Carreira

Quantas faltas caracterizam abandono de emprego?

Advogado explica quais são os casos em que a empresa pode alegar abandono de emprego


	Escritório vazio: é preciso faltar 30 dias seguidos para ser abandono de emprego
 (Thinkstock/Thomas Northcut)

Escritório vazio: é preciso faltar 30 dias seguidos para ser abandono de emprego (Thinkstock/Thomas Northcut)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 12h00.

Dúvida: Estou sem ir trabalhar há quase um mês, isso já pode ser considerado abandono de trabalho?

*Resposta de Marcelo Mascaro Nascimento, sócio do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista e diretor do Núcleo Mascaro

O abandono de emprego é motivo para dispensa por justa causa do funcionário. Ele se caracteriza quando o empregado não voltar mais ao trabalho. A legislação não estabelece uma quantidade mínima de dias para que seja configurado o abandono, mas a Justiça do Trabalho entende que quando o funcionário se ausenta por mais de 30 dias presume-se que houve o abandono.

Esse período de mais de trinta dias deve ser contínuo. Se o funcionário, por exemplo, se ausentar por 20 dias, comparecer alguns dias na empresa e depois se afastar por mais 20 dias, não fica caracterizado o abandono. Porém, se as faltas forem injustificadas caberá uma punição contra o empregado.

Vale ressaltar que o prazo superior a 30 dias se trata de uma presunção de abandono de emprego. Assim, mesmo havendo uma ausência superior a 30 dias, caso o empregado demonstre que não era sua intenção abandonar o emprego e que tem uma justificativa razoável para não ter comparecido nem comunicado sua ausência, não há abandono.

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