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Entrevista: os planos da Minute Media para o Brasil e o mundo em 2024

Entrevista exclusiva com o CMO global da empresa, Andres Cardenas

Minute Media se faz presente no mercado brasileiro com duas de suas marcas, a The Players' Tribune e 90min (Julien Pereira/Divulgação)
Minute Media se faz presente no mercado brasileiro com duas de suas marcas, a The Players' Tribune e 90min (Julien Pereira/Divulgação)

A Minute Media se faz presente no mercado brasileiro com duas de suas marcas, a The Players' Tribune e 90min, e tem planos ambiciosos para ambas no cenário nacional. No último mês, a empresa global de conteúdo esportivo e cultural, fundada em 2011, promoveu a Casa Minute Media, no Rio de Janeiro, em uma ação de aproximação com seus stakeholders.

A Minute Media já se faz presente em quatro continentes, com nove escritórios. Conversamos com o CM global da empresa, o brasileiro Andres Cardenas, para entender os planos do grupo para o mercado brasileiro e mundial, além da ação na "Cidade Maravilhosa", entre outros pontos.:

Quais são os planos do grupo para 2024 no cenário mundial, considerando que a Minute Media é uma empresa global?

A Minute Media tem registrado crescimento anual desde seu surgimento, em 2012, e 2024 não será exceção. Continuaremos investindo em nosso storytelling e tecnologia, com foco nos mercados prioritários, e exploraremos oportunidades de expansão em novos mercados. Sempre utilizamos fusões e aquisições como ferramenta de crescimento, e isso persistirá em 2024 e além. Nossa ambição é liderar globalmente na criação, distribuição e comercialização de conteúdo digital esportivo.

Especificamente para o Brasil, quais são as principais expectativas para as marcas do grupo no próximo ano?

No próximo ano, concentraremos nossos esforços em destacar a operação de São Paulo como o principal centro da Minute Media na América Latina, enquanto reforçamos a forte capacidade narrativa da empresa. O The Players' Tribune, já consolidado em seu nicho de mercado, buscará projetos mais ambiciosos e de maior visibilidade. O 90min continuará compartilhando histórias sob a perspectiva dos fãs, expandindo sua rede de influenciadores parceiros. Comercialmente, estamos nos preparando para lançar uma solução para auxiliar marcas a contarem suas próprias histórias no cenário esportivo. Em um ano marcado pela Olimpíada de Paris, acreditamos que podemos oferecer uma contribuição significativa.

Há previsão da chegada de novas marcas do grupo no país?

Nosso compromisso hoje no Brasil é com o crescimento da The Players’ Tribune e 90min. Acreditamos que o potencial editorial e comercial de nossas marcas é extraordinário, portanto, continuaremos investindo para maximizá-lo. Nossa estratégia global sempre foi "aprofundar antes de ampliar", e faremos o mesmo aqui.

No último mês vocês promoveram a Casa Minute Media no Rio de Janeiro. Qual foi o principal propósito do projeto e que balanço você faz dele?

Levamos a emoção dos nossos conteúdos para o Rio em um fim de semana em que o mercado do futebol latino-americano estava reunido na cidade. A casa tinha como objetivo mostrar o forte poder do storytelling da Minute Media, com a envolvente narrativa dos atletas no The Players' Tribune e a abrangente cobertura de jogos e equipes pelos olhos apaixonados dos torcedores no 90min. Quisemos garantir que os grandes momentos do futebol global não fossem isolados. O feedback foi espetacular. Em dois dias, reunimos amigos do mercado, parceiros estratégicos, clientes, influenciadores e atletas de peso, além de campeões da Libertadores, além de muitos tricolores. Certamente proporcionamos uma experiência inesquecível para nossos stakeholders.

- Como brasileiro e esquecendo o Andres executivo, qual personagem nacional você sonha em ter na The Players’ Tribune?

Certamente seria Ayrton Senna. Ele foi o maior ídolo esportivo brasileiro da minha geração e alguém que marcou profundamente, não só por ser a esperança brasileira nas manhãs de domingo, mas também pelo que ele fez fora das pistas. Sabemos que isso não é possível, mas há uma forte conexão entre Lewis Hamilton e o Brasil devido à sua idolatria por Senna. Uma carta de Lewis para Senna na The Players' Tribune seria sensacional. Caso ele leia esta matéria, fica o convite.