Os sonhos e as dicas de Rachel Maia, Paula Bellizia e Vanessa Gordilho
Vanessa Gordilho diretora-geral da QSaúde, Paula Bellizia, presidente da empresa de pagamentos Ebanx e Rachel Maia, CEO e conselheira na RM Consulting compartilharam dicas e experiências profissionais em evento da EXAME e Aladas
Marina Filippe
Publicado em 9 de março de 2022 às 06h00.
Ser uma mulher na liderança no Brasil é superar desafios não apenas econômicos e de negócios, mas também de vieses em uma sociedade no qual a maioria das posições de C-level são ocupadas por homens. Neste cenário, elas inspiram e ensinam outras mulheres ao busca equidade de gênero, impacto positivo e mais.
Com este olhar, Vanessa Gordilho diretora-geral da QSaúde, Paula Bellizia, presidente da empresa de pagamentos Ebanx e Rachel Maia, CEO e conselheira na RM Consulting, compartilharam experiências pessoais e profissionais que foram importantes ao longo de suas trajetórias, bem como dicas importantes para quem quer crescer na carreira. A conversa aconteceu nesta terça-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, no evento Agora é Que São Elas, da Exame em parceria com a Aladas.
Não pare de estudar
Para Rachel Maia, um aprendizado importante ainda na infância, foi de que ninguém tira seu conhecimento. "Meu pai e minha mãe diziam que ninguém pode tirar o seu conhecimento, esta é uma mensagem forte que sempre me incentivou a estudar e nunca fazer nada pela metade".
Paula Bellizia concorda. "Na minha adolescência a tecnologia estava começando. Foi a minha motivação por conhecimento que me impulsionou e não é diferente agora, quando estou aprendendo tudo sobre pagamentos na empresa que lidero".
Se for preciso, recalcule a rota
Ainda quando criança, Vanessa Gordilho começou a estudar ballet na Bahia. Já na adolescência, aos 14, teve a oportunidade de seguir carreira na Alemanha, mas resolveu mudar os planos aos 19. "Como bailarina muita gente me achava esforçada, mas não inteligente. Mostrei que isso era uma mentira e que eu poderia escolher o meu caminho. É possível arriscar, sonhar e fazer", diz.
Segundo as executivas, as pessoas comentam as mudanças, mas isto não deve ser um impeditivo. "Acabei de fazer uma mudança de carreira, e as pessoas questionam, mas eu vejo oportunidade de impactar pessoas e continuar uma historia", diz Paula. " Faz parte do processo mudar a rota, não deixe que as pessoas definam isso para você", comenta Rachel.
Forme uma rede de apoio
Em casa ou no trabalho, é importante ter pessoas próximas que ajudem, suporte ou mesmo orientem a mulher em diferentes momentos. Para Paula, é necessário se dar conta que não é possível fazer tudo sozinha. "É preciso firmar redes de networking, bem como acordos com parceiros e parceiras para alivar a carga do trabalho nas empresas ou em casa".
Vanessa reforça como a sororidade entre as mulheres é relevante para o sucesso de todas. "Algo que me ajuda é a conexão com mulheres que façam coisas semelhantes. Tenho uma rede forte que posso acessar para encontrar um caminho, ter novas perspectivas e soluções".
Sempre sonhe grande
Mesmo em posições de liderança, as executivas continuam sonhando alto com os próximos passos. Para elas, este exercício é fundamental em busca de uma evolução contínua. "Sou movida por impacto, por fazer a diferençana vida das pessoas e saber que o que faço muda as coisas ao meu redor", afirma Paula.
Vanessa segue a mesma linha, conectado os negócios aos sonhos. "Trabalhei 22 anos no mercado financeiro, e há um ano mudei para o setor de saúde porque vi uma oportunidade enorme de promover transformação na minha vida e na das pessoas. Meu sonho é aliar tecnologia ao acesso e cuidado".
Já Rachel reforça ainda a importância do ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança). "Minha consultoria foca em letrar nesse novo momento de transformação ligado ao ESG, ao reconhecer a importância da sustentabilidade, da diversidade e dos talentos, independente do gênero e posição hierárquica".