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ITA pretende dobrar vagas em cinco anos

Apesar do aumento de vagas, o instituto não pretende criar novos cursos

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2010 às 11h41.

São Paulo - Considerada uma das escolas de nível superior mais tradicionais e rígidas do País, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) completa 60 anos com planos de se expandir pela primeira vez. O objetivo do instituto é dobrar o número de vagas na graduação nos próximos cinco anos, com aumentos anuais de 20% - o que totalizaria 1,2 mil alunos.

O instituto não pretende criar novos cursos. Atualmente, 586 alunos estão matriculados em seis graduações: Engenharia Aeronáutica, Engenharia Eletrônica, Engenharia Mecânica Aeronáutica, Engenharia Civil Aeronáutica, Engenharia de Computação e Engenharia Aeroespacial. "Mas há a intenção de alguns professores de implantar Engenharia Física e Engenharia de Materiais", afirma o reitor do ITA, brigadeiro Reginaldo dos Santos. De acordo com ele, é possível também que se pense em uma pós-graduação na área de humanas e em matemática.

Localizado em São José dos Campos, a 90 quilômetros de São Paulo, o ITA foi criado por uma lei assinada pelo então presidente Getúlio Vargas como uma instituição sob jurisdição do Ministério da Defesa, e não do Ministério da Educação, como as universidades brasileiras.

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Para ampliar o ITA, o instituto estima que os custos totais sejam de R$ 130 milhões: R$ 100 milhões para as obras e mais R$ 30 milhões para mobiliário, laboratórios e pessoal. No momento, o projeto está em fase de apresentação formal ao Ministério da Defesa e deve ser levado também ao MEC e ao empresariado, para buscar parcerias.

A possibilidade de o ITA aderir ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que agora é utilizado no processo seletivo das instituições federais de ensino superior, é um tema polêmico. Para este ano, a proposta está descartada por questões de prazo. Há duas semanas, em visita a São José dos Campos, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o MEC está mantendo uma relação mais estreita com o ITA. "Estamos procurando uma aproximação para tentar, entre o público que faz o Enem, escolher os estudantes mais bem colocados para ingressar como primeira ou segunda etapa no processo seletivo do instituto", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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