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Vivara: 60 anos com criatividade e sucesso

Cris Arcangeli conversa com Nelson Kaufman, fundador da Vivara

 (Bruna Guerra / Vivara/Divulgação)
(Bruna Guerra / Vivara/Divulgação)
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Cris Arcangeli — Empreender Liberta

Publicado em 16 de dezembro de 2022 às, 10h45.

É possível transformar uma pequena loja do centro da cidade de São Paulo numa marca de luxo, com reconhecimento mundial? Sim. Pelo menos no caso do meu amigo, o empresário Nelson Kaufman.  Ele é o fundador da Vivara, grife de joias essencialmente brasileira, que acaba de comemorar seu 60º aniversário em grande estilo, inclusive com a presença de sua garota-propaganda há 12 anos, ninguém menos que Gisele Bunchen.

(Giovanni Bianco/ Vivara/Divulgação)

(Giovanni Bianco/ Vivara/Divulgação)

Conversei com ele sobre esse marco tão importante e fiquei sabendo um pouco mais da sua história. Vindo de uma família de relojoeiros de origem romena, ganhou do pai uma pequena loja localizada na Galeria Ipê, na rua Sete de Abril, centro de São Paulo. Deu a ela o nome de Vivara, inspirado numa ilha da Itália, porque achava que a sonoridade da palavra combinava com seu negócio principal: a produção de joias.

(Giovanni Bianco/ Vivara/Divulgação)

Aí entram a criatividade, a inovação e o empreendedorismo que tanto exalto: naquela época o centro de São Paulo era um local pouco adequados para a venda de joias, pois era frequentado por pessoas de menor renda. Aficionado por design, Nelson resolveu fazer peças resistentes, com qualidade, confortáveis, menor margem de lucro e, ao mesmo tempo, produzidas com os mesmos cuidados e riqueza de detalhes dos ourives mais tradicionais. Assim tornou suas peças acessíveis para um público que não estava acostumado a comprar ou a presentear com joias.

A proposta deu certo. As criações da Vivara tiveram tanto sucesso que, ao longo dos anos, a marca virou sinônimo de alta joalheria e hoje é uma das mais premiadas na categoria.

A loja da Vivara em seus primeiros anos (Arquivo Vivara/Divulgação)

Eu estava lá quando a Vivara inaugurou sua primeira loja de shopping, em 1980, num pequeno espaço do Shopping Eldorado e que deu início a um crescimento geométrico: Nelson passou a abrir uma loja por ano, depois duas, depois quatro e assim foi ampliando sua rede para chegar a mais de 300 lojas localizadas em todas as cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes. Detalhe importante: são todas lojas próprias e a maior parte das joias são feitas numa fábrica localizada na Zona Franca de Manaus.

A loja da Vivara em seus primeiros anos (Arquivo Vivara/Divulgação)

Nelson me contou também que, desde o início, procurou seguir o princípio de atender aos cinco “P” do varejo: produto, preço, ponto, publicidade e pessoas. E o futuro, Nelson? A Vivara é um negócio único que vai continuar crescendo muito no Brasil. É uma empresa que sempre buscou a perfeição e agora, com capital aberto, na B3, temos ainda mais espaço para promover melhorias contínuas na gestão. Como fundador e hoje, maior acionista da empresa, sigo muito confiante no crescimento que o negócio ainda pode ter.

Há 12 anos a marca encontrou sua imagem perfeita: Gisele Bunchen, que associa à marca sua imagem de mulher iluminada, forte, que brilha como as joias. “A presença dela na festa foi um verdadeiro marco para seguirmos mais 60 anos”, me falou Nelson.

Meus parabéns à Vivara!