Beleza exterior
O apelo tecnológico que me desculpe, mas as formas ainda são um atrativo e tanto
Guilherme Dearo
Publicado em 12 de setembro de 2019 às 09h00.
Última atualização em 12 de setembro de 2019 às 12h16.
Ok, ok, estamos na era da conectividade, da condução autônoma, da eletrificação, da transformação do interior em um espaço de bem-estar para os ocupantes. Mas, admitamos, antes de abrir as portas, nos deixamos levar pela aparência do shape, pelo desenho da carroceria, pelo porte e estilo, pela força da presença, enfim. E, nesse quesito, o Salão do Automóvel de Frankfurt, principal mostra automotiva do ano e uma nas maiores do mundo, é uma autêntica passarela de beldades.
Tem opções para todos os gostos ali — certamente não são para todos os bolsos. SUVs, cupês, perua, conversíveis, hatch, picapes, e por aí vai. Alguns estão aptos a rodar, outros são exibidos apenas como carro conceito, ocupam a antessala da linha da produção, antecipando que o futuro já chegou. Todos têm um objetivo em comum: fazer o visitante sonhar! Pegando carona na provocação de Vinícius de Moraes, com um pedido de desculpas antecipado pela imagem criada pelo poetinha que soa politicamente incorreta nos dias de hoje: “Me perdoem os carros feios, mas beleza é fundamental” — pelo menos até o momento de assumir o comando e comprovar que a máquina é muito mais que um corpinho insinuante…
Senão, vejamos uma pequena mas saborosa amostra — em ordem alfabética das marcas, para não ferir a vaidade de ninguém..
Audi RS7 Sportback: A forma de velocidade
A segunda geração do cupê de quatro portas chegou “causando”. Não dá para ficar com a boca fechada e a respiração tranquila ao saber que o modelo é dotado de motor 4.0 biturbo V8 de 600 cavalos e 81,5 kgfm de torque, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos e atingir 250 km/k (velocidade limitada eletronicamente). Números brutais, concordamos. Mas, antes de acelerar, o piloto certamente vai ficar dando volta ao redor do carro, boquiaberto com a sua atratividade física.
BMW Concept 4: Polêmica à vista
Uma viagem de graça em uma montanha russa a quem ficar impassível ao ver este conceito da BMW, inspirado nos clássicos e icônicos cupês 328 e 3.0 CSi. O modelo traz elementos que antecipam como será as próximas gerações de M3 e M4. Resumindo: o design deve ser mais “agressivo”. E a maior prova dessa tendência é a controversa grande frontal, o chamado duplo rim, de um tamanho para lá de generoso. Quem gosta vai dizer que o recurso traz robustez e personalidade marcante ao modelo; quem não gosta vai dizer que aquilo é um exagero e desproporcional — cá entre nós: e quem disse que precisamos ser comedidos. Façam suas apostas.
Lamborghini Sián: Relâmpago motorizado
Ninguém se propõe a fazer parte do clube dos superesportivos híbridos, frequentado por personalidades do quilate de uma Ferrari LaFerrari, de uma McLaren P1, de um Porsche 918 Spyder, se não tiver o que mostrar, evidentemente. E o Sián promete na aparência de supercarro futurista e entrega no desempenho. O primeiro híbrido da Lamborghini é também o modelo mais rápido já produzido pela marca. Chega a 100 km/h em 2,8 segundos e atinge 350 km/h. A propósito: o nome Sián, do dialeto bolonhês, significa “relâmpago”, em alusão à primeira eletrificação da marca. Nada é por acaso, ali…
Land Rover Defender: Renascido das cinzas
Produzido de 1948 a 2016, um dos mais cultuados SUVs da história ganha nova vida, e em 2020 está circulando também no Brasil. Quem opta por esse modelo está mais preocupado com o que ele faz do que com sua aparência, é verdade. Noves fora sua renomada capacidade de vencer os mais desafiadores obstáculos, o carrão mantém os atributos que trouxeram notoriedade mundo afora: tem porte e pose de valente.
Mercedes Vision EQS: Constelação ambulante
Conceito 100% elétrico da clássica clássica, o mezzo cupê, mezzo sedã de quatro portas exibe linhas cleans e uma capacidade de chamar atenção literalmente reluzente. Sinta-se diante da Time Square. A grade dianteira tem 188 luzes de LED, criando um efeito tridimensional. Contornando a traseira, estão dispostas 229 estrelas iluminadas. O motor, de 476 cavalos, pode atingir 200 km/h. O mais surpreende é a autonomia: de 700 km/h.
Porsche Taycan: Respeitem minha história
Primeiro esportivo 100% elétrico de uma das mais cultuadas grifes automotivas do mundo. Bonito de ver e, pelas informações técnicas, melhor ainda de andar. Principalmente se for na versão turbo, que entrega 680 cavalinhos de potência e 86,6 kgmf de torque. Acelera de 0 a 100 km.h em 3,2 segundos e atinge 260 km/h seguramente, usando e abusando da tração integral.
Chico Barbosa, jornalista, escritor, editor da CBNEWS e autor do blog Car & Fun
Ok, ok, estamos na era da conectividade, da condução autônoma, da eletrificação, da transformação do interior em um espaço de bem-estar para os ocupantes. Mas, admitamos, antes de abrir as portas, nos deixamos levar pela aparência do shape, pelo desenho da carroceria, pelo porte e estilo, pela força da presença, enfim. E, nesse quesito, o Salão do Automóvel de Frankfurt, principal mostra automotiva do ano e uma nas maiores do mundo, é uma autêntica passarela de beldades.
Tem opções para todos os gostos ali — certamente não são para todos os bolsos. SUVs, cupês, perua, conversíveis, hatch, picapes, e por aí vai. Alguns estão aptos a rodar, outros são exibidos apenas como carro conceito, ocupam a antessala da linha da produção, antecipando que o futuro já chegou. Todos têm um objetivo em comum: fazer o visitante sonhar! Pegando carona na provocação de Vinícius de Moraes, com um pedido de desculpas antecipado pela imagem criada pelo poetinha que soa politicamente incorreta nos dias de hoje: “Me perdoem os carros feios, mas beleza é fundamental” — pelo menos até o momento de assumir o comando e comprovar que a máquina é muito mais que um corpinho insinuante…
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A segunda geração do cupê de quatro portas chegou “causando”. Não dá para ficar com a boca fechada e a respiração tranquila ao saber que o modelo é dotado de motor 4.0 biturbo V8 de 600 cavalos e 81,5 kgfm de torque, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos e atingir 250 km/k (velocidade limitada eletronicamente). Números brutais, concordamos. Mas, antes de acelerar, o piloto certamente vai ficar dando volta ao redor do carro, boquiaberto com a sua atratividade física.
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Uma viagem de graça em uma montanha russa a quem ficar impassível ao ver este conceito da BMW, inspirado nos clássicos e icônicos cupês 328 e 3.0 CSi. O modelo traz elementos que antecipam como será as próximas gerações de M3 e M4. Resumindo: o design deve ser mais “agressivo”. E a maior prova dessa tendência é a controversa grande frontal, o chamado duplo rim, de um tamanho para lá de generoso. Quem gosta vai dizer que o recurso traz robustez e personalidade marcante ao modelo; quem não gosta vai dizer que aquilo é um exagero e desproporcional — cá entre nós: e quem disse que precisamos ser comedidos. Façam suas apostas.
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Ninguém se propõe a fazer parte do clube dos superesportivos híbridos, frequentado por personalidades do quilate de uma Ferrari LaFerrari, de uma McLaren P1, de um Porsche 918 Spyder, se não tiver o que mostrar, evidentemente. E o Sián promete na aparência de supercarro futurista e entrega no desempenho. O primeiro híbrido da Lamborghini é também o modelo mais rápido já produzido pela marca. Chega a 100 km/h em 2,8 segundos e atinge 350 km/h. A propósito: o nome Sián, do dialeto bolonhês, significa “relâmpago”, em alusão à primeira eletrificação da marca. Nada é por acaso, ali…
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Conceito 100% elétrico da clássica clássica, o mezzo cupê, mezzo sedã de quatro portas exibe linhas cleans e uma capacidade de chamar atenção literalmente reluzente. Sinta-se diante da Time Square. A grade dianteira tem 188 luzes de LED, criando um efeito tridimensional. Contornando a traseira, estão dispostas 229 estrelas iluminadas. O motor, de 476 cavalos, pode atingir 200 km/h. O mais surpreende é a autonomia: de 700 km/h.
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Primeiro esportivo 100% elétrico de uma das mais cultuadas grifes automotivas do mundo. Bonito de ver e, pelas informações técnicas, melhor ainda de andar. Principalmente se for na versão turbo, que entrega 680 cavalinhos de potência e 86,6 kgmf de torque. Acelera de 0 a 100 km.h em 3,2 segundos e atinge 260 km/h seguramente, usando e abusando da tração integral.
Chico Barbosa, jornalista, escritor, editor da CBNEWS e autor do blog Car & Fun