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Homens assistem mulheres entrando em faculdades de negócios

Faculdades de negócios estão finalmente tirando o atraso em relação às faculdades de Direito e de Medicina nos EUA em termos de paridade entre os gêneros

Estudante em universidade: número de mulheres atualmente abrange 40% ou mais dos estudantes de MBA de Harvard e outras faculdades (Hongqi Zhang/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 20h04.

Mais de meio século depois de as principais universidades começarem a admitir mulheres em seus programas de MBA as faculdades de negócios estão finalmente tirando o atraso em relação às faculdades de Direito e de Medicina em termos de paridade entre os gêneros.

O número de mulheres atualmente abrange 40 por cento ou mais dos estudantes de MBA de Harvard, de Wharton, de Yale, da Kellogg (Universidade Northwestern), da Escola de Negócios Tuck (Dartmouth College), da Sloan (MIT), da Simon (Rochester) e de outras faculdades, segundo um novo estudo da Fundação Forté, que promove a educação empresarial para mulheres.

O significado vai muito além da mudança da cultura antes machista das faculdades de negócios.

Ao ocuparem metade dos assentos dos programas de negócios, as mulheres também ficam mais perto de conquistar metade dos prêmios, metade dos estágios e metade dos principais empregos depois de se formarem.

Em última análise, a tendência lança as bases para que mais mulheres ocupem os cargos mais elevados das empresas à medida que essas estudantes se formarem e avançarem em suas carreiras.

“Isso deverá contribuir para a construção da hierarquia de liderança das empresas e dos conselhos”, diz a diretora-executiva da Forté, Elissa Sangster.

As matrículas de mulheres em programas de MBA de tempo integral subiram para cerca de 36 por cento dos estudantes, contra 32 por cento quatro anos atrás, disse a Forté, que tem sede em Nova York.

O incremento já mudou a natureza do ensino das escolas de negócios.

As mulheres estão influenciando o debate a respeito da flexibilidade laboral e da discriminação salarial e os homens, de uma forma geral, estão se tornando mais receptivos àquilo que as mulheres buscam em um ambiente de trabalho. Tudo isso tem feito os homens pensarem de maneira diferente em suas próprias carreiras e no futuro.

Conversas do Manbassador

Na Escola de Negócios de Harvard, mais de 200 dos 548 homens da classe de 2017 são membros do grupo Manbassador (Homem embaixador, em tradução livre), formado dois anos atrás por estudantes do sexo masculino que desejavam apoiar a Associação Estudantil Feminina no campus.

Os embaixadores realizam grupos Lean In (“faça acontecer”) para homens que querem discutir suas próprias experiências e seus objetivos de trabalho e de vida.

No início deste mês, em um almoço com alguns de seus estudantes, Robin Ely, professora da Faculdade de Negócios de Harvard e reitora associada para cultura e comunidade, disse que ficou impressionada porque a conversa “foi voltada totalmente aos gêneros” e à flexibilidade no ambiente de trabalho.

“Todos os homens disseram que adorariam, em algum momento de suas carreiras, trabalhar 80 por cento do período integral, mas eu não acho que, como homens, eles possam pedir isso”, diz ela. Quando começou a dar aulas em Harvard, em 2000, “essas conversas nunca ocorriam”.

Mudança de maré

A situação é parecida na Faculdade de Negócios Tuck da Dartmouth College, que viu um aumento de 7 por cento nas candidaturas de mulheres no ano passado. Lane McVey era uma dessas candidatas e agora faz parte de uma classe de calouros composta por 42 por cento de mulheres.

Trata-se de um salto de 10 por cento em relação ao ano anterior e de uma mudança de maré na Tuck, antes predominantemente masculina.

O punhado de mulheres que conseguiu os primeiros diplomas de MBA da faculdade nos anos 1970 ficava confinado a grupos de estudos formados apenas por mulheres porque os colegas de classe do sexo masculino escolhiam estar em equipes com outros homens.

O grupo de seis pessoas de McVey tem um número igual de mulheres e homens, a metade é estrangeira e cada um dos integrantes possui experiências de trabalho diferentes.

“É bastante coeducativo e se sente que as coisas são totalmente igualitárias, que é o que eu queria quando me candidatei”, diz McVey, que se formou em um curso voltado ao governo na faculdade e depois trabalhou três anos com vendas de anúncios para a Major League Baseball.

Dez ou até mesmo cinco anos atrás, apenas um punhado de programas de MBA de tempo integral tinha classes compostas por um terço de mulheres, mas “agora há uma corrida para ver quem chegará aos 50 por cento” primeiro, especialmente porque as mulheres da geração Y reconhecem as oportunidades que ganham com um MBA, diz Sangster.

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Mais de meio século depois de as principais universidades começarem a admitir mulheres em seus programas de MBA as faculdades de negócios estão finalmente tirando o atraso em relação às faculdades de Direito e de Medicina em termos de paridade entre os gêneros.

O número de mulheres atualmente abrange 40 por cento ou mais dos estudantes de MBA de Harvard, de Wharton, de Yale, da Kellogg (Universidade Northwestern), da Escola de Negócios Tuck (Dartmouth College), da Sloan (MIT), da Simon (Rochester) e de outras faculdades, segundo um novo estudo da Fundação Forté, que promove a educação empresarial para mulheres.

O significado vai muito além da mudança da cultura antes machista das faculdades de negócios.

Ao ocuparem metade dos assentos dos programas de negócios, as mulheres também ficam mais perto de conquistar metade dos prêmios, metade dos estágios e metade dos principais empregos depois de se formarem.

Em última análise, a tendência lança as bases para que mais mulheres ocupem os cargos mais elevados das empresas à medida que essas estudantes se formarem e avançarem em suas carreiras.

“Isso deverá contribuir para a construção da hierarquia de liderança das empresas e dos conselhos”, diz a diretora-executiva da Forté, Elissa Sangster.

As matrículas de mulheres em programas de MBA de tempo integral subiram para cerca de 36 por cento dos estudantes, contra 32 por cento quatro anos atrás, disse a Forté, que tem sede em Nova York.

O incremento já mudou a natureza do ensino das escolas de negócios.

As mulheres estão influenciando o debate a respeito da flexibilidade laboral e da discriminação salarial e os homens, de uma forma geral, estão se tornando mais receptivos àquilo que as mulheres buscam em um ambiente de trabalho. Tudo isso tem feito os homens pensarem de maneira diferente em suas próprias carreiras e no futuro.

Conversas do Manbassador

Na Escola de Negócios de Harvard, mais de 200 dos 548 homens da classe de 2017 são membros do grupo Manbassador (Homem embaixador, em tradução livre), formado dois anos atrás por estudantes do sexo masculino que desejavam apoiar a Associação Estudantil Feminina no campus.

Os embaixadores realizam grupos Lean In (“faça acontecer”) para homens que querem discutir suas próprias experiências e seus objetivos de trabalho e de vida.

No início deste mês, em um almoço com alguns de seus estudantes, Robin Ely, professora da Faculdade de Negócios de Harvard e reitora associada para cultura e comunidade, disse que ficou impressionada porque a conversa “foi voltada totalmente aos gêneros” e à flexibilidade no ambiente de trabalho.

“Todos os homens disseram que adorariam, em algum momento de suas carreiras, trabalhar 80 por cento do período integral, mas eu não acho que, como homens, eles possam pedir isso”, diz ela. Quando começou a dar aulas em Harvard, em 2000, “essas conversas nunca ocorriam”.

Mudança de maré

A situação é parecida na Faculdade de Negócios Tuck da Dartmouth College, que viu um aumento de 7 por cento nas candidaturas de mulheres no ano passado. Lane McVey era uma dessas candidatas e agora faz parte de uma classe de calouros composta por 42 por cento de mulheres.

Trata-se de um salto de 10 por cento em relação ao ano anterior e de uma mudança de maré na Tuck, antes predominantemente masculina.

O punhado de mulheres que conseguiu os primeiros diplomas de MBA da faculdade nos anos 1970 ficava confinado a grupos de estudos formados apenas por mulheres porque os colegas de classe do sexo masculino escolhiam estar em equipes com outros homens.

O grupo de seis pessoas de McVey tem um número igual de mulheres e homens, a metade é estrangeira e cada um dos integrantes possui experiências de trabalho diferentes.

“É bastante coeducativo e se sente que as coisas são totalmente igualitárias, que é o que eu queria quando me candidatei”, diz McVey, que se formou em um curso voltado ao governo na faculdade e depois trabalhou três anos com vendas de anúncios para a Major League Baseball.

Dez ou até mesmo cinco anos atrás, apenas um punhado de programas de MBA de tempo integral tinha classes compostas por um terço de mulheres, mas “agora há uma corrida para ver quem chegará aos 50 por cento” primeiro, especialmente porque as mulheres da geração Y reconhecem as oportunidades que ganham com um MBA, diz Sangster.

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