Carreira

6 táticas de sobrevivência em ambientes muito competitivos

Confira as dicas de duas especialistas para não se deixar intimidar pela competição exagerada dentro da empresa

Em vez de ficar comparando o seu rendimento ao dos colegas, mantenha o foco no seu objetivo, recomendam  especialistas (Getty Images)

Em vez de ficar comparando o seu rendimento ao dos colegas, mantenha o foco no seu objetivo, recomendam especialistas (Getty Images)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h53.

São Paulo – Intimidação pode ser um dos principais obstáculos de quem precisa enfrentar um ambiente de trabalho extremamente competitivo. Cair nesta armadilha e deixar-se abater pela concorrência interna exagerada prejudica o rendimento e faz do expediente um período de constante “frio na barriga”.

A boa notícia é que é, sim, possível se adaptar a culturas empresariais mais agressivas, de acordo com duas especialistas consultadas. No entanto, a coach Caroline Calaça avisa: “Às vezes estratégias de adaptação são apenas paliativas, e a pessoa não sobrevive neste ambiente em longo prazo”. Por isso, diz ela, as empresas já começaram a entender que promover a competitividade pode atrapalhar o rendimento dos profissionais.

Mas se esta característica está no DNA do seu local de trabalho, confira quais as táticas e comportamentos indicados pelas especialistas para podem minimizar os efeitos negativos da competitividade extrema:

1 Mantenha sua capacidade técnica afiada

Ter clareza da sua competência para executar o seu trabalho trará a segurança necessária para não se sentir o tempo todo “na corda bamba”. “Capacidade técnica traz mais conforto e fica mais difícil deixa-se intimidar dentro de um cenário em que você domine”, diz Maria Beatriz Henning, da consultoria Exceed. Esteja sempre atualizado e muito bem informado a respeito das tendências e novidades no seu setor de atuação, indica a especialista.

2 Fortaleça sua capacidade emocional

Se a competência técnica é uma arma valiosa, trabalhar a capacidade emocional é a regra de ouro para não surtar com a competitividade diária. “Já vi profissionais brilhantes e com grande envergadura técnica que se deixaram abater em ambientes assim”, diz Maria Beatriz.

De acordo com ela, quem tem o centro emocional fortalecido não se intimida facilmente. E o primeiro passo é observar as suas reações internas frente à competitividade que paira no ar. Medo e stress devem ser combatidos com o exercício diário da atitude positiva. E, refletir sempre a respeito do aprendizado adquirido nas situações limite é um poderoso aliado para controlar as emoções negativas.  Se você é do tipo que não tem autocontrole, confira as dicas de Eduardo Ferraz, autor do livro "Seja a pessoa certa no lugar certo", no vídeo:

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3 Haja o que houver, não perca o foco

O que se espera de você? Quais as metas a cumprir? Em vez de ficar comparando os seus resultados aos obtidos pelo seu colega da baia ao lado, concentre-se no que você tem que fazer agora. “Foque no objetivo e no que você tem de melhor, se fizer isso vai ser mais efetivo”, diz Maria Beatriz.

A dica para quem tem dificuldade em estabelecer prioridades no dia a dia de trabalho é observar quais são os processos mais relevantes para chegar às metas estipuladas, segundo Caroline Calaça. “É perceber o que é mais crítico e que pode gerar mais resultados”, diz.


4 Defina o que é sucesso para você

O que é ser bem sucedido, na sua opinião? Pode parecer fácil, mas nem sempre a resposta certa para um profissional é a mesma para outro. “Definir o que é sucesso e como a pessoa acredita que vai chegar lá dentro desse ambiente competitivo é importante na hora de avaliar se tem as condições necessárias pra alcança-lo”, diz Caroline Calaça.

5 Faça alianças mas fuja de conchavos

Construir boas relações com colegas ajuda bastante a amenizar o “climão” gerado pela competitividade excessiva. Mas como fazer isso, quando se tem a impressão de que a puxada de tapete é iminente?

“Identifique pessoas que não têm interesse em ocupar o seu lugar”, sugere Caroline. Há mais chances de estabelecer alianças com quem não está de olho na sua cadeira. “São pessoas que podem defendê-lo, respaldá-lo e até ajuda-lo a pensar melhor em determinadas situações”, explica a coach.

No entanto, diz Maria Beatriz, não tome alianças por conchavos. “Não dá para trabalhar isolado, mas é preciso tomar cuidado porque as pessoas às vezes confundem boas relações com politicagem”, afirma a especialista. Lembre-se: entrar em um jogo escuso de fofocas só vai prejudicar a sua imagem profissional.

6 Decifre os valores, a missão e o código de conduta da empresa

“Nem sempre as coisas são ditas com clareza, por isso buscar conhecer a empresa, o jeito de trabalho e a sua cultura é como ter uma bússola para nortear a sua atuação”, diz Caroline.

Conhecer bem para poder seguir à risca o código de conduta estabelecido é importante no sentido de evitar cometer algum deslize que possa ser usado contra você. Afinal, em ambientes muito competitivos os erros de um profissional podem significar a “glória” de quem está querendo o seu lugar. 

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