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Habitações e internet 4G: o plano bilionário da Nasa para povoar a Lua

Agência espacial americana está desembolsando mais de 2 bilhões de reais em um projeto para criar moradias no satélite natural da Terra

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Lua: satélite natural da Terra ganhará habitações para astronautas até 2030 (Mark Sutton / EyeEm/Getty Images)

Lua: satélite natural da Terra ganhará habitações para astronautas até 2030 (Mark Sutton / EyeEm/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 19 de outubro de 2020, 16h19.

Última atualização em 19 de outubro de 2020, 16h37.

A Nasa quer permitir que pessoas possam permanecer por mais tempo na Lua. Para isso, está investindo mais de 370 milhões de dólares (o que dá pouco mais de 2 bilhões de reais) para criar habitações que possam permitir isso. Uma fatia de 14,1 milhões já tem destino certo: a Nokia. A empresa será pagar para desenvolver redes de internet 4G no satélite natural da Terra.

O acordo entre a Nasa e a Nokia, através da subsidiária Bell Labs, foi divulgado na última quarta-feira (14). A ideia, segundo o Business Insider, é de que a Bell Labs utilize sua tecnologia para desenvolver uma rede de internet móvel 4G-LTE na Lua com o objetivo de permitir que astronautas possam controlar remotamente os veículos de exploração lunar e transmitir vídeos em tempo real.

O plano inicial é de que a primeira conexão móvel feita seja utilizando 4G. Porém, com o avanço das redes móveis de quinta geração, a Nasa pretende utilizar o 5G no futuro. A empresa Intuitive Machines, que atua com  a implementação da tecnologia, também está envolvida no projeto. Outras 12 empresas americanas também estão envolvidas. A Nokia também atua com 5G.

Implementar redes móveis na Lua não é uma missão das mais simples. Os engenheiros precisam considerar condições climáticas do satélite natural da Terra, como temperatura, radiação e até os efeitos causados pela chegada e pela partida de foguetes, que causam vibrações na superfície lunar.

A expectativa é de que a rede 4G de internet móvel lunar permita que os astronautas possam se conectar à internet em apenas um pequeno espaço geográfico da Lua. Desta forma, a conexão exigiria um gasto menor de energia. Outra vantagem estaria na redução do número de equipamentos necessários para permitir a conexão.

Se tudo der certo, a Nasa pretende enviar astronautas para a Lua já em 2024. Quatro anos depois disso, a meta é criar uma base lunar que possa servir de habitação para astronautas a que desembarcarem na Lua a partir de 2030.

Vale destacar ainda que, deste bolo de 370 milhões de dólares, uma fatia de 53 milhões de dólares foi para os cofres de Elon Musk, que também está envolvido em um projeto de internet espacial. Recentemente, uma nave da SpaceX foi utilizada para transportar dois astronautas até a Estação Espacial Internacional. A meta agora é chegar em Marte.

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