Ciência

China deixa de usar na medicina animal suspeito de transmitir covid-19

O pangolim é um animal consumido na Ásia devido a uma crença sobre benefícios à saúde

Pangolim: pesquisadores suspeitam que o animal tenha sido intermediário do novo coronavírus para humanos (Anindira Kintara / Opn Images/Barcroft Media/Getty Images)

Pangolim: pesquisadores suspeitam que o animal tenha sido intermediário do novo coronavírus para humanos (Anindira Kintara / Opn Images/Barcroft Media/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 11 de junho de 2020 às 09h44.

Última atualização em 11 de junho de 2020 às 13h14.

A China removeu as escamas do pangolim da lista de ingredientes considerados seguros para uso medicinal. A medida foi tomada após a Administração Estadual de Florestas e Pastagens do país elevar ao grau máximo a necessidade de proteção desses animais.

Os pangolins são apontados por pesquisadores como possíveis intermediários do novo coronavírus de morcegos que saltou para os seres humanos, causando a pandemia de covid-19.

Pangolim: animal teve status de proteção elevado ao máximo (Anindira Kintara / Opn Images/Barcroft Media/Getty Images)

As escamas do pangolim faziam parte da farmacopeia da Medicina Tradicional Chinesa. Na crença chinesa, os ingredientes podem trazer benefícios sexuais e de saúde a quem consumi-los. No entanto, não há evidência científica que embase a crença.

Mais de 200.000 pangolins são consumidos na Ásia por ano. Naturais de países como Laos, Tailândia e Índia, os animais, vivos ou mortos, são traficados para a região.

Apesar de os pangolins serem portadores de outros coronavírus, que podem, eventualmente, saltar para a espécie huamana, ainda não há evidência de que eles tenham efetivamente atuado como transmissores da covid-19.

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