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Brasil Kirin inova em apresentação da equipe de Vôlei

* Por Gilmar Júnior De imediato, não parece fazer sentido. Por que um time de vôlei de Campinas está se apresentando em Itu? Será que é pelo fato de Itu ser a terra dos gigantes? Na realidade, a Brasil Kirin explorou o máximo que pode o que tinha à disposição para obter um dos objetivos claros presentes na estratégia da empresa: retorno de mídia. Pensando nisso, um grupo de jornalistas […] Leia mais

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Vinicius Lordello — Esporte Executivo

Publicado em 10 de agosto de 2015 às, 16h01.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h57.

* Por Gilmar Júnior

De imediato, não parece fazer sentido. Por que um time de vôlei de Campinas está se apresentando em Itu? Será que é pelo fato de Itu ser a terra dos gigantes? Na realidade, a Brasil Kirin explorou o máximo que pode o que tinha à disposição para obter um dos objetivos claros presentes na estratégia da empresa: retorno de mídia.

Pensando nisso, um grupo de jornalistas foi convidado para ir a Itu conhecer, além do time que vai disputar a temporada 2015/2016, a fábrica da Brasil Kirin instalada na região em um evento que contava com uma visita guiada pelos espaços que abrigam o maquinário da empresa e degustação dos produtos que a empresa oferece (água, refrigerantes, sucos e cervejas). Na oportunidade, a parceria com a Kappa, que agora é a nova fornecedora de material esportivo e a nova identificação visual do Campinas/Brasil Kirin Vôlei foram apresentadas.

“Estamos indo para a terceira temporada em conjunto. De fato é um dos primeiros projetos que a Brasil Kirin abraçou desde que foi criada em novembro de 2002. Estamos falando de uma parceria desde junho de 2013 – e que pelo contrato atual se estende até 2016. E de fato é muito mais que um time como um projeto, de fato acreditamos nessa identificação de valores. Essa é uma das formas mais divertidas de oferecer integração e interação com o nosso público e steakholders de uma maneira prazerosa envolvendo momentos de vibração, de jogos, torcida e emoção”, comentou a vice-presidente de assuntos corporativos e sustentabilidade da Brasil Kirin.

KirinA Kappa, por sua vez, assinou contrato que vai até o fim da temporada e tem a intenção de levar o nome da empresa para fora do mundo do futebol brasileiro. “Para a gente é superimportante (a parceria). Queremos investir em outros esportes, além de trazer produtos diferentes para essas outras modalidades. Lá fora a gente já trabalha com vôlei e aqui a gente quer trabalhar o varejo de uma forma diferente”, conta o diretor de marketing da Kappa, Caio Campos. A Kappa promete ativações em pontos de venda. Segundo Campos, a marca vai intensificar o trabalho no varejo para atender o mercado brasileiro.

A equipe ainda conta com Maurício, ex-levantador da Seleção medalhista olímpica como embaixador da equipe, André Heller, ex-jogador da Seleção Brasileira que integra a comissão técnica e jogadores que jogaram a última edição da Liga Mundial de Vôlei e os Jogos Panamericanos de Toronto.

“A ESM é responsável por dar vida a tudo isso”

Apesar do Brasil Kirin levar o nome do time, quem faz o trabalho de gestão, contratações, marketing e efetivamente é a dona do time é a Entertainment Sports Management. Para entender mais sobre as estratégias da empresa, o Esporte Executivo bateu um papo com o diretor de projetos da ESM, Fernando Maroni.

Esporte Executivo: Qual é o papel da ESM no Campinas/Brasil Kirin Vôlei?

Fernando Maroni: A ESM (Entertainment Sports Management) é a dona do time. A gente montou o time a pedido da Medley em 2010. A ESM é responsável por operar o time inteiro. Com a Brasil Kirin, eu faço reuniões de alinhamento estratégico para definir quais são os objetivos da empresa, o que vamos comunicar, o que vamos querer crescer de vendas, qual ação que será feita com o time, com o André Heller, com o Maurício etc. Temos o time como um ativo da empresa. A ESM é responsável por dar a vida tudo isso.

A campanha “Brasil Kirin viva a sua sede” lançada como novo posicionamento da empresa esse ano foi a própria Brasil Kirin que fez. Como a ESM aliou isso ao time de vôlei?

A campanha veio da agência de comunicação da Brasil Kirin. Mas aí vem a questão: como vamos inserir o vôlei nessa comunicação? Então nosso escudo já está inserido. Ele não tem aquele azul em volta à toa, é para fazer menção à campanha. Então ele tem todo o link com a empresa. Quem criou isso pra a Brasil Kirin foi a ESM com o escudo. Nós dispomos toda a estrutura da empresa para atendê-los. A parte de TI, designers, jornalistas, a parte operacional. Esse evento hoje, por exemplo, foi promovido pela ESM.

Qual o objetivo da ESM?

O que a gente quer, enquanto empresa ESM, é superar os resultados de todos envolvidos nos projetos.

E qual é o objetivo da Brasil Kirin?

A Brasil Kirin espera retorno de mídia, retorno de venda, retornos sociais, engajamento e conhecimento da sua marca. Nós vamos monitorando isso e ajudando para que o projeto possa mostrar que cada real que investe isso retorna de uma maneira positiva. Isso também se expande para Kappa, Sanasa e a prefeitura de Campinas. Nosso trabalho é mostrar que o esporte é uma ferramenta excelente que pode ser 360 e atingir diversos objetivos para as empresas.

Por que Campinas?

O projeto surgiu em 2010, por encomenda da Medley na época. A Medley era cliente da ESM e pediu para a gente fazer um estudo de várias praças e de várias modalidades. A gente fez e eles decidiram investir no vôlei masculino com um investimento mais moderado. A sede da Medley era em Campinas. Além disso tem uma série de questões econômicas na cidade que foram levadas em conta. O mercado consumidor, a população, a questão logística pelo fato de estar perto do aeroporto de Viracopos e a distância de São Paulo. A Medley patrocinou o time por três anos. Aí quando veio a Brasil Kirin assumiu o projeto a gente fez um estudo para eles para mudar de sede, mas não houve a tendência ou a possibilidade de sair de lá e chegou-se a conclusão que Campinas continuava interessando para a gente. A questão da cobertura de mídia que é importante também. Por que quando se está fora de um centro como São Paulo, as afiliadas normalmente têm maior demanda por cobertura de “não futebol”. Em Campinas há emissoras e veículos importantes e um dos objetivos do projeto é obter retorno de mídia para dar visibilidade ao produto.