Os algoritmos podem melhorar seu emprego e até salvar a sua vida
“Mas políticas quanto ao uso e capacitação de times são fundamentais para evitar 'derrapadas’ na adoção crescente de IA”, diz CTO da Falconi, Breno Barros
CTO da Falconi
Publicado em 15 de maio de 2024 às 15h54.
Há já alguns anos, os algoritmos têm se integrado à vida pessoal e profissional de boa parte da população mundial. Essa adoção ganhou novo ímpeto com o advento da inteligência artificial (IA) generativa, capaz de gerar textos, imagens e diversos outros tipos de conteúdo.
Ela deverá se tornar ainda mais popular com a atualização promissora anunciada nesta semana pela OpenAI, desenvolvedora da linguagem utilizada pelo ChatGPT. Tal lançamento deverá tornar ainda mais natural a interação humano-computador.
No Brasil, o uso dessa tecnologia, há já algum tempo, começa a trazer impactos significativos na produtividade diária. Oito em cada dez usuários brasileiros de IA generativa (81%) afirmam que ela aumentou com a adoção de seus recursos. A média global, de acordo com estudo da empresa Salesforce, ficou um pouco abaixo: 71%.
A mesma pesquisa revelou que o domínio do uso dos algoritmos poderá, além de uma melhoria na produtividade, impactar positivamente remuneração e satisfação profissional. Mais: a “AI Snapshot 2023”, deixou evidente que estamos em um caminho sem volta.
Entre as empresas, ter a tecnologia como aliada se tornou estratégia crucial para a rotina dos negócios. Afinal, ela é capaz de acelerar os ganhos (não só monetários, mas também aqueles relacionados à eficiência) e tornar as empresas muito mais competitivas.
Porém, existem entraves para a disseminação do uso de algoritmos nas empresas. Se de um lado há ausência de políticas claras e robustas, do outro ainda é preciso capacitar os times para usá-los no pleno potencial que oferecem hoje.
O fato é que a tecnologia há muito é massivamente empregada em tarefas simples, como a criação de e-mails e documentos. Mas seu potencial estratégico para análises avançadas e decisões baseadas em dados ainda é pouco explorado.
Para o quadro mudar, a criação de políticas robustas de uso e a capacitação contínua são cruciais - inclusive porque a IA evolui rapidamente, também alimentada pelo próprio feedback dos usuários.
Talvez a grande questão sobre o porquê do seu uso ainda ser limitado resida no fato de a IA generativa ser muito usada para “gerar coisas” e não discriminar, identificar e sugerir mudanças. Não à toa, no exterior, vem-se discutindo as expectativas criadas por ações promocionais com a IA generativa.
Assim como algumas outras ferramentas já oferecidas por gigantes da tecnologia, a IA ainda não entrega ao público todas as funcionalidades prometidas. Na produção de vídeos mais elaborados, por exemplo, é preciso a intervenção humana.
Com isto em mente, é preciso que os líderes e seus times dosem as expectativas e usem suas soluções com bom senso. Mas não resta dúvidas de que seu futuro será promissor e que, desde já exige a definição de políticas que sigam princípios básicos.
Eu gosto bastante da abordagem “SAFE”, proposta pelo senador norte-americano Chuck Schumer naquele país. Ela enfatiza segurança, responsabilidade, proteção de fundamentos e aplicabilidade.
Juntos, esses quatro fatores garantem que a IA seja usada de maneira segura e responsável. Tanto mantêm a integridade de valores e instituições fundamentais como proporcionam transparência nas suas operações.
Além desses pontos de atenção, também é importante destacar a relevância social da inclusão dessas soluções na rotina do trabalho. Por exemplo, algoritmos de conversão de fala para texto, ou vice-versa, fornecem informações adicionais para usuários com deficiência visual e auditiva, respectivamente.
Vale ressaltar e repetir: essas tecnologias têm o poder de quebrar barreiras e capacitar essas pessoas, promovendo um sentimento de independência e inclusão. Isso transforma vidas.
Sanados os entraves, nas empresas os líderes precisarão rever seus conceitos sobre produtividade. A avaliação da produtividade é hoje centrada na quantidade de tarefas realizadas em determinado tempo. Mas, ao incorporar a IA, a ênfase na “produção escalável” permite a evolução para uma perspectiva mais qualitativa.
Ou seja: as organizações vão poder medir a eficiência de seus colaboradores por qualidade de entregas, inovação gerada e impacto estratégico nas metas organizacionais. Os algoritmos têm o potencial real de transformar carreiras e criar novas oportunidades profissionais.
Mais que isso: o domínio dos algoritmos pode efetivamente salvar vidas, seja melhorando a eficiência em operações de saúde, aumentando a segurança em diversas indústrias, ou salvaguardando empregos ao aumentar a produtividade e abrir novos campos de trabalho.
Estamos diante de um futuro que promete muito mais que uma automação mais abrangente. Usados com sabedoria e responsabilidade, os algoritmos podem se tornar, de fato, os grandes aliados da humanidade.
Há já alguns anos, os algoritmos têm se integrado à vida pessoal e profissional de boa parte da população mundial. Essa adoção ganhou novo ímpeto com o advento da inteligência artificial (IA) generativa, capaz de gerar textos, imagens e diversos outros tipos de conteúdo.
Ela deverá se tornar ainda mais popular com a atualização promissora anunciada nesta semana pela OpenAI, desenvolvedora da linguagem utilizada pelo ChatGPT. Tal lançamento deverá tornar ainda mais natural a interação humano-computador.
No Brasil, o uso dessa tecnologia, há já algum tempo, começa a trazer impactos significativos na produtividade diária. Oito em cada dez usuários brasileiros de IA generativa (81%) afirmam que ela aumentou com a adoção de seus recursos. A média global, de acordo com estudo da empresa Salesforce, ficou um pouco abaixo: 71%.
A mesma pesquisa revelou que o domínio do uso dos algoritmos poderá, além de uma melhoria na produtividade, impactar positivamente remuneração e satisfação profissional. Mais: a “AI Snapshot 2023”, deixou evidente que estamos em um caminho sem volta.
Entre as empresas, ter a tecnologia como aliada se tornou estratégia crucial para a rotina dos negócios. Afinal, ela é capaz de acelerar os ganhos (não só monetários, mas também aqueles relacionados à eficiência) e tornar as empresas muito mais competitivas.
Porém, existem entraves para a disseminação do uso de algoritmos nas empresas. Se de um lado há ausência de políticas claras e robustas, do outro ainda é preciso capacitar os times para usá-los no pleno potencial que oferecem hoje.
O fato é que a tecnologia há muito é massivamente empregada em tarefas simples, como a criação de e-mails e documentos. Mas seu potencial estratégico para análises avançadas e decisões baseadas em dados ainda é pouco explorado.
Para o quadro mudar, a criação de políticas robustas de uso e a capacitação contínua são cruciais - inclusive porque a IA evolui rapidamente, também alimentada pelo próprio feedback dos usuários.
Talvez a grande questão sobre o porquê do seu uso ainda ser limitado resida no fato de a IA generativa ser muito usada para “gerar coisas” e não discriminar, identificar e sugerir mudanças. Não à toa, no exterior, vem-se discutindo as expectativas criadas por ações promocionais com a IA generativa.
Assim como algumas outras ferramentas já oferecidas por gigantes da tecnologia, a IA ainda não entrega ao público todas as funcionalidades prometidas. Na produção de vídeos mais elaborados, por exemplo, é preciso a intervenção humana.
Com isto em mente, é preciso que os líderes e seus times dosem as expectativas e usem suas soluções com bom senso. Mas não resta dúvidas de que seu futuro será promissor e que, desde já exige a definição de políticas que sigam princípios básicos.
Eu gosto bastante da abordagem “SAFE”, proposta pelo senador norte-americano Chuck Schumer naquele país. Ela enfatiza segurança, responsabilidade, proteção de fundamentos e aplicabilidade.
Juntos, esses quatro fatores garantem que a IA seja usada de maneira segura e responsável. Tanto mantêm a integridade de valores e instituições fundamentais como proporcionam transparência nas suas operações.
Além desses pontos de atenção, também é importante destacar a relevância social da inclusão dessas soluções na rotina do trabalho. Por exemplo, algoritmos de conversão de fala para texto, ou vice-versa, fornecem informações adicionais para usuários com deficiência visual e auditiva, respectivamente.
Vale ressaltar e repetir: essas tecnologias têm o poder de quebrar barreiras e capacitar essas pessoas, promovendo um sentimento de independência e inclusão. Isso transforma vidas.
Sanados os entraves, nas empresas os líderes precisarão rever seus conceitos sobre produtividade. A avaliação da produtividade é hoje centrada na quantidade de tarefas realizadas em determinado tempo. Mas, ao incorporar a IA, a ênfase na “produção escalável” permite a evolução para uma perspectiva mais qualitativa.
Ou seja: as organizações vão poder medir a eficiência de seus colaboradores por qualidade de entregas, inovação gerada e impacto estratégico nas metas organizacionais. Os algoritmos têm o potencial real de transformar carreiras e criar novas oportunidades profissionais.
Mais que isso: o domínio dos algoritmos pode efetivamente salvar vidas, seja melhorando a eficiência em operações de saúde, aumentando a segurança em diversas indústrias, ou salvaguardando empregos ao aumentar a produtividade e abrir novos campos de trabalho.
Estamos diante de um futuro que promete muito mais que uma automação mais abrangente. Usados com sabedoria e responsabilidade, os algoritmos podem se tornar, de fato, os grandes aliados da humanidade.