8 tipos "tóxicos" que você deve evitar no escritório
Da manipulação das emoções alheias à fofoca, veja 8 atitudes típicas de pessoas que estragam qualquer ambiente de trabalho
Claudia Gasparini
Publicado em 6 de setembro de 2015 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h33.
São Paulo - Comportamentos hostis estão por toda a parte. Mas eles são especialmente nocivos no ambiente de trabalho . Isso porque profissionais que incorporam atitudes "tóxicas" - da manipulação das emoções alheias à fofoca - têm um impacto sobre a produtividade, a felicidade e até a saúde dos demais. O desconforto psicológico trazido por essas pessoas pode até afetar as células do seu cérebro, diz o consultor Travis Bradberry, coautor do livro "Emotional intelligence 2.0" (Perseu Books, 2009), em artigo para o LinkedIn Pulse. "A exposição a poucos dias de estresse compromete a efetividade dos neurônios no hipocampo, uma importante área do cérebro que é responsável pelo raciocínio e pela memória", escreve o especialista. Diante de um preço tão alto, é importante se manter à distância de comportamentos nocivos no trabalho. Clique nas fotos para ver 8 "tipos" que, segundo Bradberry, costumam trazer o caos à vida em escritório. Em tempo: as personagens descritas pelo especialista representam atitudes que, no fim, todos podem ter em algum momento - daí a importância da reflexão e da autocrítica constantes.
Fofocas instalam um clima de desconfiança e hostilidade em qualquer ambiente de trabalho. Mas, diz Bradberry, o prazer de comentar a vida alheia tem vida curta. "Com o tempo, fica cansativo, você se sente nojento e machuca os outros", escreve. Bradberry ainda lembra uma famosa frase de Eleanor Roosevelt, ex-primeira dama dos Estados Unidos: "Grandes mentes discutem ideias, as médias discutem eventos, e as mentes pequenas discutem pessoas".
Pessoas que vestem a "armadura" de vítima estão sempre sofrendo e costumam culpar os outros pelos seus fracassos profissionais. O problema é que suas queixas e lamentações contaminam facilmente o grupo e podem derrubar o seu ânimo para trabalhar.
Você conhece alguém que está sempre dizendo o que é certo e o que é errado? Em vez de apreciar as diferenças - e aprender com elas -, este tipo rejeita tudo o que lhe parece estranho. Além de cansativas, pessoas que emitem julgamentos constantes podem prejudicar a espontaneidade das relações no escritório.
O arrogante não é apenas uma pessoa antipática: segundo um estudo da University of Akron, profissionais tidos como presunçosos pelo resto da equipe costumam ter um desempenho abaixo da média. No fundo, a atitude pode ser apenas um mecanismo de defesa, segundo Bradberry. "A arrogância é uma falsa confiança, e sempre mascara inseguranças imensas", escreve o consultor.
Bradberry explica que os manipuladores tendem a tratar os demais como se fossem seus amigos. O detalhe é que eles usam essa suposta afabilidade em favor de uma intenção velada. "Ele sempre quer alguma coisa de você, e se você parar para pensar, ele sempre tira, tira, tira, mas não dá quase nada em troca", escreve o consultor.
Ao contrário do manipulador, o perverso não esconde suas intenções. "Ele só está lá para machucar e ofender você; em qualquer outro caso, você não lhe desperta o menor interesse", escreve Bradberry. Grosserias óbvias e ostensivas só têm uma vantagem: elas não deixam a menor dúvida de que você deve se afastar.
Pessoas com pouca inteligência emocional podem descarregar suas frustrações em seus colegas - muitas vezes acusando-os de ser a causa de seu sofrimento. Para não esgotar as suas próprias emoções, o ideal é manter uma certa distância de atitudes temperamentais.
A inveja traz uma espécie de felicidade às avessas: o prazer nunca surge do seu próprio sucesso, mas sim do fracasso alheio. Bradberry recomenda manter uma distância segura de quem exibe esse comportamento. "Passar muito tempo com pessoas invejosas é perigoso, porque elas ensinam você a ver as suas próprias realizações como coisas banais", explica o consultor.
Mais lidas
Mais de Carreira
Escala 6x1: veja quais setores mais usam esse modelo de trabalho, segundo pesquisaComo preparar um mapa mental para entrevistas de emprego?Para quem trabalha nesses 3 setores, o ChatGPT é quase obrigatório, diz pai da OpenAI, Sam AltmanSam Altman diz que usou esta estratégia para viver sem arrependimentos: 'Arriscado é não tentar'
Mais na Exame
Inteligência ArtificialIA generativa recorre a livros para crescer