Dicas de redação para concurseiros da área fiscal
Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional, dá conselhos úteis para concurseiros que querem escrever melhor
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2015 às 13h44.
* Escrito por Diogo Arrais, professor de Língua Portuguesa do Damásio Educacional
Nos concursos com os mais altos vencimentos, como no caso da Receita Federal, a Redação de respostas é o diferencial. Por isso, uma pergunta chata: quantas redações, embasadas em referências bibliográficas de peso, você desenvolve semanalmente? A resposta representa a distância em relação ao alcance do texto objetivo.
Escrita é hábito, é repetição, é o dia a dia, mas isso não significa o desenvolvimento de algo complexo.
Hoje em dia, com o fácil acesso às mídias sociais, a produção de poucos parágrafos manterá acesa a chama do argumento coerente e conciso. Outro recurso que auxilia muito o futuro servidor público é a produção de um blog. Nessas mídias, compartilhe conhecimentos de Tributos, Economia e Atualidades, por exemplo.
Ao menos uma vez por semana, procure cronometrar a produção de uma dissertação-argumentativa, usando a mesma página A4 da banca examinadora, para o texto à tinta azul ou preta. Em termos simples: simule a competição.
Na Carreira Fiscal, a maioria dos candidatos já possui experiência na área privada e, por decisão, optou pelos Concursos Públicos. Respeitável, mas ficar sem exercitar a leitura trará pouquíssimos resultados concretos.
Ler não é apenas abrir um jornal de Economia ou seguir a famosa bibliografia de Direito Tributário. Ler é abrir a mente para metáforas, não somente a jurisdições; é vida ao redator construir ironias finas, ouvir canções que agregam senso crítico, ter acesso ao Cinema, Teatro e à Arte em si.
Já viu como anda sendo comum, por exemplo, a cobrança de José Saramago em provas? Como fica o candidato que nunca leu Ensaio sobre a Cegueira? Perdido.
Nos meus grupos mais avançados, além de provas e teoria, lemos Crônicas, Contos, Críticas. Falamos de sentimentos, defeitos, qualidades e sociedade. Com qual objetivo? É um ser, humano, que responde a uma prova; que passará por um seleção muito criteriosa, que precisa de mente aberta.
Bons escritores têm cérebro e coração. No caso de um concurso da Receita Federal, apenas poderão produzir textos argumentativos ou estudos de caso, mas a mente precisa estar em paz.
Por fim, em 365 dias, um número interessante de textos é algo muito próximo de 365. No mínimo.
Um grande abraço e estou no Instagram!
Diogo Arrais
@diogoarrais
Professor de Língua Portuguesa – Damásio Educacional
Autor Gramatical pela Editora Saraiva
* Escrito por Diogo Arrais, professor de Língua Portuguesa do Damásio Educacional
Nos concursos com os mais altos vencimentos, como no caso da Receita Federal, a Redação de respostas é o diferencial. Por isso, uma pergunta chata: quantas redações, embasadas em referências bibliográficas de peso, você desenvolve semanalmente? A resposta representa a distância em relação ao alcance do texto objetivo.
Escrita é hábito, é repetição, é o dia a dia, mas isso não significa o desenvolvimento de algo complexo.
Hoje em dia, com o fácil acesso às mídias sociais, a produção de poucos parágrafos manterá acesa a chama do argumento coerente e conciso. Outro recurso que auxilia muito o futuro servidor público é a produção de um blog. Nessas mídias, compartilhe conhecimentos de Tributos, Economia e Atualidades, por exemplo.
Ao menos uma vez por semana, procure cronometrar a produção de uma dissertação-argumentativa, usando a mesma página A4 da banca examinadora, para o texto à tinta azul ou preta. Em termos simples: simule a competição.
Na Carreira Fiscal, a maioria dos candidatos já possui experiência na área privada e, por decisão, optou pelos Concursos Públicos. Respeitável, mas ficar sem exercitar a leitura trará pouquíssimos resultados concretos.
Ler não é apenas abrir um jornal de Economia ou seguir a famosa bibliografia de Direito Tributário. Ler é abrir a mente para metáforas, não somente a jurisdições; é vida ao redator construir ironias finas, ouvir canções que agregam senso crítico, ter acesso ao Cinema, Teatro e à Arte em si.
Já viu como anda sendo comum, por exemplo, a cobrança de José Saramago em provas? Como fica o candidato que nunca leu Ensaio sobre a Cegueira? Perdido.
Nos meus grupos mais avançados, além de provas e teoria, lemos Crônicas, Contos, Críticas. Falamos de sentimentos, defeitos, qualidades e sociedade. Com qual objetivo? É um ser, humano, que responde a uma prova; que passará por um seleção muito criteriosa, que precisa de mente aberta.
Bons escritores têm cérebro e coração. No caso de um concurso da Receita Federal, apenas poderão produzir textos argumentativos ou estudos de caso, mas a mente precisa estar em paz.
Por fim, em 365 dias, um número interessante de textos é algo muito próximo de 365. No mínimo.
Um grande abraço e estou no Instagram!