Os livros que se tornaram referência para Camila Farani, do Shark Tank
Camila Farani, do Shark Tank, participou do podcast Como Cheguei Aqui e contou sobre sua jornada e inspirações do empreendedorismo
Luísa Granato
Publicado em 7 de novembro de 2020 às 08h00.
“Eu continuo com a alma de comerciante. Agora tem uma glamorização do empreendedorismo, mas comecei trabalhando dentro do negócio da minha mãe”, conta Camila Farani, jurada do programa Shark Tank Brasil e presidente da G2 Capital, uma boutique de investimento em startups.
Ela foi a convidada do novo episódio do podcast Como Cheguei Aqui e conta sobre o começo da sua jornada. Antes de descobrir o mundo do empreendedorismo, foi uma pequena inovação no cardápio na charutaria da sua mãe, a introdução do café gelado, que trouxe essa faísca para sua vida.
Em menos de um mês, a novidade aumentou em 28% a receita do negócio. “Não necessariamente a inovação está atrelada com tecnologia. É algo que você faz em prol do seu negócio e que dá um resultado”, fala ela.
Ela avisa que nem sempre falou com as “palavras” bonitas do meio, mas que correu atrás para entender a área que se tornou sua paixão.
“Quando era mais nova, me achava uma estranha no ninho. Tinha 21 ou 22 anos e eu ficava pensando em negócios. E minhas amigas não pensavam. E eu falava ‘caramba, com quem que eu vou conversar?’”, fala ela.
No final, ela naturalmente acabou recorrendo a empresários homens para ajudar na sua evolução por serem a maioria no ramo. Para ela, um aprendizado importante foi evitar comparações com os homens na hora de olhar para si e tentar entender os caminhos para crescer.
Mas Camila realmente encontrou a sua inspiração na época que deu seu “primeiro voo solo” com a fundação da Farani Fresh Food. Ela lembra que os primeiros três meses foram tão ruins que ela duvidou de sua capacidade de seguir como empresária.
A dificuldade a fez buscar novas referências sobre negócios e de autoconhecimento para guiá-la. E ela encontrou tudo o que queria no livro da Oprah Winfrey, O que eu sei de verdade.
“Desde então ela virou meu role model. Baita empreendedora, baita empresária e que entendeu a importância de manter seus pés no chão e entender suas inteligências”, fala ela.
E, claro, ela também considera como grande referência no Brasil a Luiza Trajano, do Magazine Luiza.
Enquanto ela tira uma folga das gravações do Shark Tank, Camila agora se dedica a um dos seus passatempos favoritos: a leitura. No momento, ela está lendo uma biografia não-autorizada do Cazuza.
“Sou uma leitora ávida. Mas eu começo a ler quatro livros ao mesmo tempo e nem sempre leio o livro todo”, conta.
Um hábito interessante da empresária é anotar seus pensamentos sobre o livro em suas páginas. Para isso, ela prefere sempre os livros de papel.
Se ela fosse fazer uma recomendação de uma leitura que teve um grande impacto, seria The Bulletproof Diet, de Dave Asprey.
Pode parecer uma escolha inusitada, mas existe uma razão: o método científico e os investimentos que o empreendedor fez para investir e “hackear” sua própria biologia. “Ele trouxe muito essa ideia para mim do medo como mecanismo biológico”, explica.
Confira o episódio completo do podcast: