Exame.com
Continua após a publicidade

Queijo Minas Artesanal é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em reconhecimento da Unesco

Com a chancela da Unesco, o Queijo Minas Artesanal, produzido em diversas regiões do estado, ganha agora um status internacional

 (Acervo Iphan)
(Acervo Iphan)

Notícia ótima para os mineiros e empreendedores. Em uma decisão histórica, anunciada no início de dezembro, em Assunção, no Paraguai, a Unesco oficializou o "Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal" como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Esse vem reconhecimento coroar um processo que teve início em setembro de 2022. 

O reconhecimento do Queijo Minas Artesanal como patrimônio da humanidade coloca o estado de Minas Gerais no centro das atenções globais, celebrando não apenas a qualidade do produto, mas também as tradições e saberes transmitidos de geração em geração. O patrimônio cultural imaterial abrange, conforme definição da Unesco, as práticas, representações e expressões que caracterizam a identidade de um povo. 

A candidatura foi promovida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, que desde então intensificou seus esforços para destacar a importância cultural e econômica do Queijo Minas Artesanal em diversos eventos internacionais da Unesco.  

Com a chancela da Unesco, o Queijo Minas Artesanal, produzido em diversas regiões do estado, ganha agora um status internacional. Ao todo, Minas Gerais conta com cerca de 9 mil produtores de queijo, gerando aproximadamente 50 mil contratos diretos e indiretos. A produção anual chega a cerca de 40 mil toneladas, com uma contribuição significativa para a economia do estado, com um faturamento que ultrapassa os R$ 2 bilhões. Incrível, né? 

O Queijo Minas Artesanal é produzido em 10 regiões de Minas Gerais, cada uma com métodos e particularidades que tornam o produto único e apreciado por gourmets e consumidores em todo o mundo. As regiões que se destacam na produção do queijo são: Serro, Araxá, Triângulo, Cerrado, Serra do Salitre, Canastra, Diamantina, Serra da Ibitipoca, Entre Serras e Vertentes. Cada uma dessas áreas contribui com um sabor e um estilo que reflete o terroir local e a tradição das comunidades envolvidas. 

O reconhecimento da Unesco é uma vitória para os produtores e para a cultura mineira, reforçando a importância do Queijo Minas Artesanal não apenas como um produto de qualidade, mas como um símbolo da identidade e da história do estado. Com a formalização desse título, espera-se que a produção do queijo mineiro ganhe ainda mais visibilidade no mercado internacional, além de incentivar a preservação dos modos tradicionais de produção. 

A decisão da Unesco também serviu como um estímulo para o fortalecimento de políticas públicas que visam a valorização da cultura local, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento sustentável das comunidades produtoras. O queijo, que já é uma das maiores riquezas de Minas Gerais, agora carrega um título que o coloca definitivamente no cenário global como uma das mais importantes expressões culturais do Brasil.