A viagem sem fim do autoaprendizado
“Genialidade é a habilidade de chegar de forma independenteao entendimento de conceitos que normalmente deveriam ser ensinados por outra pessoa”, Immanuel Kant, filósofo alemão. Manter-se sempre atualizado e à frente das tendências, seja em qualquer área que tenha escolhido para trabalhar ou empreender, é o maior desafio que a era da informação trouxe para os profissionais que estão ingressando no mercado e, principalmente, para os que já há algum tempo […] Leia mais
Publicado em 7 de maio de 2015 às, 15h28.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h04.
“Genialidade é a habilidade de chegar de forma
independenteao entendimento de conceitos que
normalmente deveriam ser ensinados por outra pessoa”,
Immanuel Kant, filósofo alemão.
Manter-se sempre atualizado e à frente das tendências, seja em qualquer área que tenha escolhido para trabalhar ou empreender, é o maior desafio que a era da informação trouxe para os profissionais que estão ingressando no mercado e, principalmente, para os que já há algum tempo deram por concluída a vida acadêmica.
Em um mundo corporativo cada vez mais sem fronteiras, ser competitivo significa ser antenado, curioso, bem relacionado e, acima de tudo, estudioso. Sim, estudioso! Se em um passado não muito distante o conhecimento adquirido nos bancos das universidades era suficiente para ter boas credenciais, hoje a velocidade com que novos conceitos e modelos de negócios surgem, em qualquer canto do planeta, faz com que só estejam preparados os que têm disciplina para estruturar seu próprio aprendizado e competência para aprender sozinho.
Com uma infinidade de conteúdos e materiais didáticos disponíveis em bibliotecas e museus virtuais, redes de conhecimento, cursos de educação a distância e plataformas de aprendizado adaptativo, ser um autodidata não é mais uma vocação para poucos que conseguem estudar sem a presença e a orientação permanente de um professor ou mentor.
Abrir mão totalmente da educação formal pode ainda parecer precipitado e arriscado. Afinal, o mercado não consegue nem mesmo absorver os milhares de profissionais que são diplomados todos os anos nas faculdades em diversas áreas, o que pode tornar ainda mais difícil conseguir o primeiro emprego sem o carimbo de uma instituição de ensino.
Mas não se pode negar também que as empresas buscam cada vez mais profissionais que tenham não somente conhecimento técnico, mas também que sejam criativos, inovadores, conectados e visionários; ou seja, não somente limitados ao que aprenderam no campus universitário.
Desnecessário lembrar que ícones da Internet como Google e Facebook (no Brasil temos o emblemático caso do Buscapé) foram criados no tempo livre de universitários que carregavam na veia a cultura empreendedora e souberam aproveitar do ecossistema acadêmico para desenvolver negócios disruptivos, que vieram a transformar a forma como acessamos informações, nos relacionamos uns com os outros, adquirimos bens e serviços etc.
Preparar os futuros profissionais para que sejam protagonistas de seu próprio aprendizado deve começar desde os primeiros passos na escola. É difícil, sem dúvida, pois esta não é uma prática recorrente e sabemos que adquirir uma competência como esta exige vivenciá-la com muita frequência. Infelizmente, nossos modelos pedagógicos ainda estão cimentados, desde o ensino fundamental, em estruturas inflexíveis no qual o professor norteia sua aula seguindo velhas cartilhas, apostilas, livros e atividades que obrigam todos os estudantes a aprender o mesmo conteúdo, da mesma forma, no mesmo ritmo, sem respeitar as dificuldades ou os talentos de cada um.
Mas, nem tudo está perdido… Há alguns movimentos interessantes para quem quer investir no autoaprendizado. O Uncollege foi criado nos Estados Unidos por Dale Stephen, um jovem que decidiu largar a faculdade para buscar seu próprio conhecimento e fundar uma organização que ajudasse pessoas a se desenvolverem fora dos muros acadêmicos.
Presente no Brasil, o Uncollege tem um programa chamado Gap Year que inclui vivências como passar um tempo em uma residência com outros colegas para uma jornada de aprendizado, morar em um país realizando atividades completamente novas – seja trabalhando em uma fazenda ou sendo voluntário em um campo de refugiados -, fazer estágio em uma empresa que ajude no desenvolvimento do que se quer aprender e, por fim, criar um projeto real para mostrar seu talento a investidores.
Modelos educacionais que sejam centrados no estudante, e não no professor, que não sejam engessados e possibilitem aprender o que, como, quando e onde quiserem, serão a chave para abrir as portas para despertar o talento e paixão pelo escolha profissional. Tenha a certeza, caro leitor, que você é e continuará sendo o principal responsável pelo que deseja ser e onde quer chegar. E nesta viagem sem fim, o autoaprendizado será sempre sua bússola. Embarque nessa!
#Dica – Neste blog encontrei 6 passos para organizar seu autoaprendizado. Confira:
http://www.pickthebrain.com/blog/6-steps-to-effective-self-learning/