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4 lições da Loggi para criar seu modelo híbrido (e veja vagas na empresa)

Mônica Santos, diretora de pessoas da Loggi, conta como será o futuro do trabalho na empresa e os aprendizados para imaginar o modelo híbrido

Mônica Santos, diretora de pessoas da Loggi: “Nós teremos a cultura remota como padrão" (Loggi/Divulgação)

Luísa Granato

Publicado em 3 de setembro de 2021 às 11h57.

Depois da ida abrupta para o home office em março de 2020, a Loggi já sabia que o movimento de retorno no pós-pandemia ia exigir estudo e tempo para encarar a complexidade do modelo híbrido.

E foi o que a empresa de logística fez: um grupo multidisciplinar liderado pela área de pessoas passou os últimos meses lendo sobre tendências e fazendo pesquisas internas para definir o que seria o futuro do trabalho dentro do negócio. O resultado foi apresentado na última semana para todos os funcionários.

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Para a Exame, Mônica Santos, diretora de pessoas da Loggi, conta com exclusividade como foi o processo e a decisão (quase) final.

“Nosso plano não é impor uma volta, não é ‘a resposta é assim e vai ser assim’. Vamos continuar com os protocolos para quem já está no escritório. A volta será aos poucos e vamos aprendendo”, diz.

A nova rotina será testada e modificada conforme as atividades presenciais forem retomadas. Inicialmente, o plano é que isso ocorra a partir do ano que vem, o que ainda pode mudar dependendo do avanço da vacinação.

O modelo escolhido não será único. Assim como muitas empresas, a Loggi precisou colocar na balança a natureza de seu negócio: com as operações em logística, alguns cargos serão totalmente presenciais e outras funções podem exercidas de forma 100% remota.

“Quem é presencial não temos como mudar pela natureza da função. Na área de tecnologia, tivemos um maior desejo pelo remoto, mas uma parte dos funcionários preferem o presencial. Então também não vamos obrigar a ficar em casa. E a grande maioria da empresa optou pelo híbrido”, afirma a diretora.

A ideia é oferecer a maior flexibilidade possível. Quando se fala em modelo híbrido, é fácil olhar para trás e imaginar que a rotina seria similar ao home office antes da pandemia. Aquele um dia na semana para ficar em casa que é acordado com a liderança.

Por outro lado, existem empresas como a Canva, plataforma de design gráfico, que definiu que os funcionários só precisarão comparecer ao escritório um mínimo de uma ou duas vezes por trimestre para oportunidades de conexão.

Nos planos da Loggi, a ideia não é ter a rigidez de definir dias fixos de trabalho presencial a cada semana. “A expectativa que a ida tenha uma variação de acordo com a necessidade”, diz.

Apesar do cuidadoso estudo para implementar o modelo, o retorno também vai ser encarado como um experimento e aprendizado. Até mesmo o documento com perguntas e respostas sobre o modelo híbrido ficou aberto para que qualquer um contribua com novas questões.

Confira algumas das lições que a Loggi oferece para a criação do modelo híbrido:

Qual vai ser o benefício do presencial?

“Antes da pandemia, tínhamos áreas e pessoas que faziam home office uma vez por semana. E a escolha desse dia era muito mais individual. Agora, vai ser mais ou menos o contrário”, diz a diretora.

Ela explica com o exemplo: no time de pessoas, a ideia inicial é que as pessoas tenham flexibilidade para escolher seus dias presenciais e remotos. No entanto, eles estão pensando em um dia fixo para todos da equipe se encontrarem no escritório ao mesmo tempo.

Segundo Santos, a primeira coisa a se refletir sobre o híbrido será a utilização dos dias presenciais. A lição é pensar estrategicamente para tirar o máximo benefício de troca e conexão.

Deixar agenda livre para ter conversas espontâneas? Marcar uma mentoria ou conhecer pessoas novas? Cada time e indivíduo deve observar suas necessidades.

No híbrido, esses momentos de colaboração precisarão ser bem pensados e combinados. Sem essa organização, o maior benefício do escritório pode ser jogado à própria sorte.

Encarar a complexidade do híbrido

O modelo híbrido vai ser mais complexo e vai exigir soluções mais personalizadas do RH e das lideranças. Se 15 funcionários estão em casa e 15 estão em uma sala, como garantir que uma reunião funcione bem?

A diretora comenta que a empresa nunca deixou de pensar a respeito da complexidade que ter modelos diferentes traz. É um desafio imaginar como serão as interações, espaços, comportamentos e benefícios para os funcionários que seguem rotinas completamente diferentes.

E é importante pensar nisso para evitar a alienação de qualquer grupo.

“Até as decisões podem mudar e ser tomadas de forma mais assíncrona. Não precisa estar na sala com todas as pessoas. Os benefícios também mudam. Quem é 100% remoto vai ter mais ajuda para internet e contas da casa. O híbrido terá alguma ajuda, mas também terá o vale-transporte. O presencial terá mais foco no deslocamento”, explica.

Como vai ser a capacitação

A maior aposta da Loggi será a capacitação para os funcionários e lideranças se adaptarem e encontrarem a melhor maneira de trabalhar.

“Nós teremos a cultura remota como padrão. Então, não importa se eu estou como presencial. Se tenho pessoas híbridas ou remotas, preciso assumir sempre que nem todos estão ali. Isso já era real, nem todos os problemas são novos, sempre tinha alguém que estava doente ou de férias, por exemplo. E isso já gerava uma frustração para quem não estava presente”, diz ela.

Para assegurar que essa cultura seja respeitada e entendida, a empresa quer que todos desenvolvam competências do futuro do trabalho. Começando com conteúdo sobre comunicação, ferramentas digitais, produtividade e bem-estar.

Aberto a experimentação

“Nós estamos fazendo uma proposta para continuar aprendendo juntos. Criar o futuro é isso, não é entregar um produto pronto. Estamos realmente criando o futuro junto”, afirma.

Com pesquisas constantes com os funcionários e o documento aberto para questões sobre o híbrido, a ideia é encarar o modelo como um experimento. A nova forma de trabalho será testada e ajustada; as dificuldades não serão encaradas como fracassos, mas como oportunidades para errar e aprender.

E agora, a empresa já deu início aos estudos e pesquisas para definir quais serão as mudanças na estrutura do escritório.

“A visão que tenho é que provavelmente vamos ter um andar do silêncio. Não necessariamente todo mundo vai querer ir para o escritório para confraternizar. Também é possível ter espaços de colaboração, mas ainda vamos fazer essa análise com a área de infraestrutura e arquitetos”, diz.

300 vagas na Loggi

Além do novo modelo de trabalho, a Loggi também está contratando: são 300 vagas abertas. As oportunidades são em diversas áreas, mas a maioria está concentrada nas equipes de engenharia, produto e operações.

A empresa procura por profissionais de diversos níveis e experiências. As contratações têm previsão de início imediato ou em meados de outubro.

Com a aproximação da Black Friday, a diretora de pessoas prevê um aquecimento das contratações por causa da demanda de serviços no período. Confira as vagas na página de carreiras.

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