5 profissões do futuro na polícia
Especialistas indicam as habilidades que serão mais valorizadas dentro da polícia nos próximos anos
Camila Pati
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h18.
São Paulo – A polícia ainda está longe de ganhar a ajuda de um ciborgue como previu o clássico “Robocop, O Policial do Futuro”, no fim da década de 80 e que terá o seu remake lançado no ano que vem, sob a direção do brasileiro José Padilha. Mas é fato que os avanços da tecnologia pedem mais sofisticação da inteligência de combate ao crime . Enquanto a ajuda do Robocop não vem, pesquisadores, especialistas no ramo de TI e profissionais do setor de segurança habilidosos com armas não letais devem ser os mais requisitados dentro da polícia nos próximos anos. Essa é a opinião de especialistas consultados por EXAME.com sobre o que está por vir no que diz respeito à demanda de profissionais para o setor de segurança pública no Brasil. Confira cinco profissões que têm tudo para se destacar na polícia do futuro:
A modalidade digital de crime evolui em bits e bites. Saber rastrear um criminoso na rede é uma habilidade valorizada para quem pretende trilhar o caminho da investigação policial. “Cada vez mais é necessário o conhecimento do funcionamento das redes de comunicações e de como a informação trafega por elas”, diz Luciano Carneiro Paiva, delegado e professor do curso de investigação de crimes eletrônicos da Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo (Acadepol). Por isso, de acordo com Paiva, as chances de destaque de profissionais do ramo de TI e de engenharia eletrônica são grandes. “Para descobrir o autor de um e-mail falso com uma ameaça, por exemplo, o policial precisa fazer todo o caminho inverso até chegar ao IP do computador de onde partiu originalmente a mensagem. Para isso, ele precisa estar familiarizado com a toda a rota da informação na rede”, diz.
Atenção engenheiros de softwares: a habilidade em desenvolver programas de computador é uma promessa de carreira dentro da polícia, mas que já está sendo experimentada por alguns profissionais.
Nas cidades de Los Angeles e Santa Cruz, no estado americano da Califórnia, por exemplo, a polícia local já conta com um aliado digno de um filme de ficção. Trata-se do PredPol, um software que analisa estatísticas criminais, divide o mapa de patrulhas em áreas de 45 metros quadrados calculando a distribuição e frequência de crimes nessas regiões.
O “pulo do gato” deste software é a capacidade de informar as probabilidades de locais e horários dos crimes, o que permite um patrulhamento mais intensivo nos locais que concentram mais chances de ser alvo da criminalidade.
“É um tipo de programa que pode ser usado no Brasil, não requer muito dinheiro nem uma tecnologia complicada para os departamentos de polícia”, diz Donnie Fowler, um dos integrantes da equipe de desenvolvedores do PredPol.
O requisito, diz Fowler, é manter os crimes passados em um banco de dados. “Com isso a polícia pode fazer previsões que vão parar os crimes antes mesmo que eles ocorram, trazendo economia de dinheiro para o governo e salvando vidas”, diz Fowler.
A tendência é que este tipo de iniciativa seja mais comum nos próximos anos. Com mais softwares focados nas demandas do trabalho da polícia, a atuação de um profissional do setor se tornará mais apurada e ágil, preveem os especialistas.
Nas cidades de Los Angeles e Santa Cruz, no estado americano da Califórnia, por exemplo, a polícia local já conta com um aliado digno de um filme de ficção. Trata-se do PredPol, um software que analisa estatísticas criminais, divide o mapa de patrulhas em áreas de 45 metros quadrados calculando a distribuição e frequência de crimes nessas regiões.
O “pulo do gato” deste software é a capacidade de informar as probabilidades de locais e horários dos crimes, o que permite um patrulhamento mais intensivo nos locais que concentram mais chances de ser alvo da criminalidade.
“É um tipo de programa que pode ser usado no Brasil, não requer muito dinheiro nem uma tecnologia complicada para os departamentos de polícia”, diz Donnie Fowler, um dos integrantes da equipe de desenvolvedores do PredPol.
O requisito, diz Fowler, é manter os crimes passados em um banco de dados. “Com isso a polícia pode fazer previsões que vão parar os crimes antes mesmo que eles ocorram, trazendo economia de dinheiro para o governo e salvando vidas”, diz Fowler.
A tendência é que este tipo de iniciativa seja mais comum nos próximos anos. Com mais softwares focados nas demandas do trabalho da polícia, a atuação de um profissional do setor se tornará mais apurada e ágil, preveem os especialistas.
A tecnologia também vai ao encontro do trabalho da perícia. Hoje em dia, os peritos que vão até os locais de crime carregam uma maleta altamente tecnológica, como a usada pelos personagens do seriado americano CSI.
Dentro da mala, que é importada dos Estados Unidos e custa 20 mil reais, há reagentes de diversos tipos, que identificam, sangue e outras substâncias; óculos coloridos para enxergar os vestígios, que vão desde material biológico a resíduos de explosivos; além de lanternas, trenas eletrônicas e de um notebook para coleta e transmissão das informações.
Deve também crescer a demanda pelo trabalho da de perícia digital, segundo Adilson Pereira, diretor do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do estado de São Paulo. “Cada vez mais os crimes envolvem a área digital e precisaremos de peritos qualificados atuando”, diz.
Análise de computadores e outros equipamentos digitais e familiaridade com novas tecnologias são alguns dos pontos fundamentais para a perícia do futuro, na opinião do diretor do IC. Por isso, diz, a expectativa é que a perícia vai demandar mais profissionais da área de informática nos próximos anos.
O perito digital é o profissional que comprova a existência de crimes eletrônicos a partir da análise de evidências em equipamentos eletrônicos. Já existem no mercado especializações focadas neste segmento. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, por exemplo, oferece pós-graduação em Computação Forense, que exige prévia formação em Tecnologia da Informação.
Dentro da mala, que é importada dos Estados Unidos e custa 20 mil reais, há reagentes de diversos tipos, que identificam, sangue e outras substâncias; óculos coloridos para enxergar os vestígios, que vão desde material biológico a resíduos de explosivos; além de lanternas, trenas eletrônicas e de um notebook para coleta e transmissão das informações.
Deve também crescer a demanda pelo trabalho da de perícia digital, segundo Adilson Pereira, diretor do Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil do estado de São Paulo. “Cada vez mais os crimes envolvem a área digital e precisaremos de peritos qualificados atuando”, diz.
Análise de computadores e outros equipamentos digitais e familiaridade com novas tecnologias são alguns dos pontos fundamentais para a perícia do futuro, na opinião do diretor do IC. Por isso, diz, a expectativa é que a perícia vai demandar mais profissionais da área de informática nos próximos anos.
O perito digital é o profissional que comprova a existência de crimes eletrônicos a partir da análise de evidências em equipamentos eletrônicos. Já existem no mercado especializações focadas neste segmento. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, por exemplo, oferece pós-graduação em Computação Forense, que exige prévia formação em Tecnologia da Informação.
Além da área de informática, a demanda por pesquisadores da área ambiental deve crescer na polícia científica, diz Adilson Pereira, diretor do IC. “A área de análise de crimes ambientais está crescendo bastante. A nossa própria legislação também demanda desenvolvimento”, diz Pereira. “Neste contexto precisaremos de peritos qualificados para análise de ar, de solo, de poluição aquática”, explica.
Segundo ele, a tendência é que haja a união da Polícia Científica a núcleos de pesquisa das universidades. “Não podemos abraçar todas as especialidades”, justifica.
Na opinião dele, químicos, engenheiros químicos, engenheiros florestais, biólogos devem ficar atentos às oportunidades dentro do trabalho da polícia científica. “Esses profissionais serão muito solicitados”, diz.
Segundo ele, a tendência é que haja a união da Polícia Científica a núcleos de pesquisa das universidades. “Não podemos abraçar todas as especialidades”, justifica.
Na opinião dele, químicos, engenheiros químicos, engenheiros florestais, biólogos devem ficar atentos às oportunidades dentro do trabalho da polícia científica. “Esses profissionais serão muito solicitados”, diz.
A prioridade pelo uso de armas não letais (como bastão de choque, pistola taser, balas de borracha, spray de pimenta) é um caminho sem volta, na opinião de Marcos do Val, fundador e instrutor chefe do Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (Cati), empresa de treinamento policial. As aulas ministradas pelo Cati, por exemplo, oferecem aos policiais a possibilidade de controlar infratores sem o uso de agressão física. Na opinião dele, o futuro do trabalho policial passa necessariamente pela queda da letalidade das ações. “Quanto menos letal, melhor”, afirma. “O objetivo da polícia tem que ser proteger a sociedade em primeiro lugar, e não caçar bandido”. “Os agentes que tiverem conhecimento e familiaridade com as armas não letais sairão na frente no que diz respeito ao trabalho policial”, diz Marcos do Val.
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