Allianz Parque: palco do dérbi (Divulgação/ Allianz Parque)
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 11h00.
Em casa, no último domingo, assistindo aos comentários futebolísticos sobre o Campeonato Paulista, uma frase ficou estampada na tela:
“Corinthians vence primeiro derby na arena”
Como amante da arte de Garrincha, já me lancei várias vezes contra o recente e infeliz termo “arena”. Ora! Sempre pronunciamos os saudosos “Estádio Mané Garrincha”, “Estádio Pacaembu”, “Estádio Serra Dourada” etc.
No entanto, o que mais me chamou a atenção, na citada manchete televisiva, foi o termo paroxítono “DERBY”.
De acordo com a etimologia registrada no Houaiss, o termo provém do nome inglês do Lord Derby, que deu início a uma corrida de cavalos na Inglaterra em 1780. Remete a uma competição esportiva de grande destaque.
Nas vertentes da língua-padrão, o termo passou pelo processo de aportuguesamento e, oficialmente, tem o registro “dérbi” – que favorece a pronúncia para o usuário da Língua Portuguesa.
Caro leitor, o uso da grafia estrangeira pode gerar dúvidas quanto à sílaba tônica; não é rara, como exemplo, a pronúcia “derBY” – gerando um oxítono estranho e inadequado.
Por uma questão de sensatez, termos aportuguesados (com o registro oficial secular) devem ser apresentados em acordo à Ortografia, ainda mais quando reforçam a leitura com clareza.
Por fim, lembremo-nos de que esse processo do aportuguesamento é comum em diversas outras palavras: ateliê, abajur, batom, bangalô, baguete, basquetebol, futebol e tantas outras.
No último dérbi, palmeirenses não puderam comemorar.
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