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Os 7 pecados capitais do currículo, segundo recrutadores

Está procurando emprego? Veja os 7 piores erros que você pode cometer ao elaborar o seu currículo

Currículos no lixo: mesmo candidatos extremamente competentes podem ser eliminados se falharem no CV (Flickr/Creative Commons/Sebastien Wiertz)

Claudia Gasparini

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 15h00.

São Paulo — “Nunca julgue um livro pela capa” é uma máxima que se aplica a muitos contextos. Mas não ao universo do recrutamento .

Como é impossível fazer diferente, headhunters julgam e até eliminam candidatos apenas com base em suas "capas"  — ou melhor, seus currículos .

Falhar na composição desse documento pode ser fatal, ainda que você tenha uma trajetória profissional invejável e adesão completa à vaga oferecida.

Enquanto alguns detalhes são sutis, outros são mais evidentes. Confira a seguir os “pecados capitais” da elaboração de CVs, segundo especialistas no assunto:

1. Falta de revisão
Uma pesquisa recente da consultoria Robert Half mostrou que apenas dois erros de digitação no currículo bastam para eliminar um candidato. Segundo Ricardo Karpat, diretor da consultoria Gábor RH, pecar na revisão do documento significa passar um atestado de descuido e pouco profissionalismo.

“Infelizmente, erros de digitação, português ou até inglês são bastante comuns em CVs”, explica. “É um tipo de problema que prejudica muito a imagem que o recrutador acaba fazendo do profissional”. Para evitar gafes, é melhor passar um “pente fino” no documento e até pedir para outra pessoa lê-lo antes de encaminhá-lo para potenciais empregadores.

2. Ausência (ou excesso) de dados
Quem não relê o próprio CV ainda corre o risco de omitir algumas informações obrigatórias. “Muita gente se esquece de colocar dados básicos, como telefone e e-mail”, diz Felippe Virardi, gerente da consultoria de recrutamento Talenses. “Às vezes gostamos do profissional, mas não conseguimos entrar em contato com ele para marcar uma entrevista por causa disso”.

O outro extremo também é problemático. Alguns candidatos incluem dados pessoais como religião ou número de filhos, RG, CPF, perfis em redes sociais não-profissionais e uma enxurrada de outras informações que tornam o documento confuso e cansativo. Veja 8 tipos de dados completamente desnecessários em um currículo.

3. Extravagância visual
Outro erro grave está em exagerar na “decoração” do documento. “Alguns candidatos querem fazer obras de arte, com muitas cores, fontes, logos e imagens, mas isso vale apenas para vagas da indústria criativa, como publicidade ou design”, afirma Karpat.

De forma geral, o visual do currículo deve ser limpo, claro e sóbrio. Você já sabe o que isso significa: papel branco, texto na cor preta e fontes tradicionais como Arial ou Times New Roman. “Enxergue o currículo como a roupa que você usaria numa entrevista de emprego”, diz o especialista. “Você não iria com uma blusa cheia de estampas e cores berrantes, iria com um visual mais comedido e social”.

4. Prolixidade
Imagine que você você decidiu ler a sinopse de um filme para decidir se quer vê-lo ou não. O texto não pode ser longo demais: ele deve apenas revelar as informações básicas da história e, ao mesmo tempo, atiçar a sua curiosidade para ir ao cinema.

O mesmo princípio vale para currículos. O objetivo do documento é resumir a sua carreira e, ao mesmo tempo, provocar o desejo do recrutador em conhecer você pessoalmente. O oposto é encher folhas e mais folhas com detalhes irrelevantes. Para Virardi, um bom currículo não deve ocupar mais do que duas páginas, independentemente do tempo de experiência do candidato.

5. Mentira
Outro pecado mortal é faltar com a verdade para disfarçar problemas ou lacunas na sua carreira — uma artimanha fadada ao fracasso. “Hoje é muito fácil checar informações, conversar com outros recrutadores”, diz Virardi. “Uma hora ou outra, o candidato será pego na mentira”.

Ainda assim, o expediente é comum: seja ao exagerar o domínio do inglês, seja ao omitir um período de desemprego, muitos candidatos insistem em rechear seus currículos com ficção. As consequências para a carreira são nefastas. Além do óbvio prejuízo para o processo seletivo em questão, a falta de sinceridade quebra a confiança entre o candidato e o mercado de forma geral, por tempo indeterminado.

6. Autoelogio
Os recrutadores ouvidos por EXAME.com são unânimes na percepção de que um currículo não deve conter nenhum tipo de autoavaliação sobre o comportamento do candidato. Dizer que você é “criativo”, “dinâmico” ou “incansável”, por exemplo, é inútil: ninguém vai acreditar se é você mesmo quem está falando. Além disso, a presença desses adjetivos denota vaidade ou até falta de autoconhecimento.

E se o elogio tiver sido dado por uma outra pessoa, como um ex-chefe ou cliente? Segundo Virardi, é melhor deixar para compartilhar essas histórias na fase da entrevista. Cara a cara com o recrutador, você poderá explorar outros recursos da linguagem, como o tom de voz e as expressões faciais, para não parecer pretensioso.

7. Desorganização
“Se o profissional não consegue selecionar e ordenar informações para produzir o próprio currículo, fica em xeque sua capacidade de cumprir outras tarefas de forma eficiente”, diz Karpat. Por isso, um CV com conteúdo embaralhado ou cheio de lacunas inexplicáveis é um forte candidato à eliminação.

Não organizar as suas passagens profissionais em ordem cronológica é um dos erros mais graves e comuns. Segundo o recrutador, essa falha na estrutura compromete a leitura e a compreensão do CV, assim como omitir datas ou a duração de cada emprego.

Quer ir além? Veja também:

5 regras de um bom currículo em qualquer fase da carreira

De Arial a Comic Sans, o que 10 fontes dizem sobre o seu CV

5 velhos conselhos sobre busca de emprego que não valem mais

São Paulo – A primeira função de um currículo é instigar o recrutador a chamá-lo para uma entrevista de emprego . A segunda função é servir como roteiro da conversa na etapa presencial do processo seletivo. Em qualquer um destes dois momentos, o currículo pode abrir ou fechar as portas de uma oportunidade de trabalho, segundo Lucas Nogueira, gerente sênior da Robert Half. “Fique atento para não cometer erros gramaticais, de digitação ou de informação, que podem causar má impressão. Não minta, pois, se o recrutador descobrir, provavelmente, ficará em dúvida sobre a veracidade dos demais dados no currículo”, diz o especialista. Objetividade também é regra geral do bom currículo: duas páginas bastam até para o mais experiente dos profissionais. O ideal é deixar algumas informações para conversar durante a entrevista e surpreender positivamente o recrutador, segundo Larissa Meiglin, assessora de carreira da Catho. “É importante saber selecionar o que vai entrar no currículo de modo a chamar a atenção do recrutador”, diz ela. Para ajudar profissionais, selecionamos modelos para diferentes perfis e fases de carreira. Escolha, nas fotos, o que melhor se adapta ao seu contexto profissional e baixe os modelos nos links.
  • 2. Estudante

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  • Veja também

    Faça o download do modelo da Robert Half Por que usar este modelo? O formato é indicado para candidatos a estágio e/ou primeiro emprego. A recomendação é de Lucas Nogueira, gerente senior da Robert Half. Aqui, todo o destaque vai para a formação acadêmica - o elemento que mais interessa aos recrutadores de estudantes ou profissionais em sua primeira aventura no mercado de trabalho.

  • 3. Estagiário

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    Faça o download do modelo da STATO Por que usar este modelo? Esta é outra boa opção para quem está começando sua trajetória profissional. Segundo Telma Mantovani, diretora de transição de carreira da STATO, o diferencial deste modelo é o destaque para área de interesse, formação e idiomas. “No campo de informações adicionais pode constar trabalho voluntário, uma possível porta de entrada para empresas que tenham uma área de responsabilidade social forte”, diz Telma.

  • 4. Trainee

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    Faça o download do modelo da Catho
    Por que usar este modelo: No campo resumo das qualificações há espaço para falar sobre as aptidões e as habilidades adquiridas e adequadas à área de interesse. Graduação e vivências internacionais podem justificar as competências, além de experiências profissionais. “É neste campo que o profissional vai vender o seu peixe e explicar por que deve ser contratado para o cargo”, diz Larissa Meiglin, assessora de carreira da Catho. Muitas vezes o trainee já tem alguma experiência. “Pode não ser relacionada à área, mas mesmo assim é um diferencial”, diz Larissa. No campo experiência profissional vale colocar experiência em empresa júnior e trabalhos informais, desde que haja um contato para referências. Erros comuns, segundo a especialista, ocorrem na especificação do nível de proficiência, que deve ser ancorada em testes formais e também no campo de vivência internacional. “ Muitas pessoas querem contar toda a história da experiência no exterior. O ideal é apenas mencionar brevemente a escola ou a empresa, o país, o período e deixar para conversar na entrevista”, diz.

  • 5. Estagiário ou trainee

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    Faça o download do modelo da Cia de Talentos
    Por que usar este modelo: para apostar na objetividade. Enxuto, este modelo dá mais destaque à formação acadêmica e ao domínio de idiomas, posicionados à frente do campo de experiência profissional. Para trainees há a possibilidade de destacar cursos de pós-graduação e especializações realizadas. Também há espaço para valorizar atividades extracurriculares como trabalho voluntário, organização de eventos na universidade, cursos e participação em workshops.

  • 6. Posições iniciais

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    Faça o download do modelo da Produtive Por que usar este modelo? Se você está começando a sua trajetória profissional, esta disposição das informações é a mais indicada para você, segundo Francis Nakada, consultor da Produtive. Isso porque o modelo ajuda a explorar estágios, intercâmbios, cursos complementares, eventos e palestras - tudo que possa já indicar uma possível área de interesse do jovem candidato. Informações adicionais, como trabalhos voluntários, também têm espaço garantido neste template. É importante: os recrutadores costumam usar esses dados para verificar se o perfil do jovem profissional está alinhado à cultura da empresa.

  • 7. Posições iniciais - 2

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    Faça o download do modelo da Robert Half Por que usar este modelo? Assim como o anterior, este formato é ideal para quem ainda não conta com uma trajetória muito extensa. A configuração é ideal para jovens profissionais porque facilita a visualização das habilidades técnicas e comportamentais, o grande recurso do candidato nesse nível. A recomendação é de Lucas Nogueira, gerente sênior da Robert Half.

  • 8. Analista

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    Faça o download do modelo da STATO

    Por que usar este modelo: Profissionais que pleiteiam posições de analista normalmente têm alguma experiência, mas a formação acadêmica e as responsabilidades técnicas ainda são diferenciais aos olhos do recrutador. Se você se enquadra no perfil, este modelo é vantajoso por dar mais espaço para o passado acadêmico e experiências técnicas do que para os resultados. A indicação é de Telma Mantovani, diretora de transição de carreira da STATO.

  • 9. Especialista ou gestor júnior

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    Faça o download do modelo da Produtive Por que usar este modelo? De acordo com Francis Nakada, consultor sênior de carreira da Produtive, este template vale para quem está formando sua identidade profissional, isto é, começa a direcionar sua carreira para uma determinada área. Este formato de CV é adequado para essa fase porque tem foco na especialização do profissional, geralmente orientada à sua área de interesse. O modelo também põe em destaque a execução de atividades, além de informar as atribuições e responsabilidades em cada cargo, bem como certificações e cursos relevantes.

  • 10. Gerente

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    Faça o download do modelo da Catho
    Por que usar este modelo: para dar destaque, no resumo das qualificações, para o que de mais peso adquiriu na sua trajetória profissional. “Estas informações serão as primeiras lidas pelo recrutador”, diz Larissa Meiglin, assessora de carreira da Catho. Sobre experiência profissional, a especialista indica que sejam informados os 10 últimos anos ou as 5 passagens por empresas mais recentes. “O restante é opcional, pode fazer uma breve menção pata destacar uma promoção, ou uma ascensão rápida”, diz Larissa. Outra dica da assessora de carreira da Catho é que caso a idade do profissional seja omitida, é melhor omitir também o ano de conclusão dos cursos de graduação. “Esta é uma dúvida frequente”, diz. Pretensão salarial, para currículos neste modelo para impressão, só deve entrar no currículo se for uma exigência. “ Não se coloca a pretensão para dar margem de negociação no momento da entrevista”, diz.

  • 11. Gerente - 2

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    Faça o download do modelo da STATO Por que usar este modelo? Neste patamar, o currículo deve evidenciar pontos como experiências de liderança, responsabilidades, resultados e evolução da carreira. De acordo com Telma Mantovani, diretora de transição de carreira da STATO, a seção de idiomas também merece destaque no CV para o nível de gerência, sobretudo se há a intenção de trabalhar numa empresa multinacional.

  • 12. Gerente/diretor

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    Faça o download do modelo da FLOW
    Por que usar este modelo: para destacar pontos fortes e realizações profissionais. A consultoria indica que o candidato informe o que há de mais relevante logo após os dados pessoais. De acordo com a equipe da FLOW, este modelo pode ser utilizado também por gerentes e diretores. Para estes profissionais, é importante destacar que a experiência profissional é mais relevante do que a formação acadêmica, por isso a ordem do modelo deve ser invertida. Outro ponto importante é em relação ao domínio de idiomas. Se não é um ponto forte, melhor deixar a informação no fim do currículo. No campo cursos extras e/ou certificações, formações básicas como Pacote Office não devem entrar no currículo de profissionais que buscam cargos de liderança.

  • 13. Gerente/diretor - 2

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    Faça o download do modelo da Produtive Por que usar este modelo? Este tipo de CV combina com o momento da consolidação profissional de um executivo. “Nessa hora, é importante que o currículo deixe de transmitir tantas informações da rotina operacional e passe a enfatizar outras questões”, diz Francis Nakada, consultor sênior de carreira da Produtive. Por isso, o foco aqui está nos dados gerenciais, como budget, faturamento, gestão de equipe (direta ou indireta), relatórios e estruturação de projetos. Também vale a pena destacar resultados, como redução de custos e otimização da receita, além de explicitar as áreas que já estiveram sob a sua responsabilidade.

  • 14. Muita experiência

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    Faça o download do modelo da Robert Half Por que usar este modelo? De acordo com Lucas Nogueira, gerente senior da Robert Half, este formato é mais adequado para quem que já acumulou diversas vivências profissionais e acadêmicas. A principal vantagem do modelo, diz Nogueira, é permitir agrupar as diversas passagens do candidato em blocos. “É uma forma organizada, clara e objetiva de mostrar a sua ampla experiência”, explica ele.

  • 15. CEO

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    Faça o download do modelo da Produtive Por que usar este modelo? O currículo do CEO normalmente é enxuto e objetivo, pois o executivo que alcançou esse patamar não precisa se apegar a longas descrições, afirma Francis Nakada, consultor sênior de carreira da Produtive. A sugestão do especialista é destacar as principais ações que trouxeram impacto para a empresa, tais como histórico de fusões ou aquisições, estratégia e planejamento de negócios e resultados.

  • 16. CEO/ Gestão geral

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    Faça o download do modelo da STATO Por que usar este modelo? Outra alternativa para presidentes de empresa é este modelo, ainda mais enxuto. Aqui as atividades desempenhadas pelo profissional se concentram no resumo do currículo. O objetivo é evitar repetições, já que as responsabilidades exercidas nas últimas empresas em que o executivo trabalhou podem ser um pouco parecidas, explica Telma Mantovani, diretora da STATO.

  • 17. CEO/diretor de negócio

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    Faça o download do modelo da STATO Por que usar este modelo? O currículo de um presidente é bastante peculiar, diz Telma Mantovani, diretora da STATO. A ênfase deste formato vai para realizações e entregas importantes. “Entende-se que o executivo já tenha passado por experiências em diversas áreas, então é muito comum que o documento tenha apenas uma página”, diz a especialista.

  • 18. Carreira acadêmica

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    Faça o download do modelo acadêmico

    Por que usar este modelo: para destacar a formação e as realizações acadêmicas, além de títulos e experiência relacionada ao ensino. O modelo está disponível no Office 2013. O fio condutor do documento é a cronologia das formações (graduação, mestrado, doutorado), títulos e experiências profissionais.

  • 19. Agora, confira onde estão os melhores salários do Brasil

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