Apenas 2% são mulheres na gestão dos maiores clubes de futebol do Brasil
Entrevista com Monique Torga, Mestre e pesquisadora sobre a participação das Mulheres na Gestão do Futebol no Brasil
Publicado em 4 de dezembro de 2020 às, 10h54.
Última atualização em 4 de dezembro de 2020 às, 11h48.
Monique Torga fez seu Mestrado na Universidade Federal de Juiz de Fora e apresentou um estudo sobre a atuação de mulheres em cargos de diretoria e gestão no futebol profissional brasileiro. Na pesquisa, escancarou as dificuldades enfrentadas em um ambiente culturalmente masculino. Monique é a entrevistada da semana do Esporte Executivo.
Mapeados os 60 clubes das series A, B e C dos campeonatos masculinos, apenas cinco mulheres foram encontradas. Uma sub-representatividade das mulheres, alem de exclusão apos a maternidade. Elas são questionadas e interrompidas. E não alcançar sequer 2% do todo escancara o machismo. Como se apenas pudessem atuar nas estruturuas do futebol feminino. E ali, o que acontece? Homens, muitos homens. O problema não é tê-los ali, já que o argumento é sobre qualificação e competência. É não tê-las além dali, justamente porque o argumento também era pra ser sobre qualificação e competência.
Como exemplo, uma mulher cuja identidade preservamos, que em uma raríssima exceção ocupava um dos maiores cargos possíveis na estrutura hierárquica de um clube e que, após ser mãe, foi convencida de que sua nova realidade impediria a manutenção do cargo que então foi alterado. Em seu lugar, um homem e pai. O machismo dentro das quatro linhas obviamente existe além delas. A entrevista você vê na íntegra abaixo: