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Variante britânica do novo coronavírus pode ser até 100% mais letal, diz estudo

A variante B.1.1.7 tem 23 mutações em seu código genético e algumas destas a tornaram muito mais capaz de se disseminar

A variante B.1.1.7 já foi encontrada em mais de 100 países (Andriy Onufriyenko/Getty Images for National Geographic Magazine)
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Reuters

Publicado em 10 de março de 2021 às 08h46.

Última atualização em 10 de março de 2021 às 11h06.

Uma variante altamente infecciosa da covid-19 que se espalha pelo mundo desde que foi descoberta no Reino Unido no final do ano passado é entre 30% e 100% mais fatal do que linhagens anteriores, disseram pesquisadores nesta quarta-feira.

Em um estudo que comparou índices de mortalidade entre pessoas do Reino Unido infectadas com a nova variante do SARS-CoV-2, conhecida como B.1.1.7, com aqueles de pessoas infectadas com outras linhagens, cientistas disseram que a nova variante tem uma mortalidade "consideravelmente mais alta".

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A variante B.1.1.7 foi detectada no Reino Unido em setembro de 2020, e desde então já foi encontrada em mais de 100 países.

Ela tem 23 mutações em seu código genético – um número relativamente alto de alterações –, e algumas destas a tornaram muito mais capaz de se disseminar. Cientistas britânicos dizem que ela é entre 40% e 70% mais transmissível do que variantes do coronavírus em circulação que antes predominavam.

No estudo britânico, publicado nesta quarta-feira no periódico científico British Medical Journal, infecções da nova variante causaram 227 mortes em uma amostragem de 54.906 pacientes de Covid-19 – em um número igual de pacientes infectados com outras variantes foram 141.

"Somado à sua capacidade de se disseminar rapidamente, isto torna a B.1.1.7 uma ameaça que deveria ser levada a sério", disse Robert Challen, pesquisador da Universidade Exeter que coliderou a pesquisa.

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