A tecnologia ajudou empresário a transformar hobbie em carreira
Empresário Hermes Santos conseguiu unir o útil ao agradável e montou ateliê de arte dentro da sua indústria de autopeças
Camila Pati
Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 18h03.
Última atualização em 5 de dezembro de 2016 às 09h59.
São Paulo – Não espere ter um plano de negócios completo para colocar uma nova ideia em prática. Esse é o conselho que o empresário Hermes Santos dá àqueles que, como ele, querem transformar hobbie em ocupação profissional. “Mesmo que não esteja 100% já comece a fazer”, diz ele, que acredita que planejamento demais pode ser limitante para a criatividade .
Santos sempre teve a arte como hobbie e a tecnologia como interesse. Na vida profissional montou uma indústria metalúrgica de autopeças, a Modefer, e há sete anos deixou de lado a produção por meio de moldes e passou a apostar em impressão 3D.
O investimento em equipamentos de impressão 3D foi o ponto da virada. Santos conquistou a representação das impressoras para países da América Latina, além de começar a produzir peças.
A procura pela tecnologia mais moderna, fez com que Santos comprasse e passasse a representar equipamentos e robôs produzidos na Alemanha, Dinamarca, Singapura, Japão e EUA.
Entre uma viagem e outra surgiu o insight. “Na Alemanha vi pessoas usando robôs para produzir esculturas”, conta. Nesse momento, Santos percebeu que as impressoras e robôs que produziam as autopeças também podiam fazer arte.
Hoje, ateliê de arte e indústria autopeças dividem o espaço no Parque Tecnológico da Modefer em Alphaville (SP). Com a ajuda das impressoras 3D, de um robô de oito eixos, Kuka, e de uma equipe de 8 profissionais, Santos se dedica exclusivamente à arte enquanto outros 45 funcionários tocam a metalúrgica. Assim, o que era hobbie virou ocupação profissional principal. “É um privilégio ter o ateliê dentro da indústria e poder ficar próximo do negócio”, diz ele. Veja como são feitas as esculturas: