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Atlético-PR e Coritiba ensinam o beabá da liberdade

Atlético-PR e Coritiba comprovam o óbvio: o poder está com os clubes

VL

Vinicius Lordello

Publicado em 3 de março de 2017 às 17h24.

Atlético-PR e Coritiba contabilizaram uma audiência de 3,157 milhões na transmissão do clássico pela internet. O número é alcançado pela soma de visualizadores únicos dos canais de YouTube e Facebook dos dois times: o rubro-negro paranaense teve um total de 1,749 milhão de audiência em seu canal no Facebook, e outras 385 mil reproduções no YouTube, ao passo que o Coritiba teve 736 mil pessoas que assistiram na rede social, e outras 286 mil reproduções via YouTube. Foram ainda contabilizadas 780.840 interações em todos esses canais.

A partida, lembremos, só pôde ser transmitida via web após os clubes baterem de frente com a Federação Paranaense, exigindo o direito de mostrar o evento aos torcedores. A partida chegou a ser remarcada para a transmissão ocorrer.

Ocorre que os clubes (não apenas os dois envolvidos, mas ampla maioria dos demais), entendem que o fato é uma clara lição às emissoras de televisão que atualmente transmitem os campeonatos nacionais em televisão aberta e fechada. Ledo engano. As tevês têm, há tempos, exata noção do produto que tem em mãos. Quem não a tem – ou não querem ter- são os próprios clubes.

A lição é mais que clara aos clubes. Quem tem o produto e, consequentemente, capacidade e poder de negociação são eles. Tivéssemos um futebol sério neste país, os atuais dirigentes pensariam menos em seus bolsos e mais nos dos clubes. E ao fazê-lo, fariam do futebol brasileiro uma potência ainda verdadeira ao menos na América Latina. Mas ainda pior que ser amador e submisso é querer ter exatamente essa reputação no mercado. Nesse objetivo, os clubes têm dado um show!

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A partida, lembremos, só pôde ser transmitida via web após os clubes baterem de frente com a Federação Paranaense, exigindo o direito de mostrar o evento aos torcedores. A partida chegou a ser remarcada para a transmissão ocorrer.

Ocorre que os clubes (não apenas os dois envolvidos, mas ampla maioria dos demais), entendem que o fato é uma clara lição às emissoras de televisão que atualmente transmitem os campeonatos nacionais em televisão aberta e fechada. Ledo engano. As tevês têm, há tempos, exata noção do produto que tem em mãos. Quem não a tem – ou não querem ter- são os próprios clubes.

A lição é mais que clara aos clubes. Quem tem o produto e, consequentemente, capacidade e poder de negociação são eles. Tivéssemos um futebol sério neste país, os atuais dirigentes pensariam menos em seus bolsos e mais nos dos clubes. E ao fazê-lo, fariam do futebol brasileiro uma potência ainda verdadeira ao menos na América Latina. Mas ainda pior que ser amador e submisso é querer ter exatamente essa reputação no mercado. Nesse objetivo, os clubes têm dado um show!

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