Com a chegada de Carol, a Future Climate fortalece sua rede de investidores estratégicos (Neil McCauley)
Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 19h37.
Última atualização em 12 de dezembro de 2025 às 19h43.
A investidora Carol Paiffer, conhecida nacionalmente por sua atuação no Shark Tank Brasil e por liderar aportes estratégicos em startups de alto potencial de impacto, anuncia um investimento relevante na Future Climate, companhia líder em negócios climáticos no Brasil. Trata-se de um dos maiores movimentos individuais já realizados pela empresária entre as mais de cem companhias nas quais aporta capital, refletindo não apenas confiança, mas convicção estratégica. O clima deixou de ser apenas uma pauta acadêmica ou ativista e definitivamente entrou para o centro das decisões de negócios.
Mais do que um movimento financeiro, com alto potencial de impacto e crescimento, a decisão tem o objetivo de ajudar a reposicionar o Brasil como protagonista global da economia de baixo carbono.
“A minha entrada na Future Climate chega em um momento em que o Brasil voltou a chamar a atenção do mundo após a COP, reforçando que a economia verde deixou de ser promessa para se tornar prioridade comercial”, explica Carol. “As grandes empresas começam a entender que a sustentabilidade é de fato uma necessidade global e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de geração de valor e abertura de novas receitas. O carbono se tornou moeda global. O que antes era indicador de ESG e filantropia agora é expansão”, afirma.
O movimento também posiciona a Future Climate como ponte entre o mercado financeiro e setores produtivos tradicionais, como o agro, que vem se tornando cada vez mais eficiente, sustentável e de baixo carbono, além dos segmentos de energia, indústria e florestas. Para o CEO da empresa, Fábio Galindo, a sustentabilidade deixou de ser um tema periférico e passou a integrar o núcleo das estratégias corporativas. Segundo ele, o Brasil possui uma oportunidade única de direcionar investimentos para essa transição, não só pela força do agro, mas também pela bioeconomia, pelo potencial energético renovável e pela capacidade de liderar agendas de alto impacto.
Com a chegada de Carol, a Future Climate fortalece sua rede de investidores estratégicos, que já inclui o apresentador e empreendedor Luciano Huck. Ambos, reconhecidos por sua capacidade de dialogar com o grande público e por atuarem em pautas de impacto, compartilham o propósito de ampliar o entendimento sobre a nova agenda de negócios sustentáveis. Juntos, representam uma convergência rara entre influência pública e visão de futuro, mostrando que impacto ambiental e performance econômica caminham lado a lado na construção do novo ciclo de desenvolvimento do Brasil.
A contribuição de Carol, porém, vai muito além do capital. Sua intenção é usar sua voz e capacidade de articulação para abrir conversas estratégicas com grandes grupos empresariais, fundos e plataformas de educação, colocando a pauta climática no centro das decisões corporativas. Para ela, enfrentar a crise climática exige mobilização real do setor financeiro e do mercado privado, mas também passa pela formação de novas lideranças preparadas para transformar o Brasil. É por isso que a educação ocupa papel central. Quanto mais pessoas compreendem a dimensão econômica e estratégica da agenda climática, mais o país forma líderes capazes de agir, influenciar e direcionar investimentos rumo à nova economia verde. Ao lado de Luciano Huck, cuja trajetória é marcada pela habilidade de engajar e mobilizar o grande público, Carol reúne forças para ampliar conhecimento, estimular participação e fortalecer a próxima geração responsável por conduzir essa transformação. Quanto maior o engajamento, mais o mercado se move, e é desse movimento coordenado que nasce a mudança concreta que o Brasil precisa liderar.
Carol destaca ainda que um dos pontos que motivaram sua participação na Future Climate foi acompanhar um projeto de crédito de carbono acontecer de ponta a ponta, desde o desenho e desenvolvimento até a certificação internacional e o monitoramento, garantindo que os recursos cheguem ao dono da floresta e ao desenvolvedor do projeto. Para ela, quando a equação deixa de ser apenas ambiental ou filantrópica e passa a incluir retorno financeiro real, torna-se inevitavelmente atrativa para o setor privado.
Em sua leitura, o Brasil vive um ponto decisivo. O mercado regulado de carbono, aprovado pela Lei 15042 de 2024, tornou obrigatória a redução ou compensação de emissões para empresas de diversos setores, enquanto grandes corporações globais já iniciaram jornadas de compromissos net zero e de contratação de créditos, offsets e removals. Tanto Carol quanto a Future Climate reconhecem que ainda há desafios pela frente, mas reforçam a missão de ajudar o Brasil a liderar uma nova economia que alia desenvolvimento sustentável, preservação de florestas e geração de benefícios econômicos escaláveis.