Veja a história de três empreendimentos que deram certo
Eles apostaram no negócio próprio e tiveram sucesso. Mas não se engane - o início não foi fácil para ninguém
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2009 às 14h10.
Novas mídias, novas oportunidades
O empresário Gabriel Tosi, de 28 anos, decidiu largar a carreira de redator publicitário para fundar a Full Interactive, agência de publicidade e assessoria de imagem em redes sociais. "Além de ser algo novo, é um segmento com um potencial a ser explorado. São poucas empresas atuantes. Foi uma questão estratégica", explica ele. O trabalho consiste em criar campanhas para a internet e divulgá-las em blogs, Twitter e outras redes sociais. A empresa também denuncia correntes e vídeos que possam denegrir a imagem de algum de seus clientes. Recentemente, Gabriel e sua equipe tiveram de varrer a rede para acabar com a circulação de um vídeo oficial da Dafra Motos com o ator Wagner Moura, que havia sido dublado por um texto que levantava apenas pontos negativos da empresa.
Para juntar o capital inicial de 10 000 reais, Gabriel precisou vender seu carro. Ele lembra as dificuldades enfrentadas há dois anos, quando a empresa foi criada. "O escritório era meu celular e meu laptop, mas depois do primeiro mês consegui um local para me instalar. Mesmo assim trabalhei para apenas para pagar as contas por um bom tempo". Os tempos ruins passaram e o jogo virou. Hoje Gabriel tem mais três sócios na empresa. Juntos, eles comandam 22 funcionários e prestam serviço a 17 clientes. "Todos com contrato anual. Prefiro assim para garantir uma estabilidade", diz ele. E o resultado é um faturamento de 800 000 reais para 2009.
Administradora de souvenires
Quando a administradora Carol Bassitt, de 30 anos, ingressou como estagiária na IBM, via mais perto o seu sonho de trabalhar numa multinacional. Ainda na faculdade, porém, ela conheceu a Sife - instituição internacional que incentiva o empreendedorismo - e desde então pensou que poderia abrir seu próprio negócio. Depois de seis anos, a rotina na IBM se tornou menos desafiadora para ela. "Numa empresa tão grande, é mais difícil seu trabalho fazer alguma diferença. Por isso quis montar meu negócio", conta ela. Hoje Carol comanda a Cositas Bacanas, especializada nas tradicionais "lembrancinhas" e kits para casamentos, batizados, aniversários e eventos corporativos. "Tudo personalizado", diz ela. Mas as coisas não aconteceram tão rapidamente.
Ainda na IBM, ela pediu um "período sabático" para repensar sua carreira. Estava em dúvida sobre o trabalho na multinacional ou se deveria arriscar um negócio próprio. A ideia da empresa surgiu ao acaso quando ela se ofereceu para fazer as lembranças de casamento de uma amiga em 2007. A produção foi tão caprichada que o trabalho ganhou as páginas de uma revista especializada. A partir de então, os pedidos começaram a surgir e Carol não teve como negar. "Sempre gostei muito dessas coisas. Quando tinham eventos na IBM eu fazia ações criativas", explica ela.
A Cositas Bacanas, aberta em junho de 2007, começa a ganhar mais estrutura agora. A favor de Carol está sua extensa rede de contatos que cultivou durante a faculdade e no trabalho na IBM. "Não há nada melhor do que a propaganda boca-a-boca", diz ela que já recebeu pedidos para eventos na Itália e Áustria. A empresa conta com oito funcionários, tem uma parceria com uma fábrica americana para importações e faturamento previsto para 400 000 reais em 2009.
Franquia que dá certo
Os administradores Mariana Dequech Bio, de 30 anos, e Marcos Rodrigues Bio Jr, de 36, são mais um exemplo de empreendedorismo. A dupla resolveu apostar no setor de vestuário - um dos segmentos mais rentáveis do mercado. Marcos já teve outras experiências com negócio próprio. Até 1997, ele trabalhou em grandes empresas como a consultoria Price Waterhouse Coopers, mas decidiu trabalhar por conta. O primeiro empreendimento foi uma loja de carros aberta em sociedade com seu primo, onde Marcos permaneceu até 2003. O último emprego foi como franqueado de uma rede de fast food, no interior paulista.
Mariana trabalhava na área de marketing da Bosch América Latina havia cinco anos, mas também sempre desejou um negócio próprio. Ela ingressou na empresa como trainee e trabalhou em São Paulo, Buenos Aires e Campinas, no interior paulista.