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Por que as empresas devem investir no empoderamento feminino

A ambição das mulheres e a dos homens praticamente se equivalem. No Brasil, 66% delas e 72% deles desejam se tornar líderes

Empoderamento feminino: a ambição das mulheres e a dos homens praticamente se equivalem. No Brasil, 66% delas e 72% deles desejam se tornar líderes (Arthur Sollano/Flickr)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2015 às 10h43.

Na última semana aconteceu em São Paulo o lançamento da Associação Movimento Mulher 360, responsável por unir empresas e estimular seu engajamento a respeito da igualdade de gêneros.

A partir do encontro, foi levantado um importante debate: por que as empresas em que trabalhamos devem, de verdade, investir no empoderamento feminino ?

Antes de qualquer coisa, vamos aos dados.

Segundo a pesquisa Sem Atalhos (realizada pela Bain & Company em 2013), o número de mulheres com diploma superior se tornou maior que o dos homens em 2011 (sendo esta a primeira vez desde 1985).

Além disso, a ambição das mulheres e a dos homens praticamente se equivalem. No Brasil, 66% delas e 72% deles desejam se tornar líderes. E as informações da Pesquisa Emprego (feita pelo IBGE entre 2003 e 2011) confirmam: apenas 5% dos CEOs e dos membros de conselhos são mulheres.

Outro ponto importante que deve ser colocado em pauta é que as brasileiras com 12 anos ou mais de estudo recebem 41% menos que os homens faturam pelos mesmos cargos e, em um panorama geral, ganham 26,7% menos que eles (mas isso já mudou na Califórnia, onde foi aprovada uma lei que garante a igualdade salarial para homens e mulheres!).

Sem contar que elas ainda sofrem com preconceitos e estereótipos e são as principais responsáveis pelos trabalhos domésticos, cumprindo jornada dupla de trabalho em grande parte dos casos...

E é por conta de números tão desiguais que as empresas deveriam contar com o empoderamento feminino como uma iniciativa estratégica, a partir da qual a mulher passa a ter ainda mais confiança em sua carreira, enxergando o respeito que a companhia tem pelas diferenças e também pela vida pessoal de seus funcionários.

Mas o que as empresas ganham com isso?

De maneira geral, quanto maior é o equilíbrio dentro da companhia, mais positivos serão os seus resultados.

Isso acontece porque ter funcionários de sexos diferentes permite que a empresa conte com diversificados pontos de vista sobre qualquer assunto. Ou seja, quando as pluralidades são respeitadas, elas permitem mudanças e crescimento, pois agregam conteúdo às discussões.

Além disso, a mulher é responsável por grande parte do consumo. Assim, ter uma opinião feminina durante o processo de produção permite que a empresa converse também com o seu público final, aquele que realmente vai consumir os seus produtos.

Vale lembrar também que, seguindo este caminho, a empresa pode aproveitar todo e qualquer talento que esteja disponível no mercado de trabalho, independentemente do sexo do canditado à vaga disponível.

E um dos itens mais importantes: a companhia se torna exemplo para as outras, que acabam se estimulando e disseminando a importância de empoderar as mulheres!

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Na última semana aconteceu em São Paulo o lançamento da Associação Movimento Mulher 360, responsável por unir empresas e estimular seu engajamento a respeito da igualdade de gêneros.

A partir do encontro, foi levantado um importante debate: por que as empresas em que trabalhamos devem, de verdade, investir no empoderamento feminino ?

Antes de qualquer coisa, vamos aos dados.

Segundo a pesquisa Sem Atalhos (realizada pela Bain & Company em 2013), o número de mulheres com diploma superior se tornou maior que o dos homens em 2011 (sendo esta a primeira vez desde 1985).

Além disso, a ambição das mulheres e a dos homens praticamente se equivalem. No Brasil, 66% delas e 72% deles desejam se tornar líderes. E as informações da Pesquisa Emprego (feita pelo IBGE entre 2003 e 2011) confirmam: apenas 5% dos CEOs e dos membros de conselhos são mulheres.

Outro ponto importante que deve ser colocado em pauta é que as brasileiras com 12 anos ou mais de estudo recebem 41% menos que os homens faturam pelos mesmos cargos e, em um panorama geral, ganham 26,7% menos que eles (mas isso já mudou na Califórnia, onde foi aprovada uma lei que garante a igualdade salarial para homens e mulheres!).

Sem contar que elas ainda sofrem com preconceitos e estereótipos e são as principais responsáveis pelos trabalhos domésticos, cumprindo jornada dupla de trabalho em grande parte dos casos...

E é por conta de números tão desiguais que as empresas deveriam contar com o empoderamento feminino como uma iniciativa estratégica, a partir da qual a mulher passa a ter ainda mais confiança em sua carreira, enxergando o respeito que a companhia tem pelas diferenças e também pela vida pessoal de seus funcionários.

Mas o que as empresas ganham com isso?

De maneira geral, quanto maior é o equilíbrio dentro da companhia, mais positivos serão os seus resultados.

Isso acontece porque ter funcionários de sexos diferentes permite que a empresa conte com diversificados pontos de vista sobre qualquer assunto. Ou seja, quando as pluralidades são respeitadas, elas permitem mudanças e crescimento, pois agregam conteúdo às discussões.

Além disso, a mulher é responsável por grande parte do consumo. Assim, ter uma opinião feminina durante o processo de produção permite que a empresa converse também com o seu público final, aquele que realmente vai consumir os seus produtos.

Vale lembrar também que, seguindo este caminho, a empresa pode aproveitar todo e qualquer talento que esteja disponível no mercado de trabalho, independentemente do sexo do canditado à vaga disponível.

E um dos itens mais importantes: a companhia se torna exemplo para as outras, que acabam se estimulando e disseminando a importância de empoderar as mulheres!

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