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Anticorpos da covid-19 duram apenas três meses, diz Oxford

Informação foi dada pelo professor John Bell, da Universidade de Oxford, em transmissão ao vivo no YouTube

Coronavírus: anticorpos da doença podem não durar tanto tempo assim (JUAN GAERTNER/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

Tamires Vitorio

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 13h08.

Em uma transmissão ao vivo no YouTube o professor John Bell, da Universidade de Oxford, no Reino Unido , afirmou que pessoas que pegaram o novo coronavírus em março já podem estar suscetíveis a reinfecções. Segundo Bell os anticorpos da covid-19 podem se esgotar entre 10% e 30% a cada mês e eles "desaparecem rapidamente".

Recentemente um estudo feito pela King's College de Londres com cerca de 90 pessoas apontou que os anticorpos desapareciam com o tempo, atingindo um ápice três semanas após os primeiros sintomas e abaixando rapidamente depois disso.

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Como o vírus é relativamente novo, ainda não se sabe ao certo se uma pessoa já recuperada pode ou não contraí-lo novamente. O que se sabe é que em outros casos de doenças respiratórias causadas por um coronavírus (como o SARS e a MERS) uma imunidade de cerca de dois anos foi criada. Em outras variações do vírus (como a OC43 e a HKU1), as pessoas ficaram imunes por um período determinado período de tempo.

No começo deste mês, a Universidade de São Paulo (USP) apontou o primeiro caso de reinfecção por covid-19 no Brasil, quando uma técnica de enfermagem de 24 anos teve dois testes positivos para a doença em um intervalo de 50 dias. As reinfecções são raras e não se sabe ao certo quantos casos do tipo existem no mundo.

Uma pesquisa divulgada nesta semanasobre a resposta do sistema imune em relação à covid-19aponta que, mesmo sem a produção de anticorpos contra o vírus, um indivíduo pode produzir células capazes de destruir a doença em casos de reinfecção. São os chamados linfócitos T — células reativas que ajudam o organismo na defesa de infecções.

Em todos os casos, no entanto, a imunidade só dura até que surja uma nova cepa do vírus, uma vez que a mutação é inerente a ele. É o que nos faz pegar gripe mais de uma vez, por exemplo.

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