Inovação começa pela ciência
Você sabia que o Brasil está no top 15 do ranking mundial de produção científica?
Publicado em 17 de maio de 2022 às, 17h02.
Última atualização em 18 de maio de 2022 às, 13h10.
Por Cris Arcangeli
Os representantes do poder público e da iniciativa privada se sentaram à mesa para discutir o cenário de inovação e da educação superior no Brasil e no exterior e os desafios do registro de patentes no país que apresenta queda acumulada de 20% nos últimos oito anos. O objetivo foi identificar e propor alternativas que contribuam para reversão do problema.
A cientista Jackeline Alecrim é um dos símbolos do empreendedorismo científico feminino no país e foi convidada na última semana para discutir ações junto à Coordenação-Geral de Assuntos Internacionais da Educação Superior – CGAI/DIFES/SESu do MEC a fim de identificar alternativas que aproximem os pesquisadores de universidades públicas e privadas da realidade e das necessidades do mercado, para estimular pesquisas voltadas para a geração de produtos e serviços inovadores.
“O Brasil é o 13º no ranking mundial de produção científica, mas enfrenta queda nos números quando o assunto é inovação e registro de patentes e isso representa um grande potencial mercadológico, científico e social desperdiçado”, explica a cientista especialista em Cosmetologia Avançada e Fitoativos, Jackeline Alecrim. O assunto também foi tema de uma palestra recente da brasileira no maior evento de tecnologia do país, a Campus Party, na sua quarta edição, em Brasília.
A iniciativa de trazer a educadora e cientista para o debate partiu do Coordenador-Geral de Assuntos Internacionais da Educação Superior do MEC- Adi Balbinot Junior, que convidou Jackeline para debater sobre os desafios, estratégias e propostas de ação que contribuam com o tema. Para Balbinot Junior, a mudança desse cenário exige o estabelecimento de parcerias entre entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais que atuem em colaboração explorando o potencial existente em cada um dos segmentos envolvidos.
"O desafio da inovação no país passa pela formação qualificada do capital humano dentro e fora do país e pela construção de capacidade de investimento público e privado no setor”, defende Adi. Ele acredita ainda que a cooperação internacional é um meio eficaz para a promoção da inovação no setor acadêmico e industrial do país.
Concordo aqui da mesma opinião de meus colegas Jackeline e Balbinot. Para mudar essa realidade no país, é preciso incentivar o empreendedorismo científico entre os pesquisadores brasileiros, que estão entre os melhores do mundo e possuem totais condições para colocar o Brasil em destaque no quesito inovação, através de projetos que busquem desenvolver soluções práticas, eficientes e viáveis, transformando as pesquisas em produtos e serviços que efetivamente cheguem ao mercado.
O coordenador de Assuntos Internacionais destacou ações de mobilidade acadêmica internacional já desenvolvidas no âmbito do MEC que contribuem para a formação qualificada de estudantes de graduação e, ainda, iniciativas em curso com países como Canadá e Reino Unido, além da União Europeia e do Continente Africano para o fortalecimento do processo de internacionalização do ensino superior brasileiro.
Inovação é sempre minha palavra de ordem. E é um tema tão importante quando relevante, que motiva minha vida, meus negócios, e não canso de falar o quanto cada empreendedor deve ficar atento à inovação. E melhorar essa visão no país é uma bandeira que conta com meu apoio.
Conheci a Jackeline Alecrim ano passado e me tornei investidora do seu negócio. Vamos transformar o negócio, agregando novos produtos e escalando nacional e internacionalmente. Os lançamentos já estão por vir – inclusive coligados à patente do primeiro shampoo antiqueda pós COVID com 84% de eficácia pelos testes exigidos pela ANVISA.
Vamos elevar os diálogos e contribuir cada vez mais com avanços no empreendedorismo, ainda mais com esse grande potencial científico. Aproximar cientistas e investidores, possibilitar canais de comunicação entre quem possui o potencial científico e quem tem potencial para levar as inovações para o mercado. É uma forma de impactar positivamente todas as partes envolvidas: a comunidade, que poderá usufruir das soluções inovadoras que facilitam a vida das pessoas, o pesquisador que passa a ser valorizado integralmente pela sua produtividade, além de estimular a economia e a competitividade nacional em diversos setores.