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PowerPoint, Prezi ou Keynote: qual é o melhor?

Conversamos com um especialista em apresentações de slides para saber os prós e contras das três ferramentas; confira:

Homens observam exposição sobre PowerPoint (Getty Images)

Homens observam exposição sobre PowerPoint (Getty Images)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h56.

São Paulo – Qual é o primeiro programa de apresentação de slides que lhe vem à mente quando pensa em se preparar para uma palestra ou reunião no trabalho? Para boa parte dos profissionais, a resposta é PowerPoint. Para outros, no entanto, o simples soletrar deste nome já traz calafrios e uma porção de péssimas (e entediantes) lembranças. A raiva é tanta que, na Suíça, há um partido todo dedicado a abolir o mal uso da ferramenta. 

Mas uma boa (e não nova) notícia: o programa de apresentações da Microsoft não é o único disponível no mercado para este fim. O Keynote, da Apple, e o Prezi também cumprem esta função - e dividem opiniões. 

Na MonkeyBusiness, agência especializada no assunto, a ferramenta só é definida após um detalhado planejamento prévio. E, segundo Marco Franzolim, diretor de criação da empresa, a opção dos clientes, hoje, em quase 90% dos casos é pelo PowerPoint.

Isso não significa, contudo, que a ferramenta de Bill Gates continue soberana. A resposta sobre qual é o melhor programa de apresentações varia conforme o estilo, o objetivo e até plataforma utilizada. Veja os prós e contras de cada uma delas, de acordo com Franzolim. 

PowerPoint

Prós: Na batalha pelas ferramentas preferidas para usar nas apresentações, o programa da Microsoft sai na frente por uma simples questão: “Quase todo mundo tem o software na máquina, todos sabem usar”, afirma o especialista. 

A edição do arquivo é mais fácil. Ou seja: dá para mudá-lo tranquilamente antes de ganhar os holofotes da reunião ou palestra. Por fim, o formato do PowerPoint tende a gerar arquivos mais leves.

Contras: Para os adeptos do Prezi, o programa da Microsoft perde pontos por não trazer a opção de montagem de apresentação não linear. “Mas o Prezi não é linear até a página 2. Na hora que você subiu ao palco, já determinou a sequência de slides”, diz o especialista.

Ponto negativo também para as dezenas da animações da transição de slides do PowerPoint. “É muito anos 80. Profissionalmente, quase nunca dá para usar”, afirma.

Antes de prosseguir, confira o que não pode faltar no planejamento da sua apresentação - dica: planejar vem antes de definir a plataforma:

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Para completar, o programa não incorpora arquivos multimídia. Na prática, isso significa que sempre que quiser exibir um vídeo ou áudio durante uma apresentação precisa adicioná-lo à mesma pasta que o arquivo do PowerPoint.

Do contrário, sofre a pena do arquivo multimídia não rodar. 


Keynote

Prós: Os amantes do software de apresentações dos dispositivos Apple alegam que a qualidade de imagem seja melhor, mas, segundo Franzolim, isso pode ser devido ao tipo de equipamento usado para rodar os arquivos.

Apesar de mais simples que o PowerPoint em termos de recursos, o Keynote ganha em acabamento. “As opções de animações são mais agradáveis ao olhar e melhor acabadas”, diz o especialista. Para completar, o software incorpora arquivos multimídia – o que pode ser um ponto positivo ou negativo, como veremos a seguir.

Contras: O problema da ferramenta está em ser um programa exclusivo da plataforma Apple: nem todos locais dispõe de equipamentos compatíveis. Como o PowerPoint, também não traz uma opção de montagem de apresentação não linear.

Por outro lado, incorporar vídeos ou áudios tem um efeito colateral: o arquivo final fica muito pesado. “Na prática, você fica com o arquivo maior, mas não corre o risco do vídeo não rodar”, diz o especialista.

Prezi 

Prós: A principal vantagem do Prezi é a possibilidade não linear de montagem de apresentação. “Tanto Keynote quanto PowerPoint se inspiram na ideia das transparências dos projetores. O Prezi foi mais longe com um conceito de lousa”, diz o especialista.

A ideia é seguinte: o usuário tem a possibilidade de montar a sua apresentação como se ela fosse uma lousa onde as informações são adicionadas de uma maneira não linear. Mas, na hora de exibir, este quesito sai de cena e uma ordem necessariamente é outorgada à apresentação. “Por uma questão pedagógicas, você precisa estruturar uma linha de pensamento”, afirma o diretor da MonkeyBusiness.

Agora, o que salta aos olhos da plateia são as transições quase cinematográficas de zoom e rotação que o programa oferece, segundo Franzolim. 

Contra:
No entanto, em apresentações muito longas, tantas animações podem colocar um ponto final no engajamento da plateia que se cansa com tamanho apelo visual. "Você precisa distribuir 'Dramin' para o público", brinca o especialista. 

Agora, independente da plataforma, o que conta mesmo é o conteúdo e a maneira como você se planejou para organizá-los. Aprenda abaixo com alguns dos erros de Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook: 

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