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Revolução da proteína: larva é 1º inseto considerado comida na União Europeia

Os insetos podem ser importantes para alimentar a população mundial no futuro

Lava da farinha: animal recebeu aprovação para consumo na União Europeia (Tylwyth Eldar/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Lucas Agrela

Publicado em 17 de janeiro de 2021 às 17h55.

Larvas da farinha. Se você nunca viu esses animais , saiba que eles podem estar, em breve, no seu prato quando você fizer aquela sonhada viagem para a Europa. A larva tornou-se o primeiro animal aprovado pela Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) como comida.

A decisão sobre a segurança para o consumo pode levar as larvas ao prato como opções de proteína animal que vão além da carne bovina, do peixe e do frango.

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As larvas da farinha já são usadas na Europa em rações para animais de estimação. Na alimentação humana, a aprovação da EFSA pode levar ao uso das larvas besouro em alimentos como pães, biscoitos e massas. O consumo de insetos já comum em países da África, na Austrália e também na Nova Zelândia.

“Os insetos são organismos complexos, o que torna a caracterização da composição de produtos alimentícios derivados de insetos um desafio. Entender sua microbiologia é fundamental, considerando que todo o inseto é consumido”, afirma Ermolaos Ververis, químico e cientista alimentar da EFSA, envolvido nos estudos de aprovação.

2,5 bilhões de pessoas no mundo todo se alimentam de insetos regularmente, segundo documento do senado francês.Empresas como a Ynsect estimam os insetos serão importantes para alimentação da população mundial, que deve atingir 9 bilhões de pessoas em 2050.

"Há benefícios ambientais e econômicos claros se você substituir as fontes tradicionais de proteínas animais por aquelas que requerem menos ração, produzem menos resíduos e resultam em menos emissões de gases de efeito estufa. Custos e preços mais baixos podem aumentar a segurança alimentar e a nova demanda abrirá oportunidades econômicas também, mas isso também pode afetar os setores existentes”, diz, em nota, Mario Mazzocchi, estatístico econômico e professor da Universidade de Bolonha.

A decisão ainda precisa da confirmação da Comissão Europeia.

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