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Padrões cerebrais podem medir afinidade entre amigos

Cientistas observaram que as respostas cerebrais a vídeos cômicos, debates ou documentários são similares entre pessoas que compartilham amizade

Amigos: "amigos processam o mundo que está ao seu redor de um modo excepcionalmente similar" (Ridofranz/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 15h56.

Londres - Uma ressonância magnética do cérebro pode prever o grau de amizade entre duas pessoas a partir dos padrões cerebrais produzidos ao assistir a fragmentos de vídeos cômicos, debates ou documentários, segundo um estudo publicado nesta terça-feira a revista "Nature".

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e do Dartmouth College de New Hampshire determinaram que as respostas cerebrais a esse tipo de estímulo são similares entre as pessoas que compartilham amizade.

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Conforme a distância social entre dois indivíduos aumenta, as estruturas neurais reveladas em uma ressonância magnética funcional (IRMf) diferem cada vez mais.

A partir das suas observações, Carolyn Parkinson e seu grupo argumentam em seu estudo que é possível usar essa técnica para prever as probabilidades de duas pessoas serem amigas.

"As respostas neurais a estímulos dinâmicos e naturalistas, como os vídeos, nos permitem observar os processos de pensamento espontâneo das pessoas em tempo real enquanto são produzidas", explicou Carolyn em um comunicado do Dartmouth College.

"Nossos resultados sugerem que os amigos processam o mundo que está ao seu redor de um modo excepcionalmente similar", apontou a cientista.

Para chegar às suas conclusões, o grupo de pesquisadores analisou os resultados de ressonâncias magnéticas de 42 estudantes universitários; 12 mulheres e 30 homens de 25 a 32 anos, todos eles integrados no mesmo ciclo social, com diferentes graus de afinidade.

Os cientistas comprovaram que as áreas do cérebro envolvidas na interpretação de dados sensoriais e emocionais respondiam de forma parecida aos estímulos entre os amigos mais próximos.

"Somos uma espécie social, vivemos nossas vidas conectadas com todos os demais. Se quisermos compreender como funciona o cérebro humano, precisamos entender como as nossas mentes se moldam umas às outras", afirmou pesquisadora Thalia Wheathely.

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