5 dicas para ter um bom relacionamento com seu investidor
O executivo Bruno Ghizoni, especialista em investimento e inovação, listou 5 dicas que podem ajudar a criar bons laços com seus investidores
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2014 às 14h23.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h49.
Conseguir um investidor-anjo é uma das melhores soluções para alavancar uma ideia de startup. Para quem não conhece, o investidor-anjo é a pessoa que investe dinheiro próprio em uma startup e, geralmente, assume o risco da operação, participando também dos ganhos desta nova empresa. No entanto, nem sempre é fácil construir uma boa relação com as pessoas para arrecadar fundos para seu novo negócio. É preciso ter em mente que uma série de fatores pode levar o investidor a desistir de apostar na sua ideia, colocando todo seu esforço a perder. Pensando nisso, o executivo Bruno Ghizoni, especialista em investimento e inovação, listou cinco dicas que podem ajudar a criar bons laços com seus investidores e fortalecer sua imagem como empreendedor. Confira.
Antes de marcar uma reunião com um investidor, certifique-se de que ele é a pessoa mais adequada para arrecadar fundos para sua marca. Pergunte a ele em quais setores ele investe, em qual estágio ele entra (se é pré-operacional, operacional, a partir de que quantia de faturamento) e quanto ele tem. Se sua empresa for compatível com os modelos que ele costuma investir, então vale a pena marcar uma reunião, mesmo que ela seja longa, para apresentar sua proposta.
Uma prática comum de um empreendedor é solicitar uma reunião com um investidor mesmo que ele não invista em seu setor. No entanto, esta opção pode não dar certo. Segundo Bruno Ghizoni, a melhor solução seria pedir a esse investidor que ele lhe indique um contato que invista em seu setor. Para ajudá-lo a fazer uma boa indicação, envie um resumo de seu negócio para que ele saiba do que o projeto se trata.
O acordo de confidencialidade é um recurso importante que deve ser usado pelos empreendedores. Porém, procure o momento certo para pedir que o investidor assine este documento. Se ele não conhece sua startup, dificilmente irá concordar em assinar o termo antes de uma reunião, pois ele simplesmente não sabe do que o seu negócio se trata. Então, antes de tudo, encontre-se com o investidor para apresentar sua empresa e todos os seus detalhes. Caso ele tenha interesse em avançar com a ideia, o documento deve ser assinado. Ghizoni ainda aconselha que os empreendedores tenham dois níveis de discursos: nível 1 pré-assinatura do termo de confidencialidade, e nível 2 pós-assinatura de termo de confidencialidade.
Mais importante do que tentar marcar várias reuniões com um investidor é criar uma lista de afazeres com todos os próximos passos que devem ser concluídos antes de um novo encontro, com informações, certidões e comprovações para apresentar.
Você já fez as reuniões, apresentou todas as informações, tirou as dúvidas do investidor e, mesmo assim, ele ainda não se decidiu. Em vez de ligar para cobrar uma posição, use a chamada estratégia de reforço positivo: ligue para o investidor quando você tiver um novo fato para compartilhar, como um prêmio, concurso ou uma grande venda que tenha conquistado. Faça isso apenas depois de já ter alguma novidade desse tipo, afinal, não vale entrar em contato para falar sobre algo que ainda não aconteceu. Segundo Ghizoni, esse tipo de abordagem trará muito mais benefícios do que simplesmente ligar cobrando uma resposta.