4K, UHD, OLED, QLED: entenda as siglas para escolher a melhor TV
Evolução das telas de LED já está disponível no mercado; tire suas dúvidas, descubra as novidades e encontre uma nova televisão para sua casa
Publicado em 2 de agosto de 2017 às, 10h00.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às, 10h00.
Prestes a completar 100 anos, a televisão é um equipamento que não parou no tempo. Os aparelhos cresceram, afinaram, ficaram mais nítidos e com cores mais vivas, conectados e inteligentes. Mas as marcas não se dão por satisfeitas e continuam aprimorando seus produtos para ganhar os consumidores, com novas tecnologias que, ano a ano, melhoram a qualidade da imagem, a conectividade e o uso da energia.
As TVs de alta definição evoluíram do display de plasma para o display de cristal líquido (Liquid Crystal Display ou LCD) que, por sua vez, deu espaço no mercado para o LED. O LCD é formado por células de cristal líquido agrupadas em grupos de três, cada uma correspondente a uma cor (vermelho, verde ou azul, o padrão RGB) e iluminadas por uma lâmpada de luz branca, para a projeção da imagem.
Já as telas de LED usam diodos emissores de luz (Light Emitting Diodes) também nas cores primárias para criar a imagem. Na comparação, as TVs de LED são mais finas (pois não exigem a lâmpada branca por trás da tela), têm mais brilho, maior ângulo de visão e gastam menos energia.
As televisões mais modernas disponíveis no mercado são evoluções da tecnologia das telas de LED. Então o Escolha Inteligente e o GoToShop vão ajudar você a entender as novidades, diferenciar os produtos e escolher sua próxima TV.
QLED
Desenvolvida pela Samsung, essa tecnologia se baseia nos pontos quânticos, minúsculos cristais que podem absorver ou emitir frequências de luz para criar a imagem da tela. A tecnologia Quantum Dot Light Emitting Diodes (QLED) promete reproduzir 100% das variações de cores em qualquer nível de luminosidade ou iluminação ambiente, ou seja, a imagem ganha em brilho e contraste, com cores mais precisas e mais próximas da realidade.
Os produtores afirmam que uma TV QLED consome menos energia que as telas LED mais antigas e ainda pode compensar os reflexos da luz ambiente, o que permitiria exibir uma imagem perfeita tanto olhando a televisão de frente como lateralmente.
OLED
A tecnologia dos diodos orgânicos emissores de luz (Organic Light Emitting Diodes) já é razoavelmente antiga, porém vem sendo popularizada especialmente nos novos aparelhos da LG, primeira e maior fabricante de TVs desse tipo, e também da Sony.
Os diodos orgânicos são capazes de emitir e controlar sua própria luz, ou seja, os pixels são autoiluminados. Como consequência, além do alto contraste e da pureza das cores, inclusive do preto, as telas OLED não precisam de backlight e podem ser aplicadas em TVs extremamente finas.
A maior parte das telas OLED não têm mais de 1cm de espessura e são projetados para serem presos à parede. De tão finas, muitas opções dessas TVs têm os alto-falantes e entradas HDMI e USB agrupados no suporte ou em um soundbar separado.
4K ou Ultra HD?
A resolução das TVs é definida pela quantidade de pixels, que são os pontos RGB que formam a imagem. Quanto mais pixels, melhor a qualidade da imagem.
Uma tela HD (high definition), encontrada em TVs mais antigas, tem 1280x720 pixels na proporção 16:9 (também indicado como 720p), enquanto a Full HD, ainda muito comum no mercado nacional, tem 1920x1080 (ou 1080p). Os aparelhos Full HD dificilmente apresentarão aquela imagem pixelada, mesmo em canais abertos ou em telas maiores.
Já a resolução Ultra HD, também chamada de UHD ou 4K, tem 3840x2160 pixels, ou seja, uma imagem com qualidade quatro vezes maior e mais nítida do que a Full HD. Nessas TVs de altíssima definição, o conforto visual é maior e a definição da imagem não é comprometida nem olhando a tela de perto, o que permite instalar o aparelho a uma distância menor do sofá ou da cama, por exemplo.
Existe um conflito entre as marcas pela certificação das TVs Ultra HD 4K. A Consumer Electronics Association (CEA) diz que uma TV 4K de verdade deve ter apenas pixels vermelhos, verdes e azuis (RGB), sem pixels brancos, enquanto a UHD Alliance exige resolução 4K, capacidade HDR, ampla gama de cores (WCG), alta taxa de quadros, profundidade dos bits e áudio imersivo para certificar um aparelho, mas não aborda a questão dos pixels RGB ou RGBW.
Mais que 4K
O mercado já começa a receber as primeiras TVs 5K, com definição de 5120x2160 pixels e formato mais alongado, de 21:9, em telas de mais de 100 polegadas. A tecnologia já está aplicada também em monitores de desktops, com proporção tradicional de 16:9 e resolução 5120x2880 pixels.
E se isso é pouco, a Sharp foi uma das primeiras marcas a exibir uma TV 8K FUHD (Full Ultra High Definition), com 7680x4320 pixels na proporção tradicional e 10080x4320 no formato 21:9.
4K vale a pena?
Da mesma forma que os preços das TVs de altíssima definição estão mais acessíveis no mercado, os conteúdos disponíveis em 4K já são encontrados nos principais serviços de streaming (Netflix, Globo Play, Globosat Play, Amazon Prime Video, Looke) e até mesmo no Youtube.
Ao mesmo tempo, as melhores TVs possuem tecnologia de upscaling, que trabalha a qualidade de conteúdos de menor resolução, com redução do ruído, melhora na definição e aprimoramento dos detalhes, para que a imagem se aproxime da melhor qualidade possível.
Além disso, os videogames da nova geração já possuem processamento gráfico com qualidade Full HD e aprimoramento para 4K.
SmartTV
A maior parte das TVs mais modernas de LED e basicamente todos os aparelhos OLED e QLED são inteligentes: contam com acesso à internet e possibilidade de baixar aplicativos, games, compartilhar conteúdos por meio dos smartphones e até fazer chamadas.
A diferença é basicamente o sistema escolhido. Cada marca conta com um design de menus e com um sistema operacional, mas a maioria tem boa conectividade com os celulares desde que estejam na mesma rede ou wi-fi.
Como foi criada a televisão?
Curiosidade: a televisão não é filha de um único pai. Entre o final do século XIX e o início do século XX, vários inventores ao redor do mundo tentavam criar um equipamento que exibisse imagens em movimento captadas e transmitidas de outro ambiente.
O estudante de engenharia alemão Gottlieb Nipkow concebeu o primeiro sistema de TV por volta de 1884. Sua invenção não saiu do papel, mas foi a base para o trabalho de vários inventores nas décadas seguintes, como o engenheiro escocês John Baird, que foi um dos primeiros a exibir um aparelho de TV para a comunidade científica, em 1926.
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