Castanha-do-Brasil: da Amazônia para o Mundo
Três empresas, representada por mulheres, se unem para uma jornada transformadora na Amazônia. Vem saber mais!
Publicado em 19 de agosto de 2024 às, 11h36.
Última atualização em 20 de agosto de 2024 às, 11h51.
Hoje quero falar de iniciativa e empreendedorismo. A d.Propósito Design, a Coomaru e a Copastur apresentam o Projeto BioConexão - Uma Jornada Transformadora na Amazônia, que busca promover a sustentabilidade, valorizar a biodiversidade e fomentar o desenvolvimento econômico sustentável na região norte do Brasil.
A Amazônia Legal representa 59% do território brasileiro, abrigando 67% das florestas tropicais do mundo. Se fosse um país, seria o sexto maior em extensão territorial. Um artigo recente da revista científica Nature destaca que um terço das árvores do mundo está na Amazônia, além de 20% das águas doces do planeta.
No entanto, quase metade da floresta pode estar exposta a fatores de degradação que a levariam a um ponto de não retorno até 2050. Em 2024, os incêndios florestais na Amazônia aumentaram de forma alarmante, afetando gravemente a biodiversidade, os ecossistemas e as comunidades locais.
Foi pensando nesse cenário que Fábia Toqueti Pace, empresária e sócia-diretora da galeria de design d.Propósito, se uniu a Coomaru (Cooperativa Mista Agroextrativista do Rio Unini) e a Copastur – Viagens e Turismo. A ideia: gerar impacto e incentivar a bioeconomia por meio do desenvolvimento de novas matérias-primas para a criação de design de mobiliário, descobertas de novos ingredientes culinários, além de, também, elaborar uma proposta de turismo de experiência.
Assim, nasceu o Projeto BioConexão. Em julho deste ano, a equipe do projeto viajou para Manaus e, posteriormente, para Novo Airão, onde organizaram uma agenda de visitas ao ICMBio, como primeira fase do projeto. O objetivo foi estreitar relacionamentos visando a preservação ambiental, valorização da socio biodiversidade e desenvolvimento econômico sustentável local.
O ICMBio é o órgão responsável pela gestão das unidades de conservação federais e pela execução de políticas de conservação da biodiversidade. “Queremos conectar associações, comunidades e cooperativas locais para capacitação e produção de móveis e arte com esse material, compartilhando isso com o mundo. Essas peças contarão a história da floresta, das pessoas, das castanheiras centenárias, da comunidade e do entorno”, afirma Fábia Toqueti Pace, sócia-fundadora da d.Propósito Design.
O estado do Amazonas é o maior produtor nacional da Castanha-do-Brasil. Além do uso alimentício, a castanha-da-amazônia serve de insumo para diversos produtos, como bioplástico feito da casca do fruto, leite vegetal e em pó, entre outros. Na segunda fase do projeto, a equipe passou três dias na Reserva Extrativista do Rio Unini, junto à Comunidade do Patauá, no coração da Amazônia. Entre as primeiras atividades, estava a imersão na Reserva Extrativista do Rio Unini, junto de todos os ribeirinhos presentes das comunidades do entorno. A proposta foi conectar os participantes com a socio biodiversidade local e promover o reaproveitamento de resíduos de matéria-prima do processo de manejo do ouriço da castanha-do-brasil para fabricação de mobiliário.
E isso aí, construir o caminho com garra, propósito e sabedoria é o caminho para o sucesso dos negócios. Comece! É o que sempre digo: Empreender Liberta!