Carreira

Pesquisa de Harvard comprova receita do sucesso de Oprah e Melinda Gates

Tentar agradar os outros ou ser genuíno? Para as duas mulheres de sucesso só existe um caminho e o estudo de Harvard apoia o conselho delas

Oprah Winfrey (Lucy Nicholson/Reuters)

Oprah Winfrey (Lucy Nicholson/Reuters)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2020 às 06h00.

São Paulo - Você se sente confortável para ser você mesmo no trabalho? Muitos profissionais acreditam que precisam adaptar sua personalidade para agradar chefes, recrutadores e colegas do trabalho, e ocultam partes de si, desde passatempos ou opiniões até seus valores ou sua orientação sexual.

No entanto, o esforço para se adequar ao ambiente corporativo pode não valer a pena. Pelo menos, é o que estudo da pesquisadora de Harvard Francesca Gino prova: tentar atender às expectativas alheias prejudica a performance dos profissionais.

É uma vitória em favor da autenticidade no trabalho, um conselho de carreira apoiado por duas mulheres de sucesso: a apresentadora e empresária Oprah Winfrey e Melinda Gates, vice-presidente da organização filantrópica Bill e Melinda Gates.

“Se adequar é superestimado”, é o principal conselho que Gates dá para jovens mulheres no mercado de trabalho, como revelou em entrevista para a revista americana Inc.

Gates conta que se esforçou no começo da carreira para ser mais parecida com aqueles à sua volta e isso a impedia se trazer o melhor de si para suas tarefas. Ela apoia que é fundamental manter sua personalidade e valores no trabalho.

E Oprah foi além: ela pediu demissão do programa “60 Minutes” ao perceber que a proposta não se alinhava com sua personalidade ao ser criticada por colocar emoção demais na simples pronúncia do seu nome.

Ela conta em entrevista para a revista Hollywood Reporter que o episódio a faz relembrar seu tempo de repórter novata quando não podia fazer o que é hoje sua marca registrada: ter empatia. “Eu estava trabalhando para me diminuir e achatar minha personalidade, o que, para mim, não é algo bom”, disse.

No estudo, os pesquisadores de Harvard pediram para que 166 empreendedores apresentassem suas ideias de negócios para um painel de investidores-anjo, que depois selecionou 10 semifinalistas.

Depois, eles investigaram a estratégia dos participantes, se criaram sua proposta tentando agradar os investidores ou se foram mais fiéis a suas ideias. E descobriram que os mais genuínos tiveram três vezes mais chances de serem escolhidos para a próxima rodada.

Assim, tentar agradar e antecipar os desejos dos outros não vai garantir um bom resultado, enquanto ser autêntico aumenta em três vez sua chance de sucesso.

Acompanhe tudo sobre:Bill GatesHarvardOprah WinfreyPesquisas científicasSucesso

Mais de Carreira

11 frases para evitar se quiser ser um marqueteiro de sucesso

O alvo dela é o pódio das Olimpíadas 2024: a história de Ana Luiza Caetano, do tiro com arco

Olimpíadas 2024: Veja seis lições de atletas olímpicos que podem inspirar carreiras corporativas

Olimpíadas 2024: 'Meu foco e minha cabeça estão 100% em Paris', diz a ginasta Rebeca Andrade

Mais na Exame