Facebook dará bolsas para estudo de privacidade em inteligência artificial
Objetivo do curso é desenvolver modelos de inteligência artificial que garantam a privacidade e a segurança dos dados dos usuários
EFE
Publicado em 2 de maio de 2019 às 06h58.
San José - O Facebook anunciou nesta quarta-feira (1), um programa que concederá 5 mil bolsas de estudos para pesquisar o uso de sistemas de inteligência artificial , respeitando a privacidade dos usuários e garantindo a segurança dos dados.
O anúncio foi feito durante a F8, uma conferência para desenvolvedores organizada pela empresa em San José, na Califórnia.
O executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, assinalou que as bolsas serão para o novo curso online "Inteligência Artificial Segura e Privada", que será oferecido pelo portal Udacity.
O objetivo do curso, que terá duração de três meses, é desenvolver modelos de inteligência artificial que garantam a privacidade e a segurança dos dados dos usuários.
O processo para pedir as bolsas já está aberto no site da Udacity. Pessoas com mais de 18 anos podem se inscrever, mas a empresa recomenda que os interessados tenham conhecimentos básicos da ferramenta de programação Python e de aprendizagem automática.
O Facebook é um dos pioneiros no uso de inteligência artificial e no processamento de enormes quantidades de dados para tomar decisões com base em algoritmos, mas peca na privacidade dos usuários.
Rivais diretos do Facebook no campo da inteligência artificial, como Apple e Google, estão há mais tempo trabalhando no setor e conseguiram desenvolver técnicas efetivas, mas menos intrusivas.
"Sei que nesse momento, e dizendo isso de maneira suave, não temos exatamente a melhor das reputações sobre privacidade, mas me comprometo a fazer as coisas direito e inaugurar uma nova etapa para nossos produtos", disse Zuckerberg ao abrir a conferência ontem.
Em março, depois de enfrentar uma série de escândalos de privacidade em 2018, Zuckerberg prometeu tornar o Facebook uma plataforma de comunicações com foco na privacidade. EFE