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Temer se arrisca e deve nomear Imbassahy só em fevereiro

Eleição da presidência da Câmara foi determinante para decisão do peemedebista de adiar nomeação a cargo-chave do governo

Michel Temer: governo quer mais compromisso dos governadores com situação econômica (Adriano Machado/Reuters)
Michel Temer: governo quer mais compromisso dos governadores com situação econômica (Adriano Machado/Reuters)
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Brasília em Pauta

Publicado em 26 de dezembro de 2016 às, 12h03.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 07h19.

O presidente Michel Temer (PMDB) está decidido a protelar a indicação do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para a Secretaria do Governo. O cargo está vago desde o início de dezembro, quando Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pediu demissão.

Interlocutores do peemedebista afirmaram ao Brasília em Pauta que o presidente deve confirmar o tucano no cargo apenas em fevereiro. "Temer sabe que indicar Imbassahy agora representaria um aceno de estabilidade ao mercado. A indicação, porém, pode não ser interessante internamente", disse uma fonte próxima a Temer.

Se o martelo já está batido, por que nomear Imbassahy só em fevereiro? Auxiliares de Temer dizem que a decisão do presidente está diretamente relacionada a eleição da presidência da Câmara. Se Rodrigo Maia (DEM-RJ) conseguir se reeleger no comando da Casa, a indicação de Imbassahy deve sair em questão de horas. Porém, caso qualquer nome do Centrão vença a disputa, o presidente pode reconsiderar a indicação ao cargo deixado por Geddel.

"Se Maia não conseguir emplacar sua reeleição, Temer deve repensar quem indicará para a Secretaria do Governo. Com uma eventual derrota de Maia, ele precisará de alguém mais próximo dele em um cargo que articula as negociações entre o Planalto e o Congresso", afirmou um interlocutor do peemedebista.