Cumpro horário, mas recebo como PJ. Isso é correto?
Advogado especialista em direitos trabalhistas explica se profissional que recebe como pessoa jurídica está sujeito à jornada de trabalho
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2015 às 15h08.
*Resposta de Marcelo Mascaro Nascimento, sócio do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista e diretor do Núcleo Mascaro
Não, se você é um prestador de serviços sócio de uma empresa (PJ- pessoa jurídica), você deve trabalhar pelo contrato e não pela jornada.
Não se deve exigir jornada ao prestador de serviço, tampouco este deve estar sujeito à subordinação ou pessoalidade (o princípio da pessoalidade não permite que ninguém diferente do empregado possa figurar na relação de emprego).
Deve-se apenas exigir o trabalho objeto de negociação em contrato nas datas com prazo para entrega. Terminado o serviço, o prestador deve emitir uma nota fiscal pelo trabalho realizado. O “PJ” pode prestar serviço para várias empresas em uma mesma época, pois de modo geral não está sujeito à exclusividade nem pessoalidade.
Não pode haver marcação de horário de entrada e saída como se o “PJ” fosse um trabalhador empregado da empresa. Tampouco pode haver subordinação a uma chefia da empresa contratante, tomadora do serviço.
A quantidade de horas que o prestador utilizar para realizar o trabalho, o local ou a forma, depende da sociedade a qual ele é ligado, e não da empresa contratante.
No caso de existirem nas empresas “PJs” sujeito a horários, ordens e necessidade de prestar o serviço com pessoalidade e exclusividade, o risco da Justiça do Trabalho considerar o vínculo empregatício é bastante grande.
*Resposta de Marcelo Mascaro Nascimento, sócio do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista e diretor do Núcleo Mascaro
Não, se você é um prestador de serviços sócio de uma empresa (PJ- pessoa jurídica), você deve trabalhar pelo contrato e não pela jornada.
Não se deve exigir jornada ao prestador de serviço, tampouco este deve estar sujeito à subordinação ou pessoalidade (o princípio da pessoalidade não permite que ninguém diferente do empregado possa figurar na relação de emprego).
Deve-se apenas exigir o trabalho objeto de negociação em contrato nas datas com prazo para entrega. Terminado o serviço, o prestador deve emitir uma nota fiscal pelo trabalho realizado. O “PJ” pode prestar serviço para várias empresas em uma mesma época, pois de modo geral não está sujeito à exclusividade nem pessoalidade.
Não pode haver marcação de horário de entrada e saída como se o “PJ” fosse um trabalhador empregado da empresa. Tampouco pode haver subordinação a uma chefia da empresa contratante, tomadora do serviço.
A quantidade de horas que o prestador utilizar para realizar o trabalho, o local ou a forma, depende da sociedade a qual ele é ligado, e não da empresa contratante.
No caso de existirem nas empresas “PJs” sujeito a horários, ordens e necessidade de prestar o serviço com pessoalidade e exclusividade, o risco da Justiça do Trabalho considerar o vínculo empregatício é bastante grande.