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Gabriel Jesus e o potencial de mercado contido na Copa

Atleta foi titular nos dois primeiros jogos da Copa, mas ainda não deslanchou

Gabriel Jesus: campanha para a Vivo ao lado da mãe (Vivo/Divulgação)
Gabriel Jesus: campanha para a Vivo ao lado da mãe (Vivo/Divulgação)
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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 27 de junho de 2018 às, 10h12.

Última atualização em 27 de junho de 2018 às, 12h01.

A boa imagem do atacante Gabriel Jesus, avesso à vida conturbada fora dos gramados e caracterizada pela ótima relação familiar, fato que gerou o célebre gesto 'alô, mãe', pela relação maternal sempre muito intensa, fez com que o jogador do Manchester City se tornasse um dos principais nomes entre as empresas de marketing para a Copa do Mundo na Rússia 2018. Jesus fechou três grandes contratos, sendo um deles, claro, com uma empresa de telefonia celular,  a Vivo, que se aproveitou acertadamente do gesto 'alô, mãe". Atualmente, o centroavante da seleção brasileira é patrocinado, além da Vivo, pela Gatorade, Adidas e Guaraná Antártica.

A postura de Gabriel Jesus dentro e fora do campo foi um ponto de relevância no momento em que as empresas optaram por escolher seus garotos-propaganda. Para o especialista em gestão esportiva, Mauro Corrêa, da empresa CSM Golden Goal, "as grandes marcas estão atentas a tudo, ao que o atleta fala, como se expressa, os passos dele na carreira e até mesmo o comportamento em redes sociais. São fatores que contribuem na hora de assinar um contrato", explica.

O potencial de exploração de marca é, claro, ainda abaixo se comparado com Neymar. Mas mora justamente aí uma grande oportunidade. Gabriel pode oferecer o ainda incalculável, enquanto Neymar já trabalha, talvez exageradamente, com 20 marcas que apostam em um potencial de marca já calculado. Mauro Corrêa, inclusive, acredita na complementariedade das marcas dos dois atletas. "Eles podem conquistar atributos de marcas diferenciadas e para públicos específicos, dependendo do produto ou do serviço relacionado a eles".

Gabriel Lima, CEO da Octagon Brasil, responsável pela gestãode imagem do atleta, aponta que o planejamento é torná-lo uma personalidade de penetração e impacto global numa janela de, no máximo, três anos: "Incluindo o crescimento orgânico e investimento que fazemos nas redes sociais, projetávamos um crescimento para aproximadamente 10M de seguidores até o fim de 2018 e já alcançamos essa meta. Temos um planejamento de potencializar a imagem do Gabriel também para fora do mundo tradicional do futebol, o que traz um impacto altamente positivo para sua imagem".

O fato é que, para esse despertar para o mercado, a parte técnica precisa acompanhar. Gols e boas partidas na Copa do Mundo será gatilhos importantes. Uma desclassificação antecipada da Seleção na Rússia, pelo contrário, pode significar passos atrás. David Luiz, ícone de exploração de imagem no Brasil em 2014 que o diga.