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Jornalista Flávio de Carvalho Serpa morre aos 66 em BH

Serpa morreu em consequência de doença pulmonar obstrutiva crônica


	Flávio Serpa: formado em Física pela UFMG, começou cedo no jornalismo
 (Divulgação/Facebook/Flávio de Carvalho Serpa)

Flávio Serpa: formado em Física pela UFMG, começou cedo no jornalismo (Divulgação/Facebook/Flávio de Carvalho Serpa)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 20h54.

São Paulo - O jornalista Flávio de Carvalho Serpa morreu nesta segunda-feira, 23, às 4h20, aos 66 anos, em consequência de doença pulmonar obstrutiva crônica.

Formado em Física pela UFMG, começou cedo no jornalismo, se especializando nas áreas de ciência e tecnologia. Passou pelo semanário Movimento, pelas revistas Veja, Isto É, e Info Exame e pelo Estado, onde foi editor do caderno de Informática de agosto de 1986 até julho de 2004.

Foi também colaborador de Folha S. Paulo, Scientific American,Revista Retrato do Brasil, Superinteressante e Galileu.

De acordo com familiares, o velório será realizado a partir das 13h40, e o enterro será às 16h, no cemitério da Colina, em Belo Horizonte. Também jornalista, o colunista do Estado Humberto Werneck publicou coluna neste domingo em que torcia pela melhora de Serpa.

No texto, ele lembra do bom humor do amigo que era, segundo ele, "fonte de conhecimentos úteis como também de bizarrias e esquisitices garimpadas no noticiário".

No blog flaviocserpa.blogspot.com.br, Serpa escreveu até agosto de 2012, quando foi anunciada talvez a descoberta mais importante do século 21 em Física, a descoberta do Bóson de Higgs.

No blog, se autodescrevia assim: "meu primeiro trabalho editorial foi o Guia de Experiências Básicas de Laboratório de Física e Instrumentação para Ensino na UFMG (Eu era bolsista de monitoria de laboratório). Em 1973 deixei a pós-graduação em física de Matéria Condensada (completei o bacharelado) da UFMG para ir trabalhar no jornal Opinião no Rio de Janeiro. No Opinião, sob censura prévia, editava internacional e a edição brasileira do Le Monde. Do Opinião (que não existe mais) fui para o semanário Movimento, que acabou fechado". Em seguida, na IstoÉ na editoria de Sociedade", registrou.

"Com a venda da IstoÉ, passei um tempo fazendo freelas na Playboy e na Superinteressante. Me deram um prêmio Abril mesmo sem trabalhar fixo lá. Chamado pelo Augusto Nunes fui editar uma página de ciências no Estado de S. Paulo. Sai por um período contratado para fazer o lançamento da Info Exame como revista independente (era um encarte da Exame). Voltei para O Estado de S. Paulo, convidado para editar o Caderno de Informática. Ganhamos até um Top3 do iBEST em 2000 apesar do caderno não ser online. Fiquei no caderno de Informática do Estado até outubro de 2004", finalizou.

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