Os tropeços de carreira mais comuns da Geração Y
Acreditar na tipologia geracional é o primeiro erro de carreira cometido pelos jovens da Geração Y, destaca especialista
Camila Pati
Publicado em 14 de junho de 2013 às 20h32.
São Paulo – A agilidade de uma geração que cresceu com rápidas mudanças tecnológicas está plenamente de acordo com as necessidades atuais das empresas. “O que o mercado de trabalho exige vem ao encontro do que a Geração Y tem a oferecer”, diz Fábio Avellar, consultor e palestrante.
No entanto, os jovens devem ficar atentos para não cometer alguns tropeços, já que a os primeiros anos de carreira geralmente são permeados por muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito à conduta esperada pelo mundo corporativo. EXAME.com foi investigar com os especialistas quais os erros mais comuns cometidos pelos profissionais da Geração Y. Confira o que eles disseram:
1Cair nos estereótipos geracionais
“É uma geração inquieta, multitarefa e questionadora. O primeiro erro destes jovens é acreditar que eles são da Geração Y e atuarem com tal”, diz o coach Homero Reis.
Ou seja, acreditar nesta tipologia geracional e apostar em uma postura estereotipada é, de acordo com o especialista, um erro.
Não é porque você é jovem que não precisará se adaptar à cultura corporativa e respeitar hierarquias, por exemplo. “As empresas não convivem, o profissional vai precisar entrar no esquema da companhia”, explica.
2Imediatismo
“A pessoa nem planta e já quer colher os frutos”, diz Homero Reis. O tempo de “casa”, geralmente, é o preço a se pagar para conquistar de uma promoção. “Mas nem todos os jovens estão atentos a esse tempo de aprendizado, e a ansiedade prejudica bastante”, acrescenta Avellar.
De acordo com ele, é comum os profissionais da Geração Y partirem em busca de novas oportunidades sem se darem o tempo necessário de amadurecimento no cargo necessário para garantir a ascensão profissional. “Quando eles consideram que as coisas não estão acontecendo, já partem para outra”, diz Avellar.
3Achar-se dono da verdade
É o que Homero Reis chama de relativismo. “O jovem interpreta o mundo a sua maneira e considera que esta interpretação é a única verdadeira”, explica. A consequência é deixar de ouvir as outras pessoas e aprender com elas.
Esta prepotência tem mesmo sido um dos problemas detectados pelos executivos quando o assunto é relacionamento dentro do ambiente de trabalho, de acordo com empresário gaúcho Bruno Perin criou o projeto Será que Tá certo?, em que executivos de sucesso dão dicas de carreira para a geração Y.
“Os jovens já estão sofrendo com os conflitos internos nas empresas já que em um mesmo ambiente convivem pessoas de gerações diferentes”, diz Avellar.
4Não aprender com os erros
Para Homero Reis, um problema recorrente nos jovens da geração Y é a ausência do que ele nomeia como 'senhoridade'. “É um conceito relacionado à capacidade que a pessoa tem de sustentar a vida a partir de suas próprias experiências”, explica.
Para desenvolver a tal da "senhoridade" é preciso ter percorrer uma estrada, ganhar experiência e aprender com os erros cometidos. “Quem não tem senhoridade não se vê responsável pelos seus erros e fracassos. Se erra, o culpado é o outro”, diz.
Pensar que você não foi aprovado em um concurso porque a concorrência era grande ou justificar a promoção que não veio com o fato de o chefe não gostar de você são exemplos de falta de senhoridade, diz o especialista.
“Se não passou no concurso é porque não estudou o suficiente. Se não foi promovido é porque a relação com o chefe não é boa e o profissional também tem responsabilidade nisso”, diz ele, considerando que falta nos jovens a capacidade de aprender com os erros.
5Dificuldade de criar relacionamentos sustentáveis
“O maior erro é não criar relacionamentos sustentáveis com as pessoas e as empresas.”, diz Avellar. A superficialidade das relações é uma grande inimiga do networking, que para ter efeito esperado necessita de tempo e investimento, lembra o especialista.
Mas não é só isso, a relação com as empresas também é prejudicada. “Pesquisas recentes indicam que em 25 anos de carreira, uma pessoa da Geração Y vai trocar 8 vezes de emprego e 4 de área de atuação”, diz.
São Paulo – A agilidade de uma geração que cresceu com rápidas mudanças tecnológicas está plenamente de acordo com as necessidades atuais das empresas. “O que o mercado de trabalho exige vem ao encontro do que a Geração Y tem a oferecer”, diz Fábio Avellar, consultor e palestrante.
No entanto, os jovens devem ficar atentos para não cometer alguns tropeços, já que a os primeiros anos de carreira geralmente são permeados por muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito à conduta esperada pelo mundo corporativo. EXAME.com foi investigar com os especialistas quais os erros mais comuns cometidos pelos profissionais da Geração Y. Confira o que eles disseram:
1Cair nos estereótipos geracionais
“É uma geração inquieta, multitarefa e questionadora. O primeiro erro destes jovens é acreditar que eles são da Geração Y e atuarem com tal”, diz o coach Homero Reis.
Ou seja, acreditar nesta tipologia geracional e apostar em uma postura estereotipada é, de acordo com o especialista, um erro.
Não é porque você é jovem que não precisará se adaptar à cultura corporativa e respeitar hierarquias, por exemplo. “As empresas não convivem, o profissional vai precisar entrar no esquema da companhia”, explica.
2Imediatismo
“A pessoa nem planta e já quer colher os frutos”, diz Homero Reis. O tempo de “casa”, geralmente, é o preço a se pagar para conquistar de uma promoção. “Mas nem todos os jovens estão atentos a esse tempo de aprendizado, e a ansiedade prejudica bastante”, acrescenta Avellar.
De acordo com ele, é comum os profissionais da Geração Y partirem em busca de novas oportunidades sem se darem o tempo necessário de amadurecimento no cargo necessário para garantir a ascensão profissional. “Quando eles consideram que as coisas não estão acontecendo, já partem para outra”, diz Avellar.
3Achar-se dono da verdade
É o que Homero Reis chama de relativismo. “O jovem interpreta o mundo a sua maneira e considera que esta interpretação é a única verdadeira”, explica. A consequência é deixar de ouvir as outras pessoas e aprender com elas.
Esta prepotência tem mesmo sido um dos problemas detectados pelos executivos quando o assunto é relacionamento dentro do ambiente de trabalho, de acordo com empresário gaúcho Bruno Perin criou o projeto Será que Tá certo?, em que executivos de sucesso dão dicas de carreira para a geração Y.
“Os jovens já estão sofrendo com os conflitos internos nas empresas já que em um mesmo ambiente convivem pessoas de gerações diferentes”, diz Avellar.
4Não aprender com os erros
Para Homero Reis, um problema recorrente nos jovens da geração Y é a ausência do que ele nomeia como 'senhoridade'. “É um conceito relacionado à capacidade que a pessoa tem de sustentar a vida a partir de suas próprias experiências”, explica.
Para desenvolver a tal da "senhoridade" é preciso ter percorrer uma estrada, ganhar experiência e aprender com os erros cometidos. “Quem não tem senhoridade não se vê responsável pelos seus erros e fracassos. Se erra, o culpado é o outro”, diz.
Pensar que você não foi aprovado em um concurso porque a concorrência era grande ou justificar a promoção que não veio com o fato de o chefe não gostar de você são exemplos de falta de senhoridade, diz o especialista.
“Se não passou no concurso é porque não estudou o suficiente. Se não foi promovido é porque a relação com o chefe não é boa e o profissional também tem responsabilidade nisso”, diz ele, considerando que falta nos jovens a capacidade de aprender com os erros.
5Dificuldade de criar relacionamentos sustentáveis
“O maior erro é não criar relacionamentos sustentáveis com as pessoas e as empresas.”, diz Avellar. A superficialidade das relações é uma grande inimiga do networking, que para ter efeito esperado necessita de tempo e investimento, lembra o especialista.
Mas não é só isso, a relação com as empresas também é prejudicada. “Pesquisas recentes indicam que em 25 anos de carreira, uma pessoa da Geração Y vai trocar 8 vezes de emprego e 4 de área de atuação”, diz.